As aulas híbridas já eram um assunto que apontava como tendência há alguns anos. Inclusive, muitas instituições de ensino já adotavam esse tipo de ensino pelo mundo.
E, com a pandemia de coronavírus, a educação híbrida vem recebendo ainda mais atenção. Isso porque essa modalidade de ensino aparece em destaque entre as possíveis soluções para retomada de aulas presenciais.
As aulas híbridas não são inteiramente presenciais, e fazem parte da categoria de ensino semi-presencial. É exatamente por isso que esse formato está sendo cotado para retomada das aulas. Uma vez que, com esse modelo, não é necessário ter todos os alunos presencialmente nas instituições de educação superior (IES) de uma só vez.
Mas se engana quem acha que o ensino híbrido serve apenas como uma solução transitória para uma retomada gradual do ensino presencial. Essa é uma tendência que veio para ficar e apresenta diversos benefícios para IES e para os estudantes.
Neste texto, falamos mais sobre o que são as aulas híbridas, como elas funcionam, seus objetivos, vantagens e muito mais! Siga a leitura e descubra também como fazer o planejamento para o ensino superior e deixar as aulas mais eficientes!
O que é uma aula híbrida?
As aulas híbridas são vistas como uma forma de mesclar ferramentas, metodologias e estratégias do ensino presencial tradicional e da Educação a Distância (EaD).
Dessa forma, o ensino híbrido se configura como um tipo de educação semipresencial.
Esse formato também é conhecido como blended learning. E ele é capaz de reorganizar tempo e espaço de aula, além de transformar os papéis dos professores e dos alunos.
Isso porque, no geral, as aulas híbridas fazem uso de metodologias ativas, que, por sua vez, colocam os alunos como protagonistas de seu próprio processo de aprendizagem. Nesse sentido, os professores assumem um papel muito mais focado em auxiliar e orientar os estudantes, e não apenas de transmitir seus conhecimentos.
Na verdade, muitos pesquisadores da área da educação incluem o ensino híbrido como um tipo de metodologia ativa. Afinal, apenas pelo fato de ser semipresencial, esse tipo de formato já exige mais autonomia e protagonismo dos estudantes.
Como as aulas híbridas funcionam?
As aulas híbridas, diferente das classes presenciais tradicionais, se apoiam e fazem um amplo uso de ferramentas e dispositivos tecnológicos. Essa é uma grande contribuição do formato EaD para o modelo semipresencial.
De maneira geral, o ensino híbrido funciona da seguinte forma:
- Parte do curso acontece online, a distância. Nesses momentos, os alunos assumem maior autonomia para estabelecer e controlar seu aprendizado como preferirem. Seguindo, claro, as determinações e prazos prévios da IES.
- Em outras partes do curso ou da disciplina, a condução das aulas é feita por professores presencialmente ou de forma síncrona online. É aqui que os estudantes dialogam e debatem entre si, tiram suas dúvidas com os professores, entre outras interações.
Como vimos, as aulas híbridas dependem dos dispositivos tecnológicos. Afinal, é por meio deles que os estudantes acessam seus conteúdos e aulas online. Além disso, recursos digitais podem e devem ser utilizados para interação entre estudantes e com os professores.
Atividades avaliativas e de estudo também podem ser feitas online, utilizando as ferramentas disponíveis nas plataformas de aprendizagem da IES.
Qual o principal objetivo do ensino híbrido?
A educação híbrida tem como principal objetivo unir os elementos, ferramentas, metodologias e possibilidades do ensino presencial e do online.
Além disso, esse modelo de educação também soluciona problemas e dificuldades de estudantes que não podem acompanhar as aulas presenciais tradicionais. Muitos cenários contribuem para esse cenário, visto que milhares de alunos podem ter limitações de tempo e transporte que os impedem de ir até a IES que desejam frequentar na frequência do ensino tradicional.
Com o ensino híbrido, essa dor é solucionada e os estudantes conseguem efetuar seus estudos com maior liberdade e disponibilidade.
Mesmo esse não sendo um objetivo declarado da educação híbrida, esse formato também colabora para a modernização do ensino. Afinal, ele integra as tecnologias contemporâneas ao dia a dia de estudo dos alunos e dos estudantes e usa esses dispositivos e ferramentas em prol da aprendizagem.
Quais os benefícios das aulas híbridas no ensino superior?
O ensino híbrido apresenta inúmeros benefícios para as instituições de educação superior e também para os estudantes. Veja a seguir:
Vantagens da educação híbrida para professores e IES
Confira abaixo os principais benefícios das aulas híbridas para a IES e seus professores:
- Otimiza a elaboração do plano de aula, que no decorrer do texto veremos como pode ser feito!
- Garante maior comprometimento e engajamento dos alunos.
- Maximiza o aproveitamento das aulas e dos conteúdos.
- Otimiza o tempo dos professores.
- Possibilita o debate sobre temas que vão além do cronograma curricular.
- Permite maior personalização de conteúdos.
- Contribui para redução de despesas para IES.
- Reduz a evasão dos estudantes.
- Faz uso de metodologias inovadoras de aprendizagem ativa.
- Favorece o desenvolvimento de novas habilidades para professores e alunos.
Benefícios do ensino híbrido para estudantes
Agora é hora de vermos também as vantagens do ensino híbrido para os alunos da sua IES:
- Promove maior autonomia e protagonismo dos estudantes.
- Permite um aprendizado mais contemporâneo e atualizado.
- Representa uma redução de custos para os estudantes, se comparado com aulas presenciais tradicionais.
- Otimiza o tempo dos alunos.
- Permite maior estreitamento de relações interpessoais que o formato EaD.
- Aproxima a realidade acadêmica das práticas do cotidiano.
- Permite o desenvolvimento de novas competências.
- Possibilita a flexibilização dos estudos.
- Faz uso constante e consciente das tecnologias atuais.
- Facilita o aprendizado por meio dessas tecnologias.
Para saber mais sobre cada um dos benefícios do ensino híbrido, leia também o nosso artigo especial sobre o tema: 8 vantagens do ensino híbrido para a sua IES
Qual é o cenário do ensino híbrido no Brasil?
Até o início de 2020, o ensino híbrido brasileiro caminhava lentamente, sendo implementado nas IES aos poucos e a partir de um esforço tímido de capacitação docente. No entanto, com a pandemia da Covid-19, ele é obrigatoriamente expandido.
Com a modalidade EaD sendo a única forma de manter o aprendizado dos alunos durante o período de isolamento, se tornou necessário pensar em outras formas de ensinar. Em um primeiro momento, o modelo tradicional se mantém, com as aulas expositivas e o aluno à margem do seu processo de aprendizagem.
No entanto, as aulas a distância reforçam as fraquezas do ensino tradicional, obrigando as IES a expandir suas metodologias e dinamizar o processo de ensino-aprendizagem dos seus estudantes. Com o fim da pandemia e com professores já familiarizados com o modelo, o ensino híbrido ganha espaço.
Uma pesquisa realizada em 2021 pelo STHEM Brasil e respondida por 39 instituições de ensino indicou que 72% já adotam o ensino híbrido, e 94,4% acreditam que essa modalidade de ensino é o futuro da educação superior.
As IES também informaram contar com recursos tecnológicos e investir na formação e na capacitação de professores para que o ensino possa acontecer sem complicações. Outra mudança relevante é o ensino orientado por competências, que parece estar transformando a maneira de ensinar nas IES de modelo híbrido.
Desse modo, podemos afirmar que, embora o ensino híbrido no Brasil ainda não tenha alcançado toda a sua capacidade de desenvolvimento, o país parece caminhar para esse destino. Resta saber, portanto, como fazer com que toda essa transformação seja aplicada da melhor maneira possível, para a IES e para os alunos.
Como aplicar as aulas híbridas na IES?
Para aplicar e desenvolver aulas híbridas na sua IES corretamente, é necessário adequar o plano pedagógico da instituição para essa nova modalidade.
A estrutura da IES, o perfil dos alunos e professores e os equipamentos disponíveis também devem ser analisados e adequados.
Abaixo, você confere os 5 principais passos para aplicação do ensino híbrido na sua IES:
1. Considerar as especificidades do curso
Ao planejar a criação ou adaptação de um curso para modalidade híbrida, é necessário decidir qual a melhor maneira de aplicar esse formato para cumprir os objetivos do curso.
Lembre-se de definir também um público-alvo de estudantes, quais serão as capacidades desenvolvidas, que tipo de formação será oferecida, entre outros critérios estratégicos.
2. Estabeleça a quantidade de aulas online ou presenciais
Cabe à IES definir quantas horas/aula serão disponibilizadas para os alunos online e quantas devem ser feitas presencialmente ou ao menos de forma síncrona por meios virtuais.
Isso pode variar de curso para curso, dos tipos de tecnologias utilizados e da legislação de cada curso e modalidade.
3. Faça uso das tecnologias mais adequadas
A tecnologia é um fator determinante para definir a qualidade do ensino híbrido oferecido pela sua IES.
Afinal, ela é utilizada para realização de aulas, interação entre alunos e professores, entrega de trabalhos e atividades, entre outras ações.
Por isso, é importante que a IES adote ferramentas e plataformas completas que se adequem às necessidades da instituição e de seus estudantes.
4. Capacite os professores da IES para a nova modalidade
O corpo docente deve ser capacitado para utilizar a tecnologia escolhida para o ensino híbrido.
E além de aprender a manejar as ferramentas da melhor forma, os professores também devem ser capacitados a respeito das metodologias ativas que melhor se adequam à educação híbrida.
5. Crie engajamento entre e com os estudantes
Falamos muito sobre a autonomia e o protagonismo dos alunos nos processo de aprendizagem do ensino híbrido. Entretanto, isso não significa que eles devem ser deixados de lado para se descobrirem sozinhos.
É importante que a IES estimule e engaje seus estudantes com o projeto pedagógico do curso, mesmo no formato híbrido.
Para isso, defina bem os primeiros passos do planejamento de curso híbrido para garantir o interesse dos alunos no curso desde o início.
Leia também: Saiba como desenvolver o ensino híbrido na prática em sua IES
Quais ferramentas podem ser usadas no ensino híbrido?
Para aplicar, de maneira eficiente, o ensino híbrido em uma instituição de educação superior, é necessário contar com as ferramentas adequadas. Pensando nisso, separamos os 3 principais recursos tecnológicos que as IES podem implementar em seus cursos. Confira!
1. Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA)
Os Ambientes Virtuais de Aprendizagem são espaços online dedicados a aulas e interações entre alunos e professores. Neles, é possível ministrar aulas online e criar um maior contato entre os estudantes, de forma monitorada pelos profissionais de educação.
O tamanho e as funcionalidades dos AVAs variam de acordo com as necessidades da instituição de ensino. No entanto, de modo geral, ele possui:
- Espaços para o upload de aulas gravadas, que podem ser usadas como material extra do curso;
- Fóruns abertos e fechados, que promovem uma discussão facilitada entre os alunos acerca de tópicos relevantes para cada disciplina;
- Chat interno, facilitando o contato entre aluno e professores ou monitores da matéria;
- Avaliações, a partir de quizzes ou do upload de arquivos.
2. Videoconferência
A videoconferência é, provavelmente, a ferramenta mais utilizada por professores em cursos híbridos. Ela possibilita a simulação de um espaço de sala de aula mais tradicional, no qual um falante é responsável por passar informações enquanto os demais tomam nota.
Apesar de ser vista como uma ferramenta mais tradicional de aprendizagem, a videoconferência na verdade pode ser bastante inovadora, quando usada corretamente. Um exemplo é a possibilidade de trazer palestrantes e convidados de outras universidades — e mesmo de outros países — para conversar com os alunos, situação em geral muito custosa quando falamos do ensino presencial.
Além disso, quando usada de forma moderada e em associação com outras metodologias ativas, a videoconferência pode ser uma maneira interessante de tirar dúvidas ou aprofundar conteúdos.
Por fim, em aulas síncronas, a videoconferência é a responsável por criar nos alunos a sensação de uma aula presencial, possibilitando comentários em tempo real e a participação ativa dos indivíduos na construção do seu conhecimento.
3. Biblioteca Digital
As bibliotecas digitais são ferramentas cada vez mais interessantes para o ensino híbrido. Com elas, os alunos da IES podem ter acesso a materiais atualizados para consulta, o que facilita a elaboração de tarefas, trabalhos e projetos de conclusão de curso.
Dentre as principais vantagens de usar uma biblioteca digital, podemos citar:
- O acesso facilitado a livros presentes no programa do curso;
- A consulta a materiais extras, que estimulam o interesse do aluno por temas relacionados aos da aula;
- A possibilidade de pegar livros sem fila e com mínima burocracia;
- A possibilidade de ler em qualquer lugar, a partir de diversos tipos de dispositivos (computador, tablet, celular);
- A possibilidade de fazer anotações e marcações sem que isso prejudique a leitura de outros alunos;
- A facilidade de atualizar o acervo e manter as obras em boa qualidade, o que otimiza os recursos da IES.
As bibliotecas digitais também são uma maneira de incentivar o hábito de leitura na universidade e promovem uma melhor avaliação do MEC acerca da IES.
Para saber mais sobre esse assunto, confira o nosso artigo: Saiba quais são os critérios analisados na avaliação de bibliotecas pelo MEC
Qual o papel dos professores nas aulas híbridas?
No ensino híbrido, o papel dos professores na sala de aula passa por algumas transformações profundas.
Os docentes passam a atuar como mentores. Eles devem estar aptos para impulsionar os estudantes rumo a uma postura mais crítica e autônoma.
Além disso, cabe ao professor no ensino híbrido acompanhar as questões individuais de cada aluno, para dar vazão ao que funciona melhor para a aprendizagem de cada estudante.
Para essas avaliações de rendimento individual dos alunos e de toda a turma, os professores contam com dados gerados pelas ferramentas digitais usadas no ensino híbrido.
Assim, de forma resumida, no ensino híbrido os docentes devem saber como interagir com os alunos, acompanhar seu desenvolvimento, analisar os dados e aprimorar os processos de aprendizagem de cada aluno.
Leia também: Entenda qual é o papel do professor em um modelo de ensino híbrido
Como desenvolver um plano de aula híbrida?
Assim como nas aulas tradicionais, as aulas híbridas necessitam de um plano de aula bem desenvolvido para que possam ser bem aproveitadas.
E, seguindo o molde dos planos de aula já conhecidos, esse documento para ensino híbrido detalha os assuntos que serão abordados na disciplina, organiza e esquematiza as metodologias aplicadas, além do cronograma de atividades.
Veja a seguir os passos para elaboração de um bom plano de aulas híbridas:
- Identifique o plano de aula com um cabeçalho completo.
- Defina os objetivos da disciplina com clareza.
- Liste e especifique as temáticas que serão abordadas no decorrer da disciplina.
- Explique as metodologias de ensino que serão empregadas.
- Estabeleça o cronograma das aulas.
- Defina os métodos de avaliação.
- Informe as referências bibliográficas obrigatórias e optativas.
Quais práticas tornam as aulas híbridas mais eficientes?
Apesar de ser um formato recente, muitas práticas eficientes já são bem estabelecidas para o ensino híbrido.
Elas garantem um melhor rendimento e aproveitamento das aulas híbridas e são baseadas em metodologias comprovadamente eficientes.
Conheça alguns exemplos:
1. Sala de aula invertida
No modelo de sala de aula invertida, os conteúdos da disciplina são enviados para os alunos com antecedência, para que eles possam estudá-los com tempo antes das aulas.
Assim, os alunos devem chegar em sala com as informações e conceitos em mente. O momento de encontro coletivo serve então para troca de ideias, resolução de dúvidas, debates, aplicações práticas, entre outras atividades.
2. Flex
Os estudantes recebem roteiros de estudo via plataformas digitais e realizam suas atividades propostas também nessa ferramenta.
Em outros momentos, há aulas síncronas e momentos de reuniões em grupo para desenvolvimento de trabalhos com outros alunos.
3. Rotação
Existem diferentes modelos de ensino híbrido por rotação. Mas de forma geral, todos eles se baseiam na criação de diferentes espaços de ensino-aprendizagem pelo professor.
Esses espaços podem ser dentro ou fora da sala de aula e das dependências da IES, podendo ser inclusive online.
Nesses espaços, grupos distintos de estudantes revezam entre suas diferentes atividades de acordo com o roteiro e as orientações estabelecidas pelo professor.
Leia também: Conheça 8 modelos de ensino híbrido para aplicar em sua IES
Como manter os alunos do ensino híbrido motivados? Veja 5 dicas!
Apesar dos avanços do ensino híbrido, ainda é preciso lidar com alguns dos seus desafios para aplicação no Ensino Superior. O principal deles parece ser manter os alunos engajados e evitar dispersões durante as aulas.
Atualmente, parecem ser 3 os principais fatores que fazem com que os alunos percam o interesse em uma aula online. São eles:
- Aulas muito repetitivas, nas quais os professores mantém o mesmo tom de voz e apenas expõem o conteúdo de maneira monótona;
- Aulas que reúnem um grande número de assuntos complexos, fazendo com que parte dos alunos não consiga acompanhar o conteúdo ou gaste muita energia para manter o foco;
- Aulas com exemplos muito distantes da realidade dos alunos, o que faz com que aquele conteúdo pareça inacessível.
Pensando nisso, separamos 5 dicas fundamentais para manter a motivação dos alunos da sua IES. Confira!
1. Promova debates
Os debates e rodas de conversa são uma maneira muito interessante de promover uma maior participação dos alunos em aulas expositivas. Por isso, separe alguns momentos para saber como os estudantes pensam sobre o assunto que está sendo apresentado.
Não é necessário criar um debate muito estruturado, mas, caso você tenha espaço para isso no seu plano de aula, vale apostar nele. Divida a turma em grupos, determine os focos de argumentação e deixe que eles discutam de maneira deliberada e monitorada.
Os debates também são uma maneira de promover um senso de comunidade nos alunos, que, no ensino híbrido, tendem a se sentir mais isolados de seus colegas de turma. Desse modo, eles possibilitam que os estudantes fortaleçam seus laços com outras pessoas da sala de aula.
2. Realize competições
As competições, assim como os debates, são uma maneira eficaz de aumentar o engajamento dos alunos em sala de aula porque promovem mais autonomia a esse grupo.
Seja para resolver um problema mais complexo, seja para encontrar fontes interessantes que contribuirão para certo debate, elas fazem com que os estudantes saiam do lugar-comum e participem ativamente da construção do seu conhecimento. Desse modo, são uma maneira divertida de fazer com que eles façam parte das discussões.
As competições também podem ser um modo diferente de avaliar alunos, premiando aqueles com um melhor desempenho. Elas podem contribuir para a formação de nota extra e servir como um estímulo ao estudo.
3. Faça pequenas pausas
Principalmente durante as aulas expositivas, não é incomum que os alunos comecem a perder o foco depois de algum tempo. Pesquisas recentes também mostram que é difícil manter a concentração na internet durante um longo período.
Pensando nisso, é interessante que professores adotem pequenas pausas ao longo de suas aulas. Elas não precisam ser intervalos completos; basta que sejam cinco minutinhos para uma água ou uma ida ao banheiro rápida, ou mesmo para que os alunos possam se alongar.
Caberá a cada docente definir quando essas pausas serão mais adequadas, mas pode ser interessante criar um plano de aula levando em consideração o tempo máximo de concentração dos alunos. Por que não inserir um breve intervalo entre dois tópicos difíceis, ou antes de entrar em um novo módulo?
4. Utilize recursos multimídia
Os recursos multimídia são uma maneira de tornar o ensino mais dinâmico e divertido para os alunos. Eles fazem com que seja mais fácil manter a atenção dos estudantes, pois tira o foco do docente e o coloca em outras ferramentas.
Vídeos no youtube, materiais extras de leitura, palestras e apresentações dinâmicas ou mesmo mapas mentais e músicas podem ser interessantes para manter os alunos engajados. Além disso, usar diferentes abordagens também faz com que as aulas sejam eficazes para alunos que aprendem de diferentes maneiras.
Por isso, ao elaborar o seu plano de aula, considere os benefícios dos recursos multimídia e hipermídia na educação e como eles podem contribuir para a criação de uma sala de aula mais interessante para os estudantes.
5. Use ferramentas de personalização do ensino
A personalização do ensino é uma técnica consideravelmente nova de adaptação do ensino superior para as necessidades de cada estudante. A partir dela, são consideradas as dificuldades particulares de cada aluno e as maneiras como elas podem ser suprimidas em sala de aula.
Em uma turma com muitos estudantes, aplicar a personalização do ensino pode exigir dos professores muito tempo e energia. No entanto, é possível aplicar algumas das suas ferramentas de maneira mais ampla.
Um exemplo são as atividades focadas na aprendizagem baseada em problemas, que permite ao educador encontrar as principais lacunas de aprendizado da turma. Outro, é o uso de situações cotidianas para os alunos, o que promove uma maior identificação com o conteúdo e também uma maior sensação de segurança no ambiente de aprendizagem.
Se você se interessou pelo assunto e quer conferir mais dicas, dê uma olhada no nosso artigo sobre o tema: 10 dicas para aumentar a motivação para alunos no ensino superior
Como avaliar no ensino híbrido?
As avaliações de desempenho no ensino híbrido podem se dar em diferentes formatos. Tudo vai depender dos objetivos da disciplina e das metodologias aplicadas.
Um diferencial do ensino híbrido é que as atividades avaliativas podem ser desenvolvidas, feitas e entregues por meio de plataformas virtuais de educação, que permitem o uso de diferentes mídias e formatos.
Esperamos que este artigo tenha esclarecido suas principais questões a respeito das aulas híbridas e sobre como desenvolvê-las em sua IES. Se você deseja saber mais sobre esse modelo educacional e se aprofundar na temática sobre sua aplicação, aproveite e confira nossa publicação especial: ensino híbrido: desafios e oportunidades para aplicação no ensino superior