A educação, em específico a superior, está sempre em constante mudanças. Atualmente, é bem mais comum ver jovens cursando uma graduação ou formados. Colocando em comparação com o século passado, percebemos que o acesso a uma educação mais rica tem se tornado cada vez mais democrático.
Diante de diversas transformações na educação, algumas se tornam mais marcantes, como por exemplo:
- Surgimento e crescimento da ensino superior a distância;
- Conquista de mais espaço nas graduações pelas mulheres, até superando o percentual de homens;
- Aumento significativo do número de cursos;
- Criação das cotas raciais e aumento, ainda que lento, do número de negros nas instituições de educação superior (IES);
- Chegada do ensino superior em diversos municípios dos interiores do Brasil;
- Crescimento do ensino superior da rede privada;
- Criação e fortalecimento de políticas de bolsas e financiamentos, que popularizaram a educação.
Essas transformações são percebidas pela população e facilmente reconhecidas. Entretanto, existe um mecanismo capaz de oferecer os dados corretos referentes à educação superior, de forma estatística e com qualidade metodológica.
Neste artigo, conheceremos mais sobre o Censo da Educação Superior (Censo), que coleta diversos dados sobre as IES e o ensino que estas proporcionam ao nosso país. Aqui, iremos conhecer vários detalhes sobre o Censo, como por exemplo:
- Sua definição;
- Sua importância;
- Seu histórico;
- Se é obrigatório respondê-lo;
- Sua metodologia;
- Seus principais dados;
- Como é seu questionário;
- O que a IES pode tirar de proveitoso de seus resultados;
- O calendário do próximo censo, etc.
Esperamos que aproveite a leitura, conheça mais sobre o Censo e se prepare para respondê-lo. Vamos lá!
O que é o Censo da Educação Superior?
Realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o Censo da Educação Superior se trata de uma grandiosa pesquisa sobre as IES, os cursos ofertados e o perfil dos estudantes e dos professores.
Seu objetivo é oferecer à comunidade acadêmica — e também à sociedade em geral — informações bem completas sobre a situação do ensino superior, assim como novas tendências surgindo no ramo da educação.
Quais são as informações divulgadas pelo Censo da Educação Superior?
O Censo recolhe e divulga uma grande gama de informações, como:
- Número de IES no país;
- Seus cursos de graduação;
- Números do ensino presencial e a distância;
- Cursos sequenciais;
- Vagas disponíveis;
- Número de inscrições e matrículas;
- Número de concluintes;
- Número, sexo e formação do corpo docente;
- Quantidade de alunos por sexo, raça, idade, etc;
- Cursos mais populares, entre outros.
Para levantamento destes dados, as IES devem preencher os formulários fornecidos pelo INEP por meio dos módulos do Censo, ou, no caso de grande volume de informações, pelo módulo Migração. Mas não se preocupe: o próprio site do Inep traz as orientações de forma detalhada de como isso é feito.
O Censo deve ocorrer anualmente, com a coleta e divulgação dos dados no ano seguinte ao que as informações são referentes. Ou seja, em 2022 é realizado o Censo da Educação Superior de 2021.
Qual a importância do Censo da Educação Superior?
De maneira geral, o Censo tem uma importância fundamental de prestar informações corretas sobre a educação superior. Por sua vez, essa sistematização de dados traz diversas vantagens para entender e aprimorar a educação no país.
Vamos, agora, enumerar alguns destes objetivos do Censo:
1. Oferecer dados estatísticos confiáveis
É este o primeiro objetivo apresentado pelo Censo da Educação Superior. Aqui, se justifica de forma direta o porquê da existência deste mecanismo, que deve trazer informações estatísticas confiáveis referentes ao ensino superior.
De forma primordial, o Censo é realizado para que se conheça e acompanhe o sistema brasileiro de educação superior. Seguindo suas diversas edições, conseguimos uma boa base de dados para entender melhor os caminhos que a educação percorreu para chegar onde se encontra.
2. Subsidiar informações para o Ministério da Educação (MEC)
Já que o MEC é responsável por acompanhar a avaliar o funcionamento e a qualidade das IES no país, o Censo realizado pelo Inep serve para trazer várias informações que facilitam seu trabalho.
Com base no que está descrito no Censo, o MEC pode desenvolver diversas atividades, relacionadas, por exemplo, a:
Neste sentido, a existência do Censo ainda auxilia o Ministério na manutenção do cadastro e-MEC.
3. Viabilizar o cálculo de indicadores para políticas públicas
Com os dados fornecidos pelo Censo, alguns indicadores sobre o ensino podem ser calculados. Com eles, diversas políticas públicas podem ser formuladas e implementadas para aperfeiçoar o ensino superior. Os principais indicadores são:
- Conceito Preliminar de Curso (CPC): é a nota (de 1 a 5) que demonstra, de forma prévia, a qualidade percebida pelo MEC sobre os cursos de graduação das IES no Brasil;
- Índice Geral de Cursos (IGC): é um instrumento que traz a nota média de uma IES, analisando os cursos de graduação (CPC) e pós-graduação, atribuídos pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES);
- Cálculo do aluno-equivalente: diz respeito ao aluno matriculado em um determinado curso, porém, com uma fórmula que observa diversos outros fatores, como estudantes formados, carga horária, retenção, etc. Esse indicador serve para estabelecer orçamentos nas Instituições Federais de Educação Superior (IFES).
4. Contribuir com trabalhos sobre a educação
Por fim, o Censo da Educação Superior também facilita a construção de diversos trabalhos sobre a educação. Podendo se tratar de atividades práticas, ou apenas de cunho informativo, os dados aqui coletados podem ser utilizado por várias pessoas e entidades, como:
- Gestores das IES;
- Gestores de diferentes instâncias e esferas de governo;
- Gestores de instituições de âmbito público ou privado;
- Pesquisadores;
- Especialistas em educação;
- Estudantes;
- Jornais, blogs e outros canais de comunicação;
- Organismos internacionais, etc.
Censo da Educação Superior de 2021
Acontece agora, em 2022, a coleta de dados e a publicação das informações do Censo da Educação Superior de 2021. Como já dito no decorrer do texto, o Censo é realizado sempre fazendo referência ao ano anterior.
Em um período de sete meses, de março até outubro deste ano, o Censo irá recolher, analisar e publicar informações sobre a educação superior.
Além dos dados que comumente estão presentes nas pesquisas, neste ano serão avaliados também os reflexos da pandemia de covid-19 na educação. Com o isolamento social, necessário em tempos de alto nível de contágio da doença, o ensino remoto foi a única maneira de manter o modelo presencial em funcionamento.
O Censo deste ano terá, deste modo, uma enorme importância ao trazer informações sobre a educação em mais um ano de pandemia. Será fundamental observar se o número de matriculados, formados, cursos, etc caíram ou não.
Qual o calendário do Censo da Educação Superior de 2021?
De acordo com o Inep, as datas para a realização de cada passo do Censo são as seguintes:
Etapa |
Atividade |
Início |
Término |
Responsável |
1 |
Atualização de cadastro do Recenseador Institucional (RI) das Instituições da Educação Superior (IES). |
07/03/2022 |
Representante legal e RI da IES |
2 |
Conferência dos dados cadastrais carregados do Cadastro Nacional de Cursos e Instituições de Educação Superior (Cadastro e-MEC) para o Censup e solicitação de ajustes. |
07/03/2022 |
08/04/2022 |
Representante legal e RI da IES |
3 |
Coleta dos dados do Censo da Educação Superior. |
24/03/2022 |
19/08/2022 |
|
3.1 |
Preenchimento dos dados censitários e verificação de erros finalizada sem pendências. |
24/03/2022 |
21/06/2022 |
Representante legal e RI da IES |
3.2 |
Conferência, ajustes e envio das justificativas dos relatórios de consistência. |
25/04/2022 |
05/07/2022 |
Representante legal e RI da IES |
3.3 |
Análise e resposta às justificativas dos relatórios de consistência pelo Inep. |
06/07/2022 |
27/07/2022 |
Inep |
3.4 |
Verificação (in loco ou por videoconferência) de IES selecionadas pelo Inep. |
28/07/2022 |
12/08/2022 |
Inep, Representante legal e RI da IES |
3.5 |
Ajustes dos dados com base nas atividades previstas nos itens 3.3 e 3.4. |
28/07/2022 |
19/08/2022 |
Representante legal e RI da IES |
4 |
Notificação, via publicação no Diário Oficial da União – DOU, das IES que não fecharam o Censo. |
22/08/2022 |
26/08/2022 |
Inep |
5 |
Consolidação e homologação dos dados pelo Inep. |
22/08/2022 |
06/09/2022 |
Inep |
6 |
Inativação no Sistema Censup, em 08 de setembro de 2022, das IES que não fecharam o Censo, e publicação da relação dessas IES no DOU a partir desta data. |
08/09/2022 |
Inep |
7 |
Preparação dos dados do Censo da Educação Superior. |
09/09/2022 |
25/10/2022 |
Inep |
8 |
Divulgação do Censo da Educação Superior. |
27/10/2022 |
Inep |
É importante que sua IES fique atenta aos prazos determinados pelo Inep para enviar as informações. Para te auxiliar, preparamos uma planilha virtual com o Calendário da Educação Superior de 2022.
Nesse arquivo, relacionamos todos os prazos do Censo da Educação Superior destacados acima. Além disso, incluímos também outras datas essenciais para sua instituição: inscrição e realização do Enade, todas as datas do Exame OAB, entre outras!
É um material gratuito, que você pode acessar clicando na imagem abaixo!
Qual o histórico e a legislação referente ao Censo da Educação Superior?
Para chegar no formato que tem hoje em dia, o Censo passou por muitas transformações. Para melhor entender essa evolução histórica, trazemos agora uma linha do tempo sobre o Censo da Educação Superior
1916
É publicado o primeiro Anuário Estatístico do Brasil dedicado ao período de 1908 a 1912. Aqui, já tinha informações sobre instituições, professores, matrículas e formandos do ensino superior.
1934
É criado o Instituto Nacional de Estatística (INE) para orientar o levantamento de todas as estatísticas nacionais. A parte sobre educação fica por conta da Diretoria de Informações, Estatística e Divulgação, parte integrante da Secretaria de Estado da Educação e Saúde Pública.
1936
É publicado o segundo Anuário Estatístico do Brasil, após vinte anos do primeiro. Com o INE, esse trabalho é sistematizado e realizado anualmente.
1938
Criação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com a publicação do Decreto-Lei nº 218, de 26 de janeiro de 1938.
1939
Anuário Estatístico do Brasil passa a ser de responsabilidade do IBGE, de acordo com o Decreto-Lei nº 1.360, de 20 de junho de 1939.
1956
Aprovado o Regimento Interno do Serviço de Estatística da Educação e Cultura (Seec), pelo Decreto n° 38.661, de 1956. Parte do MEC, o Seec tem a finalidade de levantar as estatísticas referentes às atividades educacionais e culturais.
Naquele período, os instrumentos de coleta eram definidos e enviados, pelos correios, para as IES e preenchidos manualmente. Cabia ao Centro de Processamento de Dados/MEC a tarefa de apurar os dados.
1980
O Seec vai do Rio de Janeiro para Brasília, integrando, agora, a Secretaria de Informática do Ministério da Educação (Seinf/MEC). Em 1985, ele vai para a Secretaria-Geral (SG/MEC) e, depois, para a Secretaria de Planejamento (Seplan/MEC), em 1987.
1996
É instituída a obrigação da União de coletar, analisar e disseminar informações sobre a educação, com a publicação da Lei n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional).
1997
Com a publicação da Lei nº 9.448, de 14 de março de 1997, o Inep vira uma autarquia federal e se torna o responsável por organizar e manter o sistema de informações e estatísticas educacionais. É estabelecido, com a Portaria Ministerial n° 971, de 22 de agosto de 1997, que as informações devem ser enviadas por disquete ou meio eletrônico pelas IES.
2000
É criado o Sistema Integrado de Informações da Educação Superior (SIEd-Sup) que contém as informações do Censo da Educação Superior. Os dados, agora, são coletados por meio de questionário eletrônico disponível no site do Inep, com acesso restrito a cada IES.
2001
É estabelecido, pela Portaria nº 2.517, de 22 de novembro de 2001, que as IES devem responder, anualmente, ao Censo da Educação Superior.
A inscrição passa a ser um pré-requisito para as IES inscreverem alunos no Exame Nacional de Cursos (ENC) e solicitarem a avaliação das condições de ensino e a avaliação institucional.
2005
É definido que as IES devem responder, anualmente, conforme calendário indicado pelo Inep, ao Censo da Educação Superior, a partir da Portaria Ministerial nº 46, de 10 de janeiro de 2005.
2007
A Portaria Normativa nº 40, de 12 de dezembro de 2007 institui o e-MEC, que fica responsável pelo cadastro oficial de instituições credenciadas e de cursos autorizados. O CPC começa a usar os dados sobre professores do Censo.
2008
É estabelecido, com o Decreto nº 6.425, de 4 de abril de 2008, que o Censo da Educação Superior será realizado anualmente, em regime de colaboração entre a União, os estados e o Distrito Federal, em caráter declaratório e mediante coleta de dados descentralizada
2010
O Censup passa a importar informações de IES e cursos do cadastro e-MEC, utilizando o CPF dos professores e alunos.
2013
É determinado que os resultados do Censo se tornem a base de dados a ser utilizada pelos órgãos do MEC, de acordo com a Portaria nº 794, de 23 de agosto de 2013.
2014
O Censo passa a fornecer insumos para a Matriz de Orçamento de Outros Custeios e Capital (Matriz OCC), após a coleta de dados nas universidades federais ser realizada considerando os dois semestres.
2016
É estabelecido o período de atualização do cadastro do pesquisador institucional (PI) e a obrigatoriedade de a IES manter a documentação administrativa que comprove os dados informados ao Censup, com a Portaria Inep nº 576, de 24 de novembro de 2016.
2017
Com a Portaria 911, de 22 de novembro de 2017, o período para a coleta passa a ser o mesmo para todas as IES.
2019
É criada a possibilidade de verificação in loco das informações fornecidas no Censo, de acordo com a Portaria n.º 911, de 6 de novembro de 2019.
2020
Com a pandemia de COVID-19, o cronograma do Censo de 2019 é alterado e toda a equipe precisa trabalhar de forma remota. O nome do responsável pelo preenchimento é trocado de Pesquisador Institucional (PI) para Recenseador Institucional (RI).
Qual é a metodologia do Censo da Educação Superior?
Apesar de ser um pouco trabalhoso, responder ao Censo não é difícil. É central se atentar na quantidade de dados que a IES deverá enviar, para que possa fazer isso da forma mais simples possível.
O Inep conta, inclusive, com manuais completos que ensinam o passo a passo para o preenchimento dos dados de cada módulo da pesquisa. Diante deste cenário, iremos enumerar agora os principais regras do Censo:
- Cada IES deve ter um Recenseador Institucional, que será indicado pelo responsável legal pela instituição. O RI é o responsável por enviar os dados corretamente e na data prevista.
- Os dados são coletados de forma online, com os formulários disponíveis na aba do INEP, no site do Governo.
- Existem questionários para os quatro módulos de preenchimento, sendo eles o de aluno, curso, docente e IES, além da possibilidade de optar pelo modo migração, que carrega uma grande quantidade de informações.
- Atualmente, o Censo conta também com uma pesquisa denominada “Resposta Educacional à Pandemia de Covid-19 no Brasil – Educação Superior”, para checar de qual forma o coronavírus impactou no ensino brasileiro.
- O Inep conta também com verificações in loco, nas quais ele pode conferir a veracidade de informações na própria IES.
- As IES devem manter os dados atualizados no Censup para ter acesso aos questionários.
E quais são os dados requisitados pelo Censo?
Como conta com quatro questionários diferentes, o Censo faz um levantamento de várias informações. É a variedade de dados coletados e o comprometimento com as respostas por parte da IES que faz com que o Inep possa realizar uma pesquisa completa e realmente fiel ao cenário educacional.
São requisitados o preenchimento de diversas características para diferentes assuntos. Os principais dados obtidos no Censo da Educação Superior são:
-
-
- Nome;
- Código;
- Grau acadêmico;
- Modalidade;
- Nível acadêmico;
- Atributo de ingresso;
- Carga horária;
- Situação do curso;
- Vagas ofertadas, etc.
-
-
- Nome;
- CPF;
- Data de nascimento;
- Sexo;
- Cor/Raça;
- Nacionalidade;
- ID no INEP;
- Deficiência;
- Escolaridade;
- Regime de trabalho;
- Atuação, etc.
-
-
- Nome da mantenedora;
- Representante legal da mantenedora;
- ID da IES;
- Nome;
- Sigla;
- Categoria administrativa;
- Organização acadêmica;
- Endereço da reitoria/sede administrativa;
- Dirigente principal;
- Procurador Institucional;
- Local da oferta;
- Número de funcionários;
- Dados financeiros;
- Biblioteca;
- Laboratório;
- Infraestrutura, etc.
-
- Nome;
- CPF;
- ID no INEP;
- Data de nascimento;
- Sexo;
- Cor/Raça;
- Nacionalidade;
- Deficiência;
- Turnos;
- Situação do vínculo;
- Semestre de conclusão;
- Forma de ingresso;
- Programa de reserva de vaga;
- Financiamento estudantil;
- Atividade extracurricular, etc;
Leia também: Saiba quais são os critérios analisados na avaliação de bibliotecas pelo MEC
É obrigatório responder ao Censo da Educação Superior?
Sim! Toda e qualquer IES que oferte pelo menos um curso de graduação tem obrigação legal de responder o questionário do Censo. Dentro desse grupo de instituições estão presentes:
- As Universidades;
- Os Centros Universitários;
- Os Centros Federais de Educação Tecnológica;
- As Faculdades;
- E os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia.
Além de ser determinado por lei, participar da pesquisa é pré-requisito para que a IES realize algumas atividades. Algumas das principais ações que necessitam que a instituição responda ao Censo são:
- Participar do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES);
- Oferecer o FIES para seus alunos;
- Aderir ao PROUNI;
- Participar dos programas de bolsas mantidos pela CAPES, no caso da IES também ofertar pós-graduação e
- Conseguir autorização, reconhecimento ou renovação de reconhecimento de curso pelo MEC.
Como a IES pode aproveitar os resultados do censo?
No primeiro momento, é necessário que a IES entenda que responder o questionário não é apenas um dever, mas também um direito. Além de ter disponíveis os serviços citados anteriormente ao participar do Censo, é, também, possível ter acesso a uma grande base de dados relacionados à educação superior.
Conhecer a realidade do ensino superior no Brasil é extremamente necessário. Em geral, a educação deveria ser um assunto de interesse e de domínio de toda a sociedade e se tratando de uma IES, esse conhecimento se torna obrigatório.
Com o acompanhamento do Censo é possível compreender as tendências que estão surgindo nas faculdades. Algumas informações são fundamentais para saber onde e como o investimento será certeiro, como por exemplo:
- Cursos com mais alunos;
- Cursos com maior crescimento;
- Turno com mais estudantes;
- Crescimento da EaD;
- Perfil socioeconômico dos alunos;
- Nível de formação dos professores;
- Principais formas de ingresso nas IES;
- Dados de infraestrutura;
- Gênero, raça e idade dos estudantes, etc.
A IES não ganha apenas sabendo as tendências. Com os dados do Censo, ela pode também checar o que tem de diferencial e que seja realmente atrativo para o corpo discente.
É importante que, além de oferecer aquilo que seja sucesso no mercado, novidades sejam propostas e novas tecnologias e metodologias sejam incrementadas. Afinal, a educação está em uma constante evolução.
Esperamos que você tenha gostado do nosso conteúdo e que ele te ajude a se preparar para o Censo da Educação Superior. Se você tem interesse em conhecer mais sobre as avaliações das IES, recomendamos que leia nosso texto Saiba quais são os indicadores de qualidade do MEC e como eles se relacionam.