Seja no ensino superior a distância, no ensino híbrido ou presencial, os conteúdos digitais são recursos ideais para melhorar a experiência dos estudantes e, consequentemente, elevar seus índices de captação de alunos.
A aplicação de tecnologia no ensino é um movimento que foi alavancado pela pandemia do covid-19, e que veio para ficar. Neste cenário, o material didático das instituições de educação superior (IES) se transformou.
O uso de materiais impressos cede espaço a materiais multiformatos, jogos interativos e comunicação virtual. No presente texto, vamos explicar em detalhes: o que são esses conteúdos digitais, suas espécies, funções, dados relevantes do contexto brasileiro e, ao fim, dicas para sua elaboração!
Tenha uma boa leitura!
O que são conteúdos digitais?
Os conteúdos digitais são materiais produzidos desde o pré-escolar à pós-graduação, tanto no contexto administrativo quanto em sala de aula, a partir das tecnologias de informação e comunicação (TICs) na educação.
As TICs são capazes de possibilitar o desenvolvimento de atividades pedagógicas inovadoras, favorecendo a obtenção de excelentes resultados. Permitem, assim, através da comunicação, que todos se apropriem e compartilhem saberes e experiências.
Devido à ruptura das barreiras espaciais proporcionadas pelas TICs, a sala de aula virtual se tornou “geograficamente dispersa”, como descreve o autor Gilberto Lacerda dos Santos:
“Em consequência, os novos papéis docentes na sala de aula virtual são, sobretudo, aqueles relacionados com a gestão de situações educativas virtuais, descentralizados, geograficamente dispersas, sem a perda dos fios condutores, os quais devem conduzir os alunos à conclusão das interações e à realização dos objetivos de aprendizagem previstos, fazendo com que se sintam conectados e em permanente atividade de trabalho.” (2010, p. 11) (Nossos destaques)
Nesse novo contexto, o uso da tecnologia de ponta nos conteúdos educacionais tem sido, então, uma ideia sempre interessante sob a ótica pedagógica. Ela permite ampliar as práticas pedagógicas e até corrigir possíveis déficits de aprendizagem que dificilmente seriam identificados sem ela.
A multimídia favorece uma exploração profunda devido à sua dimensão não linear. Através dela é possível estabelecer formas de como apresentar, demonstrar e estruturar a informação. Além disso, é possível também desenvolver uma comunicação rápida e efetiva entre os atores do mundo educacional.
As TICs têm a finalidade de encontrar soluções que utilizem técnicas capazes de ampliar o esforço pedagógico dos professores e dos formadores e representam uma tendência crescente no ensino, muito associada à modalidade de ensino a distância (EaD).
No entanto, os conteúdos digitais não são restritos à EaD. Podem ser aplicados também no ensino híbrido no ensino superior ou mesmo no ensino presencial.
Leia também: Tudo o que você precisa saber sobre inovação na educação superior
Princípios da multimídia na educação
Através da multimídia, é possível transpor de forma positiva um determinado conteúdo de forma digital. Para que isso ocorra, alguns princípios são necessários. Confira!
1. Princípio multimídia: os alunos aprendem melhor quando se combina palavras e imagens do que apenas palavras;
2. Princípio de proximidade espacial: quando palavras e imagens correspondentes estão próximas em vez de afastadas. Por exemplo, no mesmo écran;
3. Princípio de proximidade temporal: quando palavras e imagens são apresentadas simultaneamente em vez de sucessivamente;
4. Princípio de coerência: quando palavras, imagens ou sons não relevantes para o assunto são excluídos;
5. Princípio de redundância: quando se utiliza animação e narração em vez de animação, narração e texto escrito;
6. Princípio das diferenças individuais: os sujeitos que mais se beneficiam de um documento multimídia são os que têm pouco conhecimento, se comparados aos que já têm muito conhecimento.
Aqueles que têm elevada orientação espacial são os que mais se beneficiam, se comparados aos que têm pouca orientação espacial. Esses são os fundamentos que nortearam o ensino digital de forma a simplificá-los e orientar quanto às possibilidades de uso.
Quais são os conteúdos digitais?
Confira, abaixo, uma lista com os principais tipos de conteúdos digitais:
1. Textos e livros virtuais;
2. Videoaulas e vídeos complementares às aulas;
3. Podcasts e gravações de áudio sobre o conteúdo;
4. Mapas mentais
5. Jogos interativos
6. Plataformas de questões e simulados de exames oficiais;
7. Conferências virtuais;
8. Softwares de aprendizagem;
9. Infográficos e ilustrações;
10. Transmissões ao vivo;
11. Laboratórios virtuais.
Leia também: Conheça o passo a passo da elaboração de conteúdos EaD
1. Textos e livros virtuais
Os textos e livros virtuais podem ser uma ótima ferramenta para você dinamizar a aplicação de conteúdos em sua IES.
Isso porque eles são acessíveis e podem ser compartilhados de maneira rápida. Além disso, de acordo com o aplicativo de leitura já é possível grifar e fazer anotações no próprio aplicativo, o que facilita a vida do estudante.
A partir da leitura digital é possível organizar uma série de obras e textos em um único lugar, com sistemas de buscas mais eficientes do que aqueles utilizados para textos físicos.
Textos e livros virtuais também são mais inclusivos para pessoas com deficiência, já que hoje já existem ferramentas que auxiliam na leitura e/ou na transcrição de áudio para esse tipo de conteúdo.
Outra vantagem das obras digitais é o baixo custo de aquisição e manutenção do acervo comparado a um acervo físico.
Por todos esses motivos, muitas IES adotam as bibliotecas digitais, que facilitam o acesso de seus alunos a diversas obras em um único lugar.
Leia também: Como promover a inclusão de estudantes com deficiência no ensino superior?
2. Videoaulas e vídeos complementares às aulas
A exploração do vídeo pelas escolas como ferramenta motivacional não é nova. No entanto, as videoaulas têm ganhado cada vez mais espaço no dia-a-dia dos estudantes.
Basta ter um aparelho móvel com internet para ter acesso a qualquer conteúdo. Com isso, torna-se possível estudar no ônibus, no quarto e até mesmo em uma praça. Além da possibilidade de dinamizar o estudo, o aluno também pode estudar a qualquer hora, uma vez que as aulas ficam a distância de um clique.
Cabe destacar, também, que cada aluno aprende em um ritmo diferente. Por esse motivo, alguns conteúdos não são totalmente compreendidos durante uma aula convencional. Assim, mesmo sem o computador em sala de aula, o professor pode promover interatividade, utilizando as potencialidades do vídeo.
A videoaula fornece ao aluno a possibilidade de avançar e retroceder a aula quantas vezes quiser, sendo esse seu grande diferencial. Da mesma maneira, os vídeos complementares são grandes aliados no processo de aprendizagem, eles podem aprofundar os conteúdos, trazer o assunto para perto do estudante e desenvolver neles um maior interesse sobre determinado tema.
3. Podcasts e gravações de áudios sobre o conteúdo
Os PodCasts são tecnologias alternativas com grande potencial de serem utilizadas durante o processo de ensino e aprendizagem. Esta ferramenta utiliza o áudio como recurso educacional. Dessa forma, o ouvinte escolhe o conteúdo que quer ouvir, no tempo e no espaço que determinar, conforme sua disponibilidade.
Os PodCasts são uma tendência dentro das salas de aula e fora delas. Cada vez mais IES estão incentivando o uso de podcast como ferramenta educacional, aplicada durante as aulas e nos estudos em casa.
Os áudios são constituídos por conteúdos que estimulam o aprendizado através de linhas de comunicação abertas e meios criativos, garantindo ainda mais a versatilidade e multifuncionalidade por serem constituídos apenas de áudio. Por isso tantas escolas têm utilizado esse conteúdo digital.
Além disso, pode contribuir para os diferentes ritmos de aprendizagem dos alunos, uma vez que eles poderão escutar diversas vezes um mesmo áudio para a melhor compreensão do conteúdo.
4. Mapas mentais
Os mapas mentais são diagramas que são elaborados a partir de uma ideia central e vão se conectando em diversas ramificações. Pode ser comparado, assim, com as conexões nervosas do corpo humano.
Com a utilização de mapas mentais o processo de aprendizagem se torna mais interessante e criativo, além de auxiliar na memorização a longo prazo e no desenvolvimento do raciocínio lógico.
As associações visuais e verbais fortalecem o funcionamento da memória. Por isso, elaborar mapas mentais é tão positivo para o processo de memorização.
Além disso, os mapas mentais também auxiliam na compreensão de questões complexas. Sendo que através deles é possível ter uma ideia do todo e das questões específicas que são derivadas do objeto central.
Por fim, produzir mapas mentais auxilia na organização do conteúdo e desperta a criatividade. Então não ofereça apenas mapas mentais prontos, mas sim incentive os estudantes a produzirem seus próprios mapas mentais.
Leia também: 16 Técnicas de memorização para treinar o cérebro e reter mais informações!
5. Jogos interativos
Os jogos digitais, antes eram apenas vistos como entretenimento, hoje já figuram como uma ferramenta educacional importante. Prendem a atenção dos estudantes e colocam-no como protagonistas do processo de aprendizagem.
As situações-problema que envolvem a narrativa do jogo estimulam os estudantes a desenvolverem as melhores soluções para a questão apresentada. Assim, os alunos aprendem de maneira criativa.
Os jogos digitais, por sua vez, possibilitam também que o estudante aprenda com seus erros. Porque só é possível progredir nos games resolvendo o que está errado. Então, o erro se torna um aliado da aprendizagem.
6. Plataforma de questões e simulados de exames oficiais
Usar plataformas de questões auxilia a medir o aprendizado e a fixar o conteúdo. Para conseguir resolver questões é necessário que o aluno realmente tenha aprendido o conteúdo. Então, ter uma quantidade grande de questões a disposição é essencial para que os estudantes testem seus conhecimentos.
Vale ressaltar que as questões de concurso e exames oficiais também auxiliam na familiarização dos estudantes com o modelo de questão da prova que eles farão.
Uma IES que disponibiliza uma boa plataforma de questões auxilia seus alunos a serem aprovados em exames como a Prova OAB e concursos públicos. Com bons índices de aprovação a IES passa a ser reconhecida e aumenta o nível de captação e retenção de alunos.
7. Conferências virtuais
Organizar uma conferência presencial exige muita energia e dinheiro. Encontrar um lugar como um auditório, pensar infraestrutura, no som e comprar passagem para os palestrantes são apenas alguns exemplos dos desafios que um organizador de uma conferência presencial vai encontrar.
Contudo, todas essas tarefas podem ser simplificadas com a organização de uma conferência virtual. Inclusive, por ser on-line, tanto palestrantes quanto estudantes podem participar de suas casas ou de qualquer outro ambiente com a disponibilidade de acesso a internet, o que aumenta a possibilidade de participação.
Outro aspecto positivo das conferências digitais é a possibilidade de estudantes de diversos pólos de uma mesma IES poderem se engajar na construção do evento, assim como participar no dia da atividade.
A gravação da conferência também é simplificada na modalidade virtual, porque diversas plataformas já contam com o recurso próprio de gravação sem depender de mais um software, sendo os principais:
1. Zoom
2. Skype
3. Google Meet
4. Teams
1. Zoom
O Zoom é uma plataforma de reuniões online que permite que até 100 pessoas participem de reuniões com duração de 40 minutos. Caso o número e o tempo se estenda, é preciso assinar algum dos planos pagos disponibilizados.
Está disponível para dispositivos móveis Android e iOS, assim como para os computadores com sistema operacional Windows e macOS.
2. Skype
O Skype é uma plataforma antiga e você pode utilizá-la para conversas de áudio ou de vídeo, individuais ou em grupo. Pode ser baixado nos computadores e nos celulares, além de ter uma versão web.
3. Google Meet
O Google Meet oferece planos gratuitos e pagos, com suporte para chamadas com até 250 pessoas e 24 horas de duração. As reuniões podem ser gravadas e armazenadas no Google Drive e ficam marcadas na agenda dos participantes.
Além disso, a plataforma conta com uma tecnologia que gera legendas automáticas para falas dos participantes das reuniões, facilitando o compreendimento de pessoas com deficiência auditiva.
4. Teams
O Teams é a plataforma de reuniões da Microsoft onde até 100 pessoas podem participar simultaneamente de reuniões na versão gratuita.No quesito segurança, o Teams também se destaca!
A ferramenta e todos os arquivos nela presentes são criptografados de ponta a ponta. Isso evita que pessoas não autorizadas, como hackers, tenham acessos a informações sigilosas da sua empresa, por exemplo.
8. Softwares de aprendizagem
O software de aprendizagem é um sistema que pode agrupar apostilas, jogos interativos, vídeos, áudios ou outros conteúdos digitais com a finalidade de facilitar a aprendizagem sobre determinados temas.
Com o avanço da tecnologia esses softwares têm ficado cada vez mais completos, sendo que em alguns casos já substituem alguns cursos presenciais, como cursos de idiomas.
Contudo, o uso destes aplicativos não deve ser visto como inimigo e sim como aliado da IES. Porque, assim como os jogos digitais, os softwares colocam o estudante como protagonista do processo de aprendizagem. Além de aumentar o engajamento dos alunos.
Um exemplo bastante utilizado de software de aprendizado é o Google Classroom, que disponibiliza um combo de ferramentas de comunicação e produtividade destinadas a promover a colaboração e criatividade e que podem ser utilizadas e adaptadas pelo professor e pelos alunos, conforme as necessidades.
Esta é uma ferramenta capaz de possibilitar um espaço para comunicação, facilitando a organização de perguntas e respostas, bem como discussões de maneira colaborativa.
Além disso, permite a organização do trabalho de forma simples e eficaz, distribuir tarefas, compartilhar diferentes materiais didáticos (no formato de documentos, imagens, vídeos, etc), a interação entre professor e alunos de forma síncrona e assíncrona, criar fóruns de discussão para dúvidas e debates, dentre outros.
As principais vantagens presentes nos recursos do Google Classroom para fins educativos se resumem a:
- Ferramenta de apoio tecnológico aos estudantes e suporte para o ensino híbrido;
- Desenvolvimento de habilidades e competências lógicas de colaboração por professores.
9. Infográficos e ilustrações
Transmitir conhecimento pode ser uma tarefa difícil sem os mecanismos adequados. Por isso, existem os infográficos e as ilustrações, que são ótimas ferramentas para explicar de maneira simples conceitos complexos.
Confira alguns pontos positivos deste recurso:
- Infográficos são mais fáceis de lembrar;
- Infográficos são mais persuasivos;
- Infográficos tornam o conteúdo mais acessível.
Para que possam auxiliar na aprendizagem visual, os infográficos devem ser envolventes e apresentar de maneira objetiva os dados que ali estão contidos.
Na construção deles deve-se evitar o uso exagerado de textos. O aumento na quantidade de palavras faz com que este conteúdo perca seu propósito.
As imagens e ilustrações também auxiliam na aprendizagem visual. Quando elas se conectam com o conteúdo que está sendo apresentado, ajudam no processo de memorização dos estudantes.
Essa ferramenta de ensino se consolida entre educadores de diversas áreas, pois proporciona um espaço em que a aprendizagem é facilitada. Pesquisas indicam que estudantes aprendem melhor com animações de multimídia quando estão associadas a narração e imagens, ao invés de apenas palavras.
10. Transmissões ao vivo
Existem diversas plataformas atualmente que disponibilizam transmissões ao vivo, também conhecidas como live, que têm o objetivo de reunir um determinado público em tempo real.
As plataformas mais comuns que disponibilizam este recurso são o Instagram, Facebook, YouTube e TikTok. Nota-se que são redes sociais mais comuns entre jovens mas que, nos dias atuais, abrangem também um público de maior idade.
Estas redes podem ser utilizadas com a inserção de um conteúdo educativo, seja em forma de post ou as transmissões, que é o foco principal deste tópico. Para fazer uma live, é necessário acesso à internet e ao celular ou computador. Comumente, a transmissão dura em torno de 60 minutos.
Existe um grande ponto positivo desta ferramenta, pois as pessoas conseguem assistir a todo tipo de conteúdo nesse formato em qualquer hora do dia, por meio de seus celulares, computadores ou tablets.
Além disso, existe a possibilidade de interação, assim os alunos conseguem fazer perguntas e podem solicitar participação no ao vivo, caso seja necessário.
11. Laboratórios virtuais
Os Laboratórios Virtuais de Aprendizagem (LVA) são espaços eletrônicos que têm a finalidade de dar suporte à realização de experiências, sem a necessidade da presença do usuário em um determinado local, tal como ocorre no contexto dos laboratórios reais.
A utilização dos LVA tem sido cada vez mais frequente e importante nas atividades educacionais. Os estudantes conseguem experimentar diversas situações úteis e construir um conhecimento em seu desenvolvimento profissional.
Nos laboratórios presenciais existe a necessidade da presença do aluno, já nos laboratórios remotos, não é necessário, pois, esta ferramenta oferece ao discente uma interface que permite a manipulação à distância de instrumentos.
Os LVA não estão presentes apenas nas áreas das ciências, mas também na psicologia, química, matemática, educação, artes, linguística, publicidade, entre outras. Isso mostra que esta ferramenta tem ganhado mais espaço como meio de ensino.
Aprender fazendo é uma expressão que se revela em atividades laboratoriais e se fortalece através da Teoria Construtivista, Ela considera que o conhecimento deve ser construído pelo aprendiz, através da interação com o objeto, e não transmitido pelo professor.
Confira abaixo objetivos que podem ser compreendidos através do uso deste recurso:
- encorajar a observação e descrição acurada;
- promover métodos científicos de pensamento;
- desenvolver habilidades de manipulação;
- treinar a solução de problemas;
- preparar os estudantes para exames práticos;
- elucidar o aprendizado da teoria;
- verificar fatos e princípios;
- desenvolver métodos de investigação;
- despertar o interesse;
- e tornar os fatos mais reais.
Um laboratório digital promove o acesso a experimentos a partir de um espaço virtual, compensando a falta de interação e a indisponibilidade de horários ou de recursos necessários às experiências práticas.
Qual é a função dos conteúdos digitais?
A função básica dos conteúdos digitais é auxiliar no processo de ensino-aprendizagem por meio da aplicação da tecnologia. A partir deles, os alunos têm uma experiência melhor e mais completa em seus cursos, além de ter acesso a uma formação de qualidade.
Em um ambiente virtual, é possível ampliar as possibilidades de visualização e experimentação, além de proporcionar maior autonomia aos alunos na sua própria aprendizagem.
Os conteúdos digitais produzidos com propósitos educativos têm a função de se aperfeiçoar em um processo dinâmico relacionado às necessidades dos estudantes.
Além dessa função básica, os conteúdos digitais possuem funções mais específicas de acordo com o contexto em que são aplicados.
Portanto, seja virtual ou presencial, é importante a atualização dos conhecimentos do professor, e, junto com ela, uma mudança de postura como detentor para mediador do saber.
Conteúdos digitais no ensino a distância
De acordo com Amarilla :
A Educação a Distância requer a compreensão de que é um processo de ensino – aprendizagem apontando para uma só dimensão: a proximidade do aluno, não no sentido espaço – temporal, mas no sentido do exercício da autonomia, da participação e da colaboração no processo de ensino – aprendizagem.
É o aluno motivado e “próximo” o foco principal de tal processo, a partir do conhecimento de suas características socioculturais, das suas experiências e demandas. (2011, p. 48) (nossos destaques)
Nesse sentido, surgem as TICs, reavivando as práticas de EaD, devido à flexibilidade do tempo, quebra de barreiras espaciais, emissão e recebimento instantâneo de materiais.
No mesmo sentido, os conteúdos digitais do ensino superior a distância. Como essa modalidade é trabalhada no meio virtual em sua maior parte, contar com esse tipo de material é essencial para construir um bom curso.
Percebe-se, pois, que é possível realizar tanto as tradicionais formas mecanicistas de transmitir conteúdos, quanto a digitalizadas e hipermidiáticas.
Logo, podemos utilizar os conteúdos digitais com maior frequência, inclusive na avaliação online e outros tipos de atividades.
Os conteúdos, aqui, vão consistir em ferramentas síncronas e assíncronas, como audiovisual, multimídia interativa, ensino assistido por computador, televisão educativa, cabo, técnicas clássicas de ensino a distância.
Ambas as ferramentas devem ser utilizadas na proporção correta, para compor a grade curricular de cada disciplina. Isso permite explorar o potencial de interatividade das TICs e desenvolver atividades à distância com base na interação e na produção de conhecimento.
Conteúdos digitais no ensino presencial e híbrido
Já nas modalidades do ensino presencial e híbrido, também é plenamente possível e benéfico fazer uso dos conteúdos digitais. No entanto, isso acontecerá de forma diferente.
Os conteúdos digitais deverão complementar as atividades desenvolvidas presencialmente. Portanto, podem servir como materiais de apoio aos estudantes. É interessante, portanto, que os professores indiquem esse tipo de material como referência para aprofundar os estudos.
O ensino híbrido e presencial mesclam, em seus componentes curriculares, o ensino tradicional presencial e o ensino mediado pela tecnologia. O aluno aprende por métodos mais ativos de aprendizagem, em que ele busca o próprio conhecimento, sendo a educação o elemento emancipador do indivíduo.
Por fim, é importante que haja uma reelaboração da cultura escolar para que o uso das tecnologias digitais possa surtir efeito positivo no ensino, seja ele híbrido ou presencial.
Dados sobre os conteúdos digitais no ensino
Para compreender melhor a realidade dos conteúdos digitais no contexto educacional brasileiro, vamos observar alguns dados provenientes do Censo Ead 2019/2020.
Trata-se de um estudo anual realizado pela Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED) para compreender melhor a realidade dessa modalidade de ensino no Brasil. Na última edição do estudo, que vamos abordar a seguir, existem várias informações relevantes sobre os conteúdos digitais.
Quais são os conteúdos digitais oferecidos pelas IES?
O primeiro dado digno de nota diz respeito aos tipos de conteúdos digitais oferecidos pelas IES. A pesquisa comparou a incidência de cada tipo de conteúdo em duas áreas: graduação EaD e pós-graduação EaD.
Confira, abaixo, o gráfico com os resultados:
Como podemos observar do gráfico acima, os cursos de pós-graduação a distância foram mais efetivos na incorporação de recursos tecnológicos. Além disso, os formatos de conteúdos digitais mais comuns são textos e vídeos virtuais.
Textos digitais e livros digitais são opções interessantes não só no ensino a distância, mas também nas outras modalidades. É muito mais fácil para os alunos acessar conteúdo em texto pelo celular, computadores, tablets ou pelo Kindle.
Por isso, a biblioteca digital surge como uma tendência interessante para as IES que queiram alcançar um ensino inovador e mais acessível. Ademais, a logística de empréstimo de livros é revolucionada e os gastos com manutenção da biblioteca física são drasticamente reduzidos.
Conteúdos em vídeo
Os conteúdos digitais em vídeo são o segundo tipo mais abundante. Isso vai ao encontro de uma tendência forte identificada na pesquisa Video Viewers 2018, realizada pelo Google. Ela teve como objetivo compreender melhor a forma como os brasileiros consumiam conteúdos em vídeo.
Dentre os dados levantados por este estudo, temos um aumento de 135% no consumo de vídeos na web entre os anos de 2014 e 2018. No entanto, a informação mais relevante para nós é o uso da plataforma YouTube nos estudos:
Como podemos observar do infográfico acima, 9 em cada 10 pessoas realizaram seus estudos por meio de vídeos no YouTube. Os principais conhecimentos obtidos não diziam respeito, necessariamente, a estudos acadêmicos, mas uma coisa é certa: os conteúdos audiovisuais possuem enorme potencial nos processos de ensino-aprendizagem.
Entretanto, cabe aqui uma ressalva: apesar da popularidade e eficiência dos conteúdos em vídeo e texto, existem vários outros formatos em que as IES podem investir. Na verdade, uma das principais potencialidades dos conteúdos digitais é justamente isso: os multiformatos.
E quais são as principais ações de aprendizagem dos conteúdos digitais?
A partir da disponibilidade de conteúdos digitais, os alunos são convidados a realizar ações ou atividades de aprendizagem. O Censo EaD 2018/2019 também procurou investigar quais dessas atividades eram as principais no contexto brasileiro à época.
Este gráfico revela um dado muito interessante: práticas relacionadas a certos conteúdos digitais, como assistir a conteúdo em vídeo e elaborar materiais multimídia, são perfeitamente compatíveis com os cursos presenciais.
De fato, a pesquisa mostra que os cursos presenciais se saem melhor do que os cursos EaD no desenvolvimento das ações de aprendizagem, de um modo geral. Mas isso não significa que exista qualquer empecilho para desenvolvê-las no ensino a distância, visto que a pós-graduação EaD também apresentou ótimos índices.
Transcrevemos, abaixo, a interpretação destes dados contida no Censo EaD, que explica perfeitamente este cenário:
“Em termos de ações de aprendizagem que se convidam os alunos a realizar, observa-se que os cursos de pós-graduação têm uma oferta similar aos de graduação presencial, demandando um índice mais alto de leitura, acesso a vídeos e participação em discussões, realização de trabalhos acadêmicos e elaboração de conteúdos multimídia, o que revela uma solicitação mais rica e variada dos alunos de pós-graduação e de cursos presenciais em comparação com cursos de graduação.
“Não há, no entanto, motivos relacionados à modalidade que impeçam a solicitação de atividades diferenciadas e sofisticadas em EAD, visto que elas são possíveis na pós. Trata-se de escolha das instituições que oferecem cursos EAD nesses níveis.
“Para entender os aspectos onde ainda se vê uma discrepância entre presencial e EAD, é necessário observar onde os cursos presenciais se destacam: solicitação de participação em discussões, solução de problemas e realização de atividades relacionadas à prática profissional.
Seja por hábito ou por que realmente é mais difícil realizar essas ações a distância, observa-se que estes são os pontos em que os alunos de cursos presenciais têm mais vantagem do que os de EAD. É preciso divulgar e praticar mais estratégias EAD que permitam realizar discussões, solução de problemas e práticas profissionais com conforto. (Censo EaD, pág. 51).
Leia também: Como funciona a matéria online em curso presencial?
Qual a importância dos meios digitais na educação?
Há algum tempo tem se consolidado o entendimento de que a sala de aula não é o único lugar onde ocorre a aprendizagem. No campo da educação, as repercussões da emergência do mundo virtual, proveniente das redes globais de computadores, são bastante óbvias.
Acima de tudo, ao se considerar que o principal papel da educação se finda na preparação do indivíduo para, autonomamente, saber buscar informações e transformá-las no conhecimento de que ele necessita, no momento em que dele necessita e da forma mais criativa possível.
Com isso, são introduzidas as TICs, unindo as melhores práticas do ensino presencial e do ensino a distância. Nesse contexto, o aluno torna-se o formador de seu conhecimento, com uma vasta gama de informação à sua disposição e a necessidade de aprender como gerenciar tantos conhecimentos.
E, nesse processo, o professor assume a responsabilidade efetiva de incitar o aluno a se desenvolver e procurar o conhecimento de que precisa para alcançar seu objetivo.
O preparo dos docentes brasileiros para a utilização de mídias e objetos digitais como materiais didático-pedagógicos ainda é insipiente. Por isso, é importante que o professor se aprimore diante das mudanças advindas da tecnologia.
É tarefa das instituições promover a capacitação e atualização dos docentes, para que eles consigam fazer bom uso do seu saber.
Saiba mais: Entenda a importância da formação continuada de professores
Quais são os benefícios de usar conteúdos digitais no ensino superior?
Agora que já conhecemos os conteúdos digitais, suas funções e dados pertinentes, bem como sua importância no desenvolvimento da educação, vamos falar um pouco sobre os benefícios de aplicá-los em sua IES.
1. Garantia de maior acessibilidade
Independente da modalidade de ensino dos cursos, muitos dos estudantes desenvolvem seus estudos por meio das tecnologias digitais.
Seja por meio da leitura digital, assistindo vídeos, escutando podcasts ou através dos inúmeros recursos disponíveis, aprender com as TICs é uma tendência que veio para ficar. A questão é que os conteúdos digitais são mais acessíveis ao corpo estudantil.
Atualmente, muitas pessoas já possuem smartphones, tablets, computadores ou outros equipamentos por meio dos quais é possível acessar a rede e, assim, os conteúdos digitais.
De fato, o número de usuários de internet cresceu significativamente ao longo dos anos, como podemos observar na pesquisa TIC Domicílios, do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic):
Como a maioria dos brasileiros possui acesso à internet, é possível acessar os conteúdos digitais de ensino. Além disso, muitos estudantes já estão acostumados a executar seus estudos através da rede.
Outra pesquisa do Cetic, sobre as TICs na Educação, confirma essa afirmação. Ela analisou o uso das tecnologias digitais na educação de alunos do ensino fundamental e médio: 93% afirmaram utilizar a internet para fazer pesquisas para trabalhos escolares.
A realidade do ensino superior também é perfeitamente compatível com esse paradigma, visto que os alunos apresentam mais maturidade e habilidades no meio virtual. Por todos esses motivos, o uso de conteúdos digitais contribui para a democratização do ensino.
2. Mais rentabilidade para alunos e IES
Outra grande vantagem dos conteúdos digitais diz respeito à maior rentabilidade. Em outras palavras, fica mais barato investir nesse tipo de material didático.
Vamos explicar este benefício tomando por base os dois principais tipos desses conteúdos: textos digitais e vídeos.
Em relação aos textos digitais, a redução de custos fica bem nítida. Imagine que o professor precise que os alunos leiam certo texto para complementar os conteúdos ministrados durante a aula.
Se optar por distribuí-lo fisicamente, será necessário imprimir centenas de cópias daquele material. Além de representar um gasto enorme com dinheiro, tinta e papel, essa opção também terá um impacto ambiental negativo.
O mesmo se aplica a eventuais provas, questionários e trabalhos. É mais interessante que essas atividades sejam enviadas e respondidas pelo meio digital, para poupar eventuais custos com o material físico.
Em relação a livros, o problema fica ainda maior. Muitos estudantes não conseguem arcar com os custos de obter obras físicas de qualidade (que costumam ser muito caras), e nem a IES consegue cobrir esse valor para os estudantes.
Uma biblioteca digital, por outro lado, garante acesso às mesmas obras por um preço consideravelmente menor. Seus materiais também são frequentemente atualizados, poupando tempo e trabalho dos bibliotecários e recursos financeiros da instituição.
Quando falamos em videoaulas ou outros conteúdos digitais em vídeo, a rentabilidade vem de outras formas.
Em relação às videoaulas síncronas, existe uma economia de gastos em relação ao transporte de professores e alunos, que podem participar de suas casas.
A IES pode optar, também, por gravar vídeos complementares às aulas, que ficam disponíveis para visualização pelo aluno. Esse material dura por muito tempo (enquanto seu conteúdo estiver atualizado, refletindo o estado-da-arte daquela disciplina).
Quando houver alguma mudança científica no conteúdo do vídeo, o gasto será apenas para gravar partes específicas e proceder à sua devida atualização.
Leia também: Saiba como fazer a captação de alunos EaD em sua IES
3. Alunos diversos aprendem de formas diversas
Uma característica dos conteúdos digitais é sua multiplicidade de formatos. Eles podem ser escritos, em áudio, vídeo, ilustrados, interativos…
No contexto de uma sociedade marcada por sua diversidade natural, essa gama de formatos contribui para que todos os estudantes sejam contemplados. Dizendo de outra forma: cada pessoa aprende melhor de um jeito diferente.
Alguns alunos possuem mais facilidade em apreender informações pela audição. Assim, escutar uma aula ou um podcast, por exemplo, é ideal para que estes estudantes consigam fixar o conteúdo.
Outros alunos possuem uma memória mais visual, tendo mais facilidade em lembrar de alguma informação se ela é associada à imagem do professor, à gesticulação que faz ou a recursos como mapas mentais.
Existem também os alunos mais habituados à leitura; os alunos que aprendem muito bem se ensinam a matéria para outra pessoa; os que se adaptam melhor à resolução de questões; os que gostam mais de escrever, ou fazer trabalhos, ou participar de simulações.
Enfim, se a IES investe em conteúdos digitais diversos, que refletem também a diversidade de seu corpo estudantil, certamente ele será contemplado em sua variedade de formas de aprendizado.
Além disso, falando em diversidade num aspecto mais específico, cabe dizer sobre a acessibilidade dos conteúdos digitais para pessoas com deficiência.
Muitos desses materiais já são adaptados para atender a esse público, ou são compatíveis com softwares desenvolvidos para garantir essa acessibilidade. É comum, por exemplo, que vídeos tenham legendas embutidas, ou que materiais escritos possuam recursos de conversão do texto em som.
Leia também: Como promover a inclusão de estudantes com deficiência no ensino superior?
4. Facilitação das metodologias ativas
Por fim, outro benefício importante que iremos destacar diz respeito à aplicação de metodologias ativas.
Trata-se de uma estratégia muito efetiva nos processos de ensino-aprendizagem. Em síntese, as metodologias ativas buscam dar mais protagonismo ao aluno em sua formação.
Elas vêm, portanto, para quebrar o paradigma clássico do ensino tradicional, em que o estudante é um mero receptor do conhecimento doutrinado pelo professor. Nesse modelo já ultrapassado de aulas apenas expositivas, a informação é transmitida de forma unidirecional, por meio de um verdadeiro monólogo.
Atualmente, sabe-se que a verdadeira construção do conhecimento surge de um diálogo entre os atores do contexto educacional. Isso só é possível se o aluno possui autonomia, iniciativa e toma as rédeas do próprio aprendizado.
Usando recursos como a sala de aula invertida, conseguimos promover esse desenvolvimento dos estudantes e oportunizar seu protagonismo.
Além disso, vários conteúdos educacionais tornam esse processo muito mais fácil. Podemos citar, a exemplo, os fóruns de discussão disponíveis em vários Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVAs), jogos interativos e simulações virtuais.
Aplicando mais inovação e tecnologia no ensino, naturalmente os alunos ficam mais engajados e participam de forma mais ativa nas aulas. Daí surge outro ponto positivo relacionado aos conteúdos digitais.
Podemos destacar, ainda, a relevância dos conteúdos assíncronos neste contexto. Quando são disponibilizados conteúdos que os alunos podem estudar em seu próprio tempo, também promovemos maior autonomia do corpo estudantil.
Na verdade, este aspecto também se relaciona aos outros benefícios descritos neste tópico, Quando o aluno tem certa flexibilidade para desenvolver seus estudos, no seu próprio tempo, contribuímos para garantir mais acessibilidade.
Os alunos aprendem a controlar melhor os próprios horários, e isso pode ajudar inclusive a concluir seus cursos. Diminuindo-se, assim, as taxas de evasão da IES, sua rentabilidade também é otimizada.
Como criar conteúdos digitais? 4 dicas valiosas para IES
Vamos agora abordar os conteúdos digitais sob uma perspectiva mais prática, oferecendo neste tópico quatro dicas para você elaborar seus próprios materiais.
1. Utilize o método design thinking
O design thinking na educação é uma metodologia de resolução de problemas aplicada no contexto do ensino. Trata-se de um processo muito utilizado para abordar diferentes questões educacionais.
Por meio das etapas do design thinking, você consegue encontrar soluções criativas para diversos aspectos do funcionamento de sua IES e seus cursos, e também para criação de conteúdos digitais.
Em síntese, trata-se de uma “abordagem de inovação centrada no ser humano que utiliza o kit de ferramentas de design para integrar as necessidades das pessoas, as possibilidades tecnológicas e os requisitos para o sucesso dos negócios”.
A definição acima é de autoria de Tim Brown, um dos principais nomes no assunto. Clicando aqui, você confere um texto nosso sobre o assunto, para conhecer mais detalhes e colocá-lo em prática em seus conteúdos.
2. Conte com uma equipe multidisciplinar
Nos termos dos referenciais de qualidade para a educação superior brasileira, contar com uma equipe multidisciplinar é essencial para a produção dos conteúdos digitais.
Nesse contexto, o MEC destaca que a experiência de professores em cursos presenciais não é suficiente para produção deste tipo de material didático, que:
“atende a diferentes lógicas de concepção, produção, linguagem, estudo e controle de tempo. Para atingir estes objetivos, é necessário que os docentes responsáveis pela produção dos conteúdos trabalhem integrados a uma equipe multidisciplinar, contendo profissionais especialistas em design instrucional, diagramação, ilustração, desenvolvimento de páginas web, entre outros.” (Referenciais, pág 13/14).
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3. Conheça o perfil dos alunos
Integrar o corpo estudantil na elaboração de conteúdos digitais também é uma ótima ideia! Afinal, eles são os destinatários destes materiais, e envolvê-los no processo é uma forma de aumentar sua motivação e estimular os estudos.
É possível, por exemplo, convidar a representação discente de cada curso para trabalhar junto com docentes e demais profissionais na criação de conteúdos digitais. Ela será encarregada de investigar a demanda estudantil e fazer essa ponte de comunicação com os alunos.
Outra sugestão é enviar formulários virtuais aos alunos, questionando sobre o tipo de conteúdo a que eles mais gostariam de ter acesso. Assim, você consegue levantar dados mais objetivos.
4. Conheça os recursos existentes
Vamos indicar, por fim, alguns recursos pedagógicos e tecnológicos existentes para auxiliar na sua criação de conteúdos digitais. Clicando no título de cada um, você será encaminhado para outras páginas com mais informações.
- Gamificação na educação: trata-se de promover o estudo através de jogos interativos. É uma estratégia certeira para promover mais engajamento e estimular estudos mais dinâmicos.
- Microlearning: diz respeito à melhor forma de se produzir conteúdos em vídeo. De acordo com estudos científicos sobre o tema, o ideal é que estes conteúdos sejam mais curtos, dividindo determinados assuntos nos chamados “vídeos-pílula”.
- Multimídia e hipermídia na educação: como dissemos ao longo do texto, contar com conteúdos digitais multiformatos é uma forma de fazer com que todo o corpo estudantil seja contemplado pelos materiais.
Lembre-se, também, que você pode optar por conteúdos EaD prontos para aquisição, ao invés de criar seus conteúdos digitais por conta própria.
Esperamos que você tenha gostado deste artigo sobre conteúdos digitais! Que tal aproveitar e conferir este outro material sobre 10 ferramentas para dar aula online?