O Brasil passa por um expressivo crescimento de criação e oferta de vagas em cursos de ensino superior. Acompanhando essa expansão, o número de alunos matriculados e concluintes nos cursos de Direito cresceu de forma significativa.
O balanço realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) apontou que o curso de Direito, em 2019, ocupou o 1º lugar em número de matrículas. O censo calculou que 831.350 novos estudantes se inscreveram para cursar a graduação.
Além disso, até o ano de 1982 o Brasil possuía apenas 130 instituições que ofertavam o curso de Direito. Em 1995 esse número subiu para 235 (quase dobrou) e em 2017 chegou ao expressivo marco de 1.203 cursos. Dessa forma, hoje, o Brasil se tornou o país com maior número de faculdades de Direito do mundo.
Pensando nisso, preparamos este guia completo sobre o curso de Direito para as instituições de educação superior (IES). Continue a leitura para conhecer a carga horária do curso, as Diretrizes Curriculares, o perfil dos alunos que procuram Direito, quais são as melhores instituições, como aumentar o índice de aprovação no Exame de Ordem e conquistar o Selo OAB.
Índice
Como funciona a carga horária do curso de Direito?
Como é a grade curricular do curso de Direito?
Qual é o perfil dos alunos do curso de Direito?
Como preparar os estudantes do curso de Direito para o Exame da OAB?
O que é o Selo OAB Recomenda e como conquistá-lo?
Quais são as melhores instituições?
Como funciona a carga horária do curso de Direito?
Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais do curso de graduação em Direito, os cursos presenciais terão carga horária referencial de 3.700 horas. Observada a Resolução CNE/CES nº 2 de 2007, a carga horária deve ser distribuída da seguinte forma:
- Os estágios e atividades complementares dos cursos de graduação, bacharelados, na modalidade presencial, não deverão exceder a 20% (vinte por cento) da carga horária total do curso de Direito, salvo nos casos de determinações legais em contrário.
- O limite mínimo para integralização do curso é de 5 (cinco) anos.
Qual é a porcentagem permitida para disciplinas online?
O Ministério da Educação (MEC) introduziu componentes não-presenciais em disciplinas regulares dos cursos de graduação presenciais, por meio da Portaria MEC Nº 2.253, de 2001.
A Portaria Nº 4.059 de 2004 caracteriza modalidade semipresencial como:
“Quaisquer atividades didáticas, módulos ou unidades de ensino-aprendizagem centrados na autoaprendizagem e com a mediação de recursos didáticos organizados em diferentes suportes de informação que utilizem tecnologias de comunicação remota”.
De acordo com a Portaria Nº 2.117, de 6 de dezembro de 2019:
“Art. 2º As IES poderão introduzir a oferta de carga horária na modalidade de EaD na organização pedagógica e curricular de seus cursos de graduação presenciais, até o limite de 40% da carga horária total do curso”.
É importante destacar que, de acordo com o MEC, as mudanças na carga horária relativas às disciplinas online precisam estar especificadas na grade curricular.
Além disso, a IES também deve disponibilizar para os estudantes material didático específico, professores e tutores qualificados com formação em Direito e com conhecimentos acerca da disciplina lecionada.
A partir da Portaria nº 2.117/19, o Ministério da Educação estabeleceu algumas orientações acerca da oferta de disciplinas online que se aplicam também ao curso de Direito.
Requisitos para ofertar disciplinas online no curso de Direito
As IES poderão introduzir a oferta de carga horária na modalidade de EaD na organização pedagógica e curricular de seus cursos de graduação presenciais até o limite de 40% da carga horária total do curso.
Para tanto, os seguintes requisitos devem ser atendidos:
- O Projeto Pedagógico do Curso (PPC) deve apresentar claramente, na matriz curricular, o percentual de carga horária a distância e indicar as metodologias a serem utilizadas;
- A introdução das disciplinas online, deve-se observar as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) do curso de graduação superior;
- As universidades e os centros universitários devem registrar o percentual de oferta de carga horária a distância no momento da informação de criação de seus cursos à Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior do Ministério da Educação (SERES-MEC).
- A oferta das disciplinas online deverá incluir métodos e práticas de ensino-aprendizagem que incorporem o uso integrado de Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), material didático específico, tutores e profissionais da educação com formação e qualificação em nível compatível com o previsto no PPC e no plano de ensino da disciplina.
Leia também: Descubra se o MEC autoriza graduação em Direito a distância, o histórico do debate e as alternativas permitidas
Qual o histórico do curso de Direito no Brasil?
Por muita história já passou o curso de Direito no Brasil. Afinal, se trata de um curso com quase 200 anos de idade! O curso é, também, o com o maior número de matriculados no país, o que também indica que foram muitos momentos importantes para ele chegar onde está hoje.
Pensando em melhor detalhar os principais fatos referentes ao curso, preparamos uma linha do tempo:
1827 — Criação dos Cursos Jurídicos
Com a Lei de 11 de Agosto de 1827, são criados os dois primeiros cursos de Direito no Brasil, nas cidades de Olinda, em Pernambuco e em São Paulo. Eles eram chamados de Cursos de Ciências Jurídicas e Sociais.
1854 — Novas disciplinas
Com o Decreto 1.386, de 28 de abril de 1854, são incluídas na grade do curso as disciplinas de Direito Administrativo, Direito Marítimo, Direito Romano e Hermenêutica Jurídica. Essa norma também passa a graduação de Olinda para Recife.
1879 — Reforma Leôncio de Carvalho
Com o Decreto nº 7.247, de 1879, também conhecido como reforma do ensino livre, é possibilitada a criação de novos cursos de Direito, desde que observados alguns requisitos. Neste momento, a frequência dos estudantes passa a ser livre e as mulheres, finalmente, podem frequentar a educação superior.
1891 — Reforma Benjamin Constant
Com o Decreto 1232 H, de Janeiro de 1891, o ensino jurídico é regulamentado, indo ao encontro da natureza federativa da constituição do mesmo ano. Aqui, é possibilitada a criação de cursos de Direito particular.
1891 – 1912 — Criação de novas faculdades
São criadas diversas faculdades federais no Brasil, no Rio de Janeiro, na Bahia, em Minas Gerais, no Rio Grande do Sul, no Pará, no Ceará, no Amazonas e no Paraná.
1911 — Reforma Rivadávia Corrêa
Com o Decreto nº 8.659, de 5 de abril de 1911, é cobrado exame para entrar nos cursos.
1931 — Reforma Francisco Campos
O Decreto 19.851, de 11 de abril remodelou todo o ensino superior, separando o ensino jurídico em bacharelado e doutorado, dando o primeiro uma formação para os operadores técnicos e o segundo aos professores e pesquisadores.
1961 — Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
É criado, com a Lei 4024, de 20 de dezembro de 1961, o Conselho Federal de Educação, que fica responsável por autorizar o funcionamento das escolas de nível superior.
1962 — Currículo mínimo
Criado o currículo mínimo para os cursos, com o Parecer n. 215, do Conselho Federal de Educação.
1963 — Reforma do Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil
Com a Lei 4215, de 1963, é regulada a profissão do advogado e o estágio, além de ser criado o exame de ordem.
1988 — Estado Democrático de Direito
Promulgação da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, após o fim da ditadura militar.
1994 — Mudanças no curso
São determinadas novas diretrizes curriculares e o conteúdo mínimo para os cursos jurídicos, com a Portaria do MEC nº 1886/94.
1996 — Regulamentação da EaD no Brasil
Promulgação da Lei 9.394, de 1996, validando a EaD com as diretrizes e bases da educação nacional.
2019 — Disciplina online no presencial
A partir da Portaria do MEC 2.117, de 2019, é possível aplicar 40% da carga horária à distância nos cursos presenciais.
Como é a grade curricular do curso de Direito?
De acordo com a Resolução nº 5 de 17 de dezembro de 2018, que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do curso de graduação em Direito, com proposta de alteração pelo Parecer CNE/CES nº 757/2020, a composição acadêmica deve priorizar a interdisciplinaridade e articulação de saberes.
Além disso, no art. 5º foi estabelecido que qualquer IES que disponibilizasse o curso deveria oferecer em seu acervo no mínimo dez mil volumes de obras jurídicas e de referência às matérias do curso, além de periódicos de jurisprudência, doutrina e legislação.
A partir desta portaria, foi possível uniformizar os currículos e estabelecer a necessidade de elaboração de um plano pedagógico que norteasse os caminhos percorridos pelo aluno e pelo professor durante a graduação.
Dessa forma, ficou definido que as matérias do curso de Direito compostas na grade curricular deverão ser:
- Teoria do Direito;
- Direito Constitucional;
- Direito Administrativo;
- Direito Tributário;
- Direito Penal;
- Direito Civil;
- Direito Empresarial;
- Direito do Trabalho;
- Direito Internacional;
- Direito Processual;
- Direito Previdenciário;
- Direito Financeiro;
- Direito Digital;
- Formas Consensuais de Solução de Conflitos; e
- Formação prático-profissional.
Ainda, a formação deve observar as peculiaridades dos diversos ramos do Direito, que devem ser estudados sistematicamente e de forma contextualizada.
No mais, é necessário considerar a evolução dos ramos e a aplicação às mudanças sociais, econômicas, políticas e culturais do Brasil, incluindo as relações internacionais.
Leia também: Mudanças no Direito: Confira as atualizações legislativas de 2022!
Como classificar as disciplinas do curso de Direito?
As disciplinas da grade curricular do curso de Direito são divididas entre disciplinas zetéticas (ou propedêuticas) e disciplinas dogmáticas.
Matérias zetéticas (propedêuticas)
As disciplinas zetéticas geralmente estão alocadas nos períodos iniciais do curso de Direito. Alguns exemplos são:
- História do Direito;
- Antropologia Jurídica;
- Introdução à Filosofia;
- Ciência Política.
Assim, as matérias propedêuticas no curso de Direito são disciplinas que objetivam introduzir o estudante no mundo jurídico. Ainda, são as disciplinas que contribuem para a formação crítica dos estudantes, pois têm como premissa o questionamento e a investigação.
Matérias dogmáticas
As matérias dogmáticas, em contraponto às zetéticas, são conhecidas pelo método rígido. Alguns exemplos de disciplinas dogmáticas são:
- Direito Penal;
- Direito Constitucional;
- Direito Civil;
- Direito do Trabalho.
As disciplinas dogmáticas representam a maior parte do currículo acadêmico do curso de Direito. Segundo Tércio Ferraz Júnior, são elas que costumam encarar seu objeto, o direito posto e dado previamente, como um conjunto compacto de normas, instituições e decisões.
Prática jurídica
Além das disciplinas apresentadas, nos semestres finais no curso de Direito, o aluno deve fazer a prática jurídica. Essa etapa pode ser feita de forma simulada ou por meio de atendimentos reais à população. Ainda, deve contar com acompanhamento e orientação dos docentes da Instituição.
Qual é o perfil dos alunos do curso de Direito?
A Resolução CNE/CES n° 09 de 29 de setembro de 2004, assim dispõe acerca do perfil do egresso no curso de Direito:
“Art. 3°. O curso de graduação em Direito deverá assegurar, no perfil do graduando, sólida formação geral, humanística e axiológica, capacidade de análise, domínio de conceitos e da terminologia jurídica, adequada argumentação, interpretação e valorização dos fenômenos jurídicos e sociais, aliada a uma postura reflexiva e de visão crítica”.
No campo da Educação, há importante discussão acerca do tema competências e/ou habilidades. E o mesmo tema tem uma alta incidência entre o perfil dos estudantes de Direito.
Mas, afinal, você sabe quais são as competências e habilidades dos estudantes de Direito?
- Formação humanística, técnico-jurídica e prática, indispensáveis à adequada compreensão interdisciplinar do fenômeno jurídico e das transformações sociais;
- Senso ético e profissional, associado à responsabilidade social, com a compreensão da causalidade e finalidade das normas jurídicas e da busca constante pela libertação do homem e pelo aprimoramento da sociedade;
- Capacidade de apreensão, transmissão crítica e produção criativa do Direito, aliada ao raciocínio lógico e à consciência da necessidade de permanente atualização;
- Capacidade para equacionar problemas e buscar soluções harmônicas com as exigências sociais.
Essas competências e habilidades devem inspirar e contemplar a trajetória dos estudantes e, durante o curso, serão desenvolvidas em cada disciplina. Além de serem complementares a Resolução 09/2004.
Entender qual é o perfil dos alunos do curso de Direito, quais são as características desses estudantes e quais as competências necessárias é fundamental para garantir a empregabilidade dos concluintes e a captação dos alunos interessados no curso.
Os estudantes que demonstram interesse em cursar uma graduação em Direito possuem algumas características em comum. São elas:
- Poder de argumentação
- Capacidade comunicativa;
- Gosto por leitura e escrita;
- Visão crítica e questionadora.
Como a IES pode desenvolver e captar alunos do curso de Direito?
A IES pode desenvolver essas características nos estudantes das seguintes formas:
- Aplicando metodologias ativas;
- Contando com uma biblioteca digital na IES;
- Desenvolvendo atividades extracurriculares.
Confira:
1. Aplicando as metodologias ativas
As metodologias ativas objetivam transformar o modelo expositivo clássico de aula. O aluno se torna parte central, integrante ativa do seu processo de aprendizagem.
O uso de metodologias ativas gera maior autonomia para o estudante e apresenta situações práticas essenciais à sua formação. Transformar o aluno em protagonista na sua própria educação gera engajamento e uma postura mais ativa em relação ao aprendizado.
Além disso, as metodologias ativas promovem o incentivo de características como proatividade, colaboração, pensamento interdisciplinar e resolução de problemas, valores elementares ao estudante do curso de Direito.
Conheça alguns exemplos de estratégias de metodologias ativas:
1.1 Sala de aula invertida
É um modelo que se aproveita da tecnologia para transformar as práticas de ensino, antes mesmo de o aluno pisar na sala de aula. Conteúdos teóricos são disponibilizados online para que os estudantes possam se preparar para os momentos com os professores.
1.2 Aprendizado entre pares
Essa metodologia consiste em promover o compartilhamento do conhecimento entre os colegas, tornando o aprendizado mais fácil e estimulando a integração.
1.3 Gamificação
A gamificação passa pelo uso de conceitos e ferramentas típicas de jogos para motivar o aprendizado e a solução de problemas. O uso de apps educativos e divisão de tarefas por fases torna o processo de aprendizado mais dinâmico e instiga o aluno a buscar um melhor desempenho.
2. Contando com uma biblioteca digital na IES
Para o estudante de Direito, a leitura de diversas obras ao longo do curso é essencial. O estudo por meio de manuais, compilados e códigos comentados, por exemplo, facilita o aprendizado e fixa o conteúdo estudado.
Os maiores obstáculos encontrados pelos alunos são o grande número de obras e o tempo disponível para a leitura delas. Por isso, contar com uma biblioteca digital é importante para que os discentes tenham acesso a um acervo de livros disponibilizados virtualmente.
Assim, os estudantes podem acessar uma grande variedade de livros de Direito em qualquer lugar e, com isso, aumentarem sua carga de leitura.
Nesse sentido, a biblioteca digital de Direito facilita o acesso às obras e é responsável pelo aumento da carga de leitura. Assim, o conhecimento técnico necessário também é incentivado.
3. Desenvolvendo atividades extracurriculares
Para desenvolver as habilidades de escrita e oratória, a IES pode ofertar atividades que estimulem o debate e a redação. Alguns exemplos de atividades extracurriculares que atendem essa finalidade são:
- Júris simulados;
- Competições de debate;
- Iniciação à pesquisa;
- Núcleos de prática jurídica.
Leia também: Saiba mais sobre as fontes do Direito e como abordá-las na IES
Além disso, considerando o elevado interesse pela área, a IES deve se preocupar com a qualidade dos materiais apresentados ao aluno. É importante que o material oferecido esteja sempre atualizado, acompanhando as mudanças no mundo jurídico e que possua credibilidade quanto ao conteúdo.
Quais são as áreas do Direito?
Existem muitas áreas do Direito que um aluno pode escolher para atuar. Inclusive, parte da população acredita que existe uma formação específica para cada uma delas. De modo geral, essas áreas podem ser vistas na própria divisão feita nas grades curriculares.
Apesar da formação no curso habilitar legalmente o profissional para trabalhar em qualquer área, as atuações são bastante diferentes para algumas delas. Nesse ponto, é importante que aulas práticas sejam ministradas, para que o estudante conheça os procedimentos de cada segmento.
Existem também as áreas que estão dentro de uma mesma disciplina, que poderiam ser entendidas como subáreas. Os direitos de família e sucessão, por exemplo, estão dentro do direito civil.
Dentro dessas inúmeras áreas, temos as mais famosas e algumas em crescimento. Separamos nesta lista algumas delas:
- Direito Ambiental
- Direito Civil
- Direito da Propriedade Intelectual
- Direito de Família
- Direito Desportivo
- Direito Digital
- Direito do Consumidor
- Direito Eleitoral
- Direito Empresarial
- Direito Imobiliário
- Direito Penal
- Direito Trabalhista
- Direito Tributário
- Direitos Humanos
Como auxiliar os estudantes a optar por uma área do Direito?
Diante de tantas opções, é difícil para o aluno escolher qual área ele pretende atuar após se formar. É interessante que a IES ajude os estudantes. Afinal, até para fazer o Exame OAB o estudante precisa escolher uma disciplina.
Pensando nisso, separamos 6 dicas para auxiliar os alunos a escolher uma área:
1. Realizar palestras com profissionais
Conhecer a realidade de quem já trabalha na área é uma boa forma de se apaixonar por diversas atuações. Com palestras com profissionais renomados das mais variadas áreas do Direito, o aluno vai poder melhor ter noção de como poderá ser sua vida após a graduação, além de se aprofundar em algum tópico.
2. Investir em aulas de práticas e simulações
Outro ponto importante para o aluno ver onde melhor irá se encaixar, e também para se preparar de fato para o trabalho, são as práticas. Uma boa faculdade deve cobrar a confecção das mais variadas peças jurídicas para que cada um saia pronto para trabalhar.
As simulações também acrescentam muito. A própria ideia de “vencer um caso” faz com que os estudantes se dediquem mais e de fato compreendam como se dá o Direito na prática.
3. Proporcionar visitas técnicas
Antes de terminar a graduação, é fundamental que o corpo discente já conheça os locais mais importantes para o Direito e onde futuramente irão trabalhar. A IES pode levar os estudantes para tribunais, grandes escritórios, sedes da OAB, etc.
Também é interessante pensar em uma grande visita para Brasília, com o fim de conhecer, por exemplo, o Supremo Tribunal Federal, o Senado, a Câmara dos Deputados. A ida aos tribunais pode ser incentivada de forma individual também, pedindo inclusive relatórios sobre os casos.
4. Facilitar os estágios
Se a simulação da realidade já é favorável, o que dizer de realmente colocar a mão na massa? Com estágios facilitados, o estudante poderá conhecer melhor como é o trabalho de um operador do direito.
Além disso, é importante ressaltar que o estágio é obrigatório. De nada vale um aluno que concluiu todas suas disciplinas e escolheu uma área se ele não completar a carga horária do estágio.
5. Disponibilizar materiais mais aprofundados
Além das práticas, a teoria também é imprescindível no processo de escolha do futuro. Ao entrar em contato com materiais mais aprofundados de diferentes disciplinas, o estudante poderá ver com qual se identifica mais e que realmente tenha aptidão.
6. Conhecer o Direito por outras fontes
Sabe-se bem que o dia a dia do profissional jurídico pode ser retratado de forma muito romantizada na televisão. No entanto, existem sim algumas obras que podem elucidar os estudantes na escolha da área. Que tal conferir uma lista de filmes de Direito que nós preparamos, para indicar aos seus alunos?
Qual o perfil do advogado?
O curso de bacharel em Direito é um dos cursos superiores pioneiros no Brasil. Esse curso tem o objetivo de formar profissionais que sejam humanistas, axiológicos e analíticos. Além disso, que tenham domínio de conceitos e capacidade de interpretação e argumentação.
No entanto, para traçar esse perfil e ajudar os alunos a se encontrarem, é interessante também levar em consideração duas grandes distinções de áreas dentro do Direito:
- Advocacia privada;
- Setor público: incluindo agentes públicos que atuam nos poderes executivo, judiciário e legislativo.
O advogado poderá atuar tanto na advocacia privada como na advocacia pública.
A advocacia privada é a área que abarca a maior parte dos advogados. Por isso, é importante mencionar a reestruturação profunda pela qual tem passado nos últimos anos, principalmente com o advento das inovações tecnológicas no âmbito jurídico.
Leia também: Conheça as prerrogativas do advogado
Desafios na advocacia
Entenda melhor os desafios que a advocacia, área do Direito, tem apresentado. Os principais são:
1. Relação dos advogados com os processos
Leia a seguir os dois pontos primordiais da relação dos advogados com os processos:
- Advocacia na era digital: se tornou impossível para um advogado atuar de forma tradicional, somente com papel e caneta, sendo imperativo que se integre ao processo eletrônico. É inquestionável o benefício, principalmente para a advocacia de massa, que é acompanhar os processos a distância.
- Atuação processual estratégica na advocacia de massa: é preciso visualizar a advocacia de massa de forma estratégica. Afinal, as empresas que possuem muitas demandas no Poder Judiciário – os chamados litigantes organizacionais – possuem uma estrutura para litigar que os particulares ou empresas menores não possuem.
2. Relação dos advogados dentro da própria classe
Adoção de formas de organização muito próximas do gerenciamento de grandes empresas, em razão do volume de processos.
3. Relação dos advogados com os seus clientes
Exercer gestão sobre os processos e demandar eficiência na sua administração, possuindo uma visão estratégica, com o objetivo de dar um retorno mais satisfatório para o cliente. A conjunção de todos esses fatores gerará uma entrega eficiente de resultados para aqueles que utilizam os serviços.
Além disso, é muito importante que se tenha uma comunicação rápida, eficiente e contínua. Neste quesito, a assistência da tecnologia é de suma importância.
Como preparar os estudantes para o Direito do futuro?
Com uma internet cada vez mais forte e presente nos nossos dias, diversas novidades e tendências vão surgindo. A educação de 10 anos atrás não é a mesma de hoje, que também não será a mesma que a daqui a 4 anos.
No Direito, as coisas também estão se transformando, ainda mais por se tratar de uma área que lida diretamente com as pessoas e suas realidades. Pensando nisso, trazemos a seguir 7 ações para preparar o estudante para o futuro do Direito: São elas:
- Desenvolver a retórica;
- Se atualizar sobre novos assuntos;
- Se preparar para tecnologia;
- Estudar com metodologias ativas;
- Se preparar para ser reconhecido;
- Conhecer sobre Direito Digital;
- Aprender sobre empreendedorismo.
1. Desenvolver a retórica
Essa é uma obrigação do curso desde seu início, e agora vai ser ainda mais importante. O estudante de Direito precisa saber argumentar, ainda mais em uma época em que os debates estão ficando mais calorosos e comuns.
2. Se atualizar sobre novos assuntos
As redes sociais estão diariamente se atualizando com assuntos que viralizam. Como o Direito deve estar sempre procurando acompanhar a sociedade, é importante que um futuro profissional conheça os tópicos relevantes e até mesmo polêmicos e consiga ter uma opinião crítica, jurídica e fundamentada sobre eles.
3. Se preparar para a tecnologia
Os processos em meio eletrônico já estão ganhando seu espaço, ainda mais com a experiência do coronavírus. Provavelmente, outras tecnologias também serão inseridas no Direito, que ficará cada vez mais virtual.
4. Estudar com metodologias ativas
As metodologias ativas proporcionam um ensino que coloca o aluno como centro da educação. A utilização de recursos que trabalhem esse protagonismo, somando com uma vivência prática é bem valorosa para se preparar para o futuro.
5. Se preparar para ser reconhecido
As repercussões de casos são bem maiores com as redes sociais e isso pode colocar muitos operadores do Direito em destaque. É importante saber lidar com uma possível visibilidade.
6. Conhecer sobre Direito Digital
Além das novidades que estão sendo trazidas com a internet, regulamentar as relações que ocorrem dentro deste espaço se tornou essencial. O Direito Digital é um dos ramos que mais deve crescer.
7. Aprender sobre empreendedorismo
Para crescer, é preciso enxergar os problemas e também as oportunidades. Novos modelos de negócio podem surgir e será necessário investir nas apostas certas e se preparar para elas.
Como preparar os estudantes do curso de Direito para o Exame da OAB?
O Exame de Ordem Unificado da OAB é requisito para que estudantes concluintes e bacharéis de Direito possam se inscrever na Ordem como advogados. Alunos regularmente matriculados a partir do 9º período (ou 4º ano) e bacharéis estão aptos para a realização da prova. Geralmente são realizadas 3 provas por ano e cada prova é composta por duas fases:
1ª Fase
A primeira etapa da prova é composta por 80 questões de múltipla escolha, com 4 alternativas cada e apenas uma correta.
2ª Fase
A segunda etapa consiste em uma prova prático-profissional, em que o candidato deve elaborar uma peça processual específica e responder 4 questões discursivas
O objetivo da avaliação é certificar que os alunos concluintes e os bacharéis tenham passado por um ensino superior de qualidade, eficiente e equitativo e que, portanto, estão aptos a exercer a profissão. Sendo assim, o índice de aprovação OAB é uma preocupação entre diretores, coordenadores, docentes e estudantes.
Para tanto, a adoção de estratégias que melhorem as taxas de aprovação entre os alunos da IES são fundamentais. Entre as principais estão:
- Ensino Híbrido;
- Cursos de aperfeiçoamento;
- Cronograma de estudo;
- Trilhas de aprendizagem;
- Questões e simulados;
- Revisão do conteúdo;
- Suporte psicológico.
Saiba como implementá-las:
1. Ensino Híbrido
O Ensino Híbrido é um formato de ensino que reúne aulas a distância e aulas presenciais. O objetivo é fazer com que a construção do conhecimento promova autonomia de discentes e docentes, tornando o processo de aprendizagem mais dinâmico e pedagógico.
A convergência dos 2 modelos de aprendizagem visa garantir que o aluno dê continuidade ao conteúdo aprendido em sala de aula também no ambiente virtual. Para tanto, o uso de ferramentas tecnológicas é de grande importância, pois promove a aproximação entre o conteúdo estudado e o aluno.
Leia também: 8 modelos de ensino híbrido para aplicar em sua IES
A adoção do ensino híbrido pode significar maior participação entre os alunos, autodeterminação para definir o processo de aprendizado e, assim, maior engajamento com a disciplina estudada.
O aluno passa a protagonizar o processo, sendo responsável pela gestão do tempo e ritmo conferido aos estudos.
Dessa forma, o ensino híbrido gera diversos benefícios para a IES, já que se coloca como um agente transformador da educação, promovendo o uso de metodologias diferenciadas e a flexibilidade do tempo de aprendizado.
O Ensino híbrido pode ser dividido entre duas categorias. São elas:
Sustentado
Esse modelo possui o foco nas aulas presenciais. O ambiente virtual é usado para algumas tarefas, mas a maior parte das aulas é ministrada na instituição de ensino.
Disruptivo
É o modelo que rompe com a metodologia tradicional. O ambiente virtual é o principal aparato do ensino e as aulas presenciais só acontecem a cada 15 dias.
2. Cursos de aperfeiçoamento
Os cursos de aperfeiçoamento tem a finalidade de capacitar de forma presencial ou online com um conteúdo que se adeque ao grau de exigência cobrado nas provas. É uma forma de repassar o material de estudo e acrescentar no que não foi revisado.
3. Cronograma de estudo
O cronograma de estudos nada mais é do que um método adotado para organizar a rotina e definir horários para as variadas tarefas envolvidas no seu processo de aprendizagem.
É interessante para a IES ofertar um cronograma de estudos que deve conter o material a ser estudado e o tempo de estudo. Observe:
Material a ser estudado
É muito importante relacionar no cronograma todas as matérias a serem estudadas, para que seja possível marcar as que já foram vistas e até mesmo priorizar as que o aluno possui mais dificuldade.
Com o cronograma o aluno conseguirá, ao final, revisar os pontos fracos, pois terá o controle daquilo que foi melhor absorvido.
Tempo de estudo
É necessário introduzir pausas e dias de descanso no cronograma. Dessa forma, o aluno poderá respeitar o seu tempo e priorizar, acima de tudo, sua saúde mental, respeitando seus limites.
É válido salientar que é preciso conhecer e obedecer aquilo que a mente consegue absorver no dia ou até mesmo em horas. Além dos 30 minutos habituais de descanso durante o dia, também é importante momentos de lazer.
4. Trilhas de aprendizagem
A trilha de aprendizagem pode ser definida como um “conjunto integrado, sistemático e contínuo de desenvolvimento de pessoas e profissionais”. As trilhas pretendem combinar as necessidades dos estudantes com o conteúdo transmitido pelo discente.
O método utilizado pela trilha de aprendizagem reforça a ideia de que o aluno precisa protagonizar o estudo, criando autonomia para que a transmissão do conteúdo acadêmico se efetive.
A finalidade da utilização do método é transformar o conhecimento técnico em um aprendizado completo, que engloba o desenvolvimento de competências. Assim, as trilhas de aprendizagem são experiências que facilitam a absorção do conhecimento por meio da combinação de diferentes tipos de atividades durante a formação em uma IES.
Leia também: Saiba como desenvolver o ensino por competências na educação profissional
5. Questões e simulados
Fazer simulados e resolver provas antigas é um ótimo jeito de testar o conhecimento adquirido. Além disso, essa tarefa vai ajudar os alunos a perceber quais são os assuntos mais recorrentes nos certames e qual é o estilo de correção da banca examinadora.
Para isso, a IES pode organizar simulados a serem realizados pelos estudantes e corrigidos pela instituição. É importante simular as condições reais da prova, como o tempo reservado para cada dia do certame e o material que pode ser utilizado para consulta na 2º etapa.
As avaliações de cada disciplina também devem ser elaboradas considerando os temas recorrentemente cobrados pelos editais dos últimos Exames. Assim, as questões resolvidas pelos estudantes durante a graduação servirão como base de conhecimento para a aprovação.
6. Revisão do conteúdo
O curso de Direito é conhecido por sua carga extensa de leituras e de conteúdo teórico. Além disso, por ser um curso com maior duração que outros cursos tradicionais, é possível que o aluno não lembre de tudo que foi aprendido ao longo da graduação. Portanto, a revisão é de grande importância para que o estudante relembre semestres iniciais e esteja mais preparado para a realização do Exame.
A instituição pode, por exemplo, organizar aulões para cada disciplina cobrada no Exame de Ordem que objetivem relembrar o conteúdo estudado durante o curso. Além disso, é possível organizar monitorias específicas para solucionar dúvidas acerca da matéria.
É importante destacar que as revisões precisam ser objetivas e passar por toda a matéria. Ainda, as revisões devem ser feitas em cada ciclo estudado, de forma a evitar que o conteúdo se acumule.
7. Suporte psicológico
Oferecer suporte psicológico para os estudantes é um importante meio de garantir a preparação para o Exame. Grande parte dos alunos encontram desafios para controlar a ansiedade em relação à prova. A pressão de familiares, colegas e do próprio estudante consigo mesmo pode acabar atrapalhando seu desempenho no certame.
Assim, a instituição de ensino pode optar por oferecer mentorias com exercícios de respiração e relaxamento que auxiliem os alunos a se manterem calmos no momento da prova, ou até mesmo profissionais que fiquem à disposição do corpo discente para atendimentos individuais.
O que é o Selo OAB Recomenda e como conquistá-lo?
O Selo OAB Recomenda é uma manifestação da responsabilidade da União em “autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar, respectivamente, os cursos das instituições de educação superior e os estabelecimentos do seu sistema de ensino”.
Ele foi instituído em 2001 e consiste na combinação dos critérios de desempenho no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) e do índice de aprovação no Exame de Ordem.
Dessa forma, a obtenção do Selo consiste em uma certificação pública da qualidade da graduação em Direito na IES, considerando-se que apenas as instituições que atendam critérios de excelência e qualidade são premiadas.
Na última edição do prêmio, em 2018, dos 1.212 cursos que participaram da pesquisa divulgada pela OAB, apenas 161 foram premiadas com o Selo, o que evidencia a necessidade de melhorar os índices da grande maioria das graduações em Direito no país.
Como conseguir o Selo OAB Recomenda?
A partir da análise dos números da última classificação, fica evidente a importância de elaborar estratégias que aumentem a taxa de aprovação no Exame da Ordem e que elevem a nota obtida pelo curso no Enade. Veja abaixo algumas dicas de como conseguir isso:
1. Apresente o Enade para os alunos
Ainda no início do curso é fundamental que a IES apresente o Enade para os estudantes. A instituição deve explicar sobre a prova e sobre a importância de uma nota alta entre os alunos concluintes.
2. Prepare os alunos para as provas
É importante que a IES promova avaliações periódicas em modelos similares aos aplicados pelo Enade e pelo Exame da Ordem.
Para tanto, os coordenadores devem analisar as estatísticas dos últimos exames e reforçar disciplinas em que os alunos apresentarem maior grau de dificuldade para garantir o bom desempenho dos discentes no exame real.
Além disso, a IES pode promover simulados para os alunos. Resolver provas antigas é uma ótima forma de estudar.
As avaliações de cada disciplina também devem ser elaboradas considerando os temas recorrentemente cobrados pelos editais dos últimos Exames.
3. Promova parcerias com empresas para estágios
O estágio é, para a maioria dos estudantes, o momento de colocar em prática a teoria ensinada nas salas de aula. São inúmeras as possibilidades de estágios para o aluno de Direito. Órgãos Públicos, setores jurídicos de grandes e pequenas empresas e escritórios de advocacia são alguns dos lugares em que é possível estagiar.
Durante esse momento, o estudante aprende a elaborar petições, pesquisar jurisprudências, redigir despachos e decisões, entre outros. Todas essas tarefas servem não somente para reforçar o conteúdo aprendido na faculdade, mas também para ensinar novas habilidades ainda não conhecidas pelo estudante.
A segunda etapa do Exame de Ordem da OAB consiste em uma prova prático-profissional que é composta por duas partes. A primeira é a elaboração de uma peça processual e, para a segunda, são apresentadas quatro questões discursivas. Dessa forma, a segunda fase exige uma profundidade e especialização por parte do aluno que busca sua aprovação.
Assim, todo o conhecimento adquirido ao longo de um estágio de graduação será de suma importância para a realização do Exame. A importância do estágio está em garantir a empregabilidade dos alunos concluintes, complementar o aprendizado e também em preparar o aluno para o Exame de Ordem.
E é por meio de parcerias entre as instituições de ensino e empresas que priorizem os estudantes da IES na contratação para estágios que os coordenadores garantem que os estudantes adquiram experiência profissional e que estejam mais preparados para o certame.
Quais são as exigências do mercado de trabalho de Direito?
Como você já sabe, o Direito é hoje o curso com o maior número de alunos. A enorme quantidade de estudantes se reflete também nos números de profissionais, principalmente advogados.
O mercado é grande e exige bons resultados destes profissionais. Neste sentido, algumas características e habilidades são importantes para conquistar um espaço.
Dentre elas, podemos citar:
1. Formação completa
É importante que a IES conte com um ensino forte e que prepare seus alunos mais os mais diversos desafios. Atualizar as disciplinas do curso com a nova realidade do mercado deixará os estudantes ainda mais preparados para o trabalho.
2. Estudo para concurso
Apesar de ser uma modalidade diferente de contratação, os concursos também trazem ótimas oportunidades para o formando. Afinal, alguns dos principais empregos estão no Estado, como juízes, promotores, delegados, defensores públicos, etc.
3. Boa comunicação
Um bom advogado precisa saber como se comunicar. Além das provas, uma grande parte do resultado dos processos se dá em decorrência da capacidade argumentativa dos profissionais.
4. Ter responsabilidade
É sempre bom relembrar a importância do Direito na vida de toda a sociedade. Um profissional de qualidade precisa ser responsável no desempenho de suas tarefas e ter o entendimento que seu trabalho é determinante para o futuro dos indivíduos e do país como um todo.
5. Trabalho em equipe
Apesar de ser uma profissão que possibilita uma atuação individual, contar com a força de um grupo se tornará cada vez mais determinante. Uma equipe que tenha pessoas especializadas em diferentes assuntos irá se destacar no mercado.
6. Pós-graduação
Por falar em especialização, nada melhor do que pensar em uma pós-graduação. Com o grande número de profissionais, quanto maior for o estudo, melhor serão suas chances.
Como melhorar a empregabilidade dos futuros formados?
De acordo com os números da OAB, hoje em dia temos mais de 1 milhão e 200 mil advogados cadastrados no país. Existe quase 1 advogado para cada 170 pessoas no Brasil!
Com números tão impressionantes, se destacar é obrigatório. As características já citadas são aquelas importantes para entrar no mercado. Mas, para conseguir se manter e crescer, é preciso pensar em mais.
Deste modo, trazemos agora uma lista de formas da IES melhorar a empregabilidade de seus futuros formandos:
1. Fortalecer as notas oficiais
Se tem uma coisa que os grandes escritórios procuram é a qualidade na formação de seus funcionários. Uma boa maneira de trabalhar nisso é investir recursos em aumentar o conceito Enade, o Conceito Preliminar de Curso (CPC), a nota na avaliação do MEC, etc.
2. Procurar parcerias de estágios
A melhor forma de conseguir um bom emprego é já tendo experiência. Estudantes que já fizeram estágios passarão uma confiança maior para o mercado.
3. Oferecer cursos complementares e especializações
É interessante realizar cursos de curta duração para construir um profissional diferenciado. Criar descontos para que os estudantes continuem estudando numa pós-graduação também é uma ótima ação.
4. Facilite o networking
Sempre que possível, coloque os estudantes em contato com possíveis futuros empregadores. Além de possibilitar uma grande rede de contatos, os alunos poderão conhecer melhor o trabalho na prática.
5. Desenvolva as habilidades esperadas do curso
Devemos sempre focar em trabalhar aquelas expertises necessárias para a profissão. A IES pode trazer cursos que aperfeiçoem esse estudante para já estar pronto no momento que se formar.
Quais são as melhores instituições?
Segundo a classificação mais recente do Ranking Universitário Folha (RUF), as melhores IES privadas para o curso de Direito, considerando pontos como qualidade do ensino, nota na OAB, avaliação do mercado, entre outros, são:
- FGV-SP – Escola de Direito de São Paulo;
- PUCSP – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo ;
- FGV- Rio – Escola de Direito do Rio de Janeiro;
- MACKENZIE – Universidade Presbiteriana Mackenzie;
- PUC Rio – Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro;
- UNISINOS – Universidade do Vale do Rio dos Sinos;
- PUCPR – Pontifícia Universidade Católica do Paraná;
- PUCRS – Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul;
- UNICURITIBA – Centro Universitário Curitiba;
- PUC Minas – Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.
Como garantir uma boa colocação no ranking?
Considerando os quesitos avaliados para definir quais são as melhores instituições que oferecem o curso de Direito, é importante que a IES:
1. Trabalhe o índice de aprovação na EOU/OAB
Aumentar as taxas de aprovação dos alunos concluintes no Exame de Ordem é fundamental para melhorar a colocação no Ranking. Sabendo disso, a instituição de ensino é a principal responsável pelo aprendizado de seu aluno.
É por meio do conteúdo programático pedagógico, das aulas e dos exercícios aplicados que o estudante se prepara para conquistar a aprovação no Exame de Ordem. Dessa forma, desde o início do curso a IES deve apontar a importância do Exame e investir em formas de garantir o bom desempenho dos seus alunos.
Além disso, é função da instituição de ensino aumentar o engajamento do aluno com as disciplinas estudadas. É necessário que o estudante conte com oportunidades de se aprofundar em áreas de seu interesse durante a graduação.
Grupos de estudo, por exemplo, são ferramentas úteis por permitirem que o aluno se especialize e se atualize em áreas pelas quais ele tem mais afinidade. Dessa forma, a IES também facilita a escolha que deve ser feita para a realização da 2ª etapa do Exame de Ordem e talvez até mesmo a escolha de caminho profissional do futuro bacharel.
2. Utilize formatos multimídia no plano de curso
Multimídia é o agrupamento dos variados formatos de comunicação, incluindo recursos digitais como gráficos, imagens, áudios, vídeos e animações que objetivam a transmissão de informações.
Tendo em vista que alguns alunos possuem maior facilidade em fixar o conteúdo apresentado por meio de imagens, outros por leitura e outros por áudio, a utilização de conteúdos multimídia se apresenta como uma boa solução para contemplar todos os tipos de aprendizagem na educação superior e melhorar o ensino.
As atividades digitais multimídia, em sua maioria, possuem grande apelo visual, o que atrai mais a atenção dos alunos e promove um maior engajamento com a disciplina ministrada.
Assim, o principal objetivo da utilização de conteúdos multimídia é ilustrar o conteúdo pedagógico, promovendo a associação de ideias na exposição de um assunto
Leia também: Inovação na educação superior e nos cursos de Direito
3. Capacite e avalie os docentes
A avaliação do ensino promovido pelos docentes também é considerada como medidor de qualidade da IES. Desse modo, é fundamental que os docentes selecionados para lecionar o curso de Direito sejam especialistas na área ensinada e que possuam domínio sobre os temas.
Ainda, a IES deve promover avaliações periódicas acerca do método de ensino. Para tanto, ao final de cada semestre letivo, a instituição deve disponibilizar para o corpo docente questionários de avaliação de professores.
Nesses questionários, os alunos poderão atribuir notas e fazer comentários sobre suas impressões obtidas durante o semestre. Confira a seguir 8 dicas de como compor o questionário de avaliação:
1 – Avaliar a transmissão clara do Plano de Ensino da Disciplina
2 – Avaliar o cumprimento sistemático do horário previsto para as aulas
3 – Avaliar a demonstração clara e objetiva na abordagem dos conteúdos ensinados
4 – Avaliar o esclarecimento das dúvidas formuladas pelos discentes
5 – Avaliar se o docente demonstra segurança no conhecimento
6 – Avaliar se a participação dos alunos é incentivada
7 – Avaliar os tipos de provas em relação à correspondência entre conteúdo ministrado e nível de dificuldade
8 – Avaliar se o relacionamento entre docentes e alunos se deu de forma adequada durante o semestre.
Esperamos que esse guia tenha tirado todas as suas dúvidas acerca do curso de Direito e que sirva como facilitador para melhorar os índices de qualidade na IES ofertante. Agora, que tal ler nosso artigo sobre as Disciplinas Online Saraiva e entender melhor sobre como desenvolver conteúdos digitais em sua IES?