Somente a educação fornece ferramentas que permitem a inclusão, o combate às desigualdades sociais e de gênero, a evolução e a conquista de uma vida melhor e mais digna.
Neste artigo, vamos explicar a importância do dia da educação, mostrar o histórico por trás desta data e apresentar 10 personalidades que contribuíram para a área. Confira!
A importância da educação
A educação é um direito fundamental que deve ser assegurado pelo Estado. Ela é capaz de produzir grande impacto em todas as áreas da vida do indivíduo e garante o desenvolvimento social, econômico e cultural.
Além disso, o acesso à qualidade na educação, por meio do conhecimento e informação, assegura tanto para o cidadão quanto para o país o cumprimento de diversos direitos. Assim, a educação:
- fortalece a cidadania e a democracia;
- melhora a compreensão e integração com as pessoas e o mundo;
- auxilia na proteção e preservação do meio ambiente;
- diminui a violência;
- ajuda na construção de valores sociais e culturais;
- promove a saúde e a diminuição da pobreza;
- impulsiona a economia;
- ajuda a garantir a empregabilidade.
Dessa forma, quando todos têm oportunidade de ter uma educação de qualidade, aumentam as chances de uma vida digna e do exercício da cidadania de forma plena.
Breve histórico sobre o dia da educação
O dia da educação foi instituído internacionalmente em 28 de abril de 2000 por líderes de 164 países, incluindo o Brasil. A celebração foi realizada na cidade de Dakar, no Senegal, durante o Fórum Mundial de Educação e foi marcada pelo firmamento do compromisso com o desenvolvimento da educação até 2015.
Nesse período, o número de analfabetos adultos era de 880 milhões, cerca de 20% da população mundial. A quantidade de jovens não escolarizados era de 113 milhões, dos quais, 110 milhões de países em desenvolvimento.
Para a Organização das Nações Unidas (ONU), essa data não é decretada como internacional, pois marca apenas o aniversário do evento. Isso acontece, pois, as datas internacionais são votadas e decretadas pela Assembleia Geral da ONU.
Durante o Fórum, seis objetivos foram estipulados para serem alcançados. Tais objetivos constam na Declaração Oficial de Dakar. São eles:
- expandir e melhorar o cuidado e a educação da criança pequena, especialmente das mais vulneráveis e em maior desvantagem;
- assegurar que todas as crianças, com ênfase especial nas meninas e nas crianças em circunstâncias difíceis e pertencentes a minorias étnicas, tenham acesso à educação primária, obrigatória, gratuita e de boa qualidade até o ano 2015;
- assegurar que as necessidades de aprendizagem de todos os jovens e adultos sejam atendidas pelo acesso equitativo à aprendizagem apropriada e às habilidades para a vida;
- alcançar uma melhoria de 50% nos níveis de alfabetização de adultos até 2015, especialmente para as mulheres, e acesso equitativo à educação básica e continuada para todos os adultos;
- eliminar disparidades de gênero na educação primária e secundária até 2005 e alcançar a igualdade de gênero na educação até 2015, com enfoque na garantia ao acesso e o desempenho pleno e equitativo de meninas na educação básica de boa qualidade;
- melhorar todos os aspectos da qualidade da educação e assegurar excelência para todos, de forma a garantir a todos resultados reconhecidos e mensuráveis, especialmente na alfabetização, matemática e habilidades essenciais à vida.
A partir dessas metas, os países assinantes do documento pautaram a gestão no que diz respeito à educação e apresentaram o relatório sobre os resultados. A ONU se encarregou de lançar oficialmente o Relatório de Monumento Global EPT — Educação para Todos. O documento mostra os objetivos alcançados e os cenários que ainda precisam de melhorias.
Após essa análise, em Seul, na Coreia, foi instituída a continuidade sobre o compromisso com a educação. Assim, um novo documento estende o prazo para cumprimento das metas.
Na nova declaração, mais de 150 países, incluindo o Brasil, concordaram em investir de 4% a 6% dos seus PIBs na educação até 2030, mostrando que para a construção de um mundo melhor, é necessário incentivo, investimento e desenvolvimento.
Dito isso, o dia da educação deve ser visto como uma oportunidade de reflexão sobre quais foram as conquistas alcançadas até o momento e o que ainda pode ser feito para buscar avanços na promoção da qualidade do ensino. Isso ajuda a delinear um caminho no qual a valorização da educação seja peça-chave para uma sociedade com equidade e respeito aos direitos humanos.
Uma boa forma de celebrar o dia da educação é reforçando à sociedade, segmentos organizados, empresários, lideranças religiosas, instituições e autoridades do ensino sobre a devida importância e o justo agradecimento pelo empenho de todos os envolvidos na busca por melhorias.
Leia também: Confira 8 competências do professor do futuro e como a sua IES pode capacitá-lo
Contribuições de grandes referências para a educação
Ao longo da história, a educação passou por várias fases, desde os tutores da Grécia Antiga até o domínio das instituições pela Igreja Católica.
Atualmente, os educadores ainda têm um longo caminho a percorrer, porém, o atual ensino vive os avanços proporcionados por grandes referências da área.
Com o objetivo de valorizar o papel de todos esses profissionais no dia da educação, elencamos 10 personalidades que atuaram e mudaram a história do ensino, colocando em prática suas teorias e ideias inovadoras.
1. Anísio Teixeira (1900-1971)
Focou seus esforços em estudos de organização escolar e defendia a educação para todos. Em 1935 criou a Universidade do Distrito Federal, no Rio de Janeiro, e, posteriormente, ajudou a fundar a Universidade de Brasília.
2. Émile Durkheim (1858-1917)
Considerado um dos fundadores da sociologia. Ministrou aulas de pedagogia, ciência social e sociologia em universidades da França.
3. Jean-Jacques Rousseau (1712 – 1778)
O filósofo escreveu o tratado pedagógico “Emílio, ou da Educação” (1762), que defende que o conhecimento não vê a razão como instrumento para a formação de ideias, mas como resultado de um desenvolvimento que se dá a partir dos sentidos e dos sentimentos.
4. Jean Piaget (1896 – 1980)
Trabalhou com testes de inteligência infantil. Seus estudos centraram as investigações nas estruturas cognitivas das crianças e foram especialmente significativos para a psicopedagogia.
5. Johann Pestalozzi (1746-1827)
O pedagogo e educador desenvolveu novas práticas educativas, combinando-as com o trabalho manual. Defendia que os sentimentos estimulavam o processo de aprendizagem autônomo da criança.
6. Lev S. Vygotsky (1896 – 1934)
Foi um dos maiores psicólogos do século XX. Também é reconhecido como fundador da escola soviética de psicologia, tendo desenvolvido seus primeiros estudos na área em psicologia da arte. Realizou análises sobre o desenvolvimento da mente humana.
Leia também: Entenda a relação entre neurociência e educação
7. Maria Montessori (1870 – 1952)
Dedicou-se à educação de crianças com deficiência intelectual num hospital psiquiátrico em Roma. Seus conhecimentos acumulados encontraram grande difusão nas escolas primárias, jardins de infância e escolas especiais.
8. Paulo Freire (1921 – 1997)
O educador dedicou boa parte de sua vida a ensinar as pessoas mais pobres. Realizou suas primeiras experiências em 1963, no Rio Grande do Norte, quando ensinou 300 adultos a ler e a escrever em 45 dias. Desenvolveu um método inovador de alfabetização.
9. Rui Barbosa (1849 – 1923)
O polímata propôs reformas na educação brasileira defendendo que os homens tinham que ser preparados para a vida. Portanto, era necessário promover inovação na educação, mudando o modelo utilizado até então.
10. Sigmund Freud (1856 – 1939)
Ficou conhecido como o “pai da psicanálise“. Sua influência na educação se deu principalmente por seus estudos sobre o desenvolvimento do ser humano na infância, que serviram de base para reflexões pedagógicas sobre o processo de aprendizado infantil.
No dia da educação, agradecemos e parabenizamos todos que desempenham um papel importantíssimo dentro das instituições de educação do país! Aproveite para ler o próximo artigo sobre educação pós-pandemia: cenário e como superar os desafios na IES