Hoje em dia, a maior parte da nossa vida está diretamente conectada à tecnologia, que continua se desenvolvendo. Por isso, estamos sempre lidando com novos aplicativos, ferramentas e softwares.
Aqui no Blog da Saraiva Educação, falamos com frequência da importância de saber utilizar essas novidades no nosso dia a dia e na educação. Mas será que isso é suficiente?
Esse questionamento faz parte da adaptação de salas de aula – físicas, híbridas e remotas – as ferramentas e metodologias inovadoras, como forma de trazer mais conteúdo e aproveitamento durante as disciplinas.
Mais do que ter domínio de todas as tecnologias, é essencial que saibamos aproveitá-las ao máximo. Tanto os docentes quanto coordenadores de curso devem estar atualizados nas ideias diferenciadas e aplicações das ferramentas educacionais.
Assim, poderão entender o impacto delas e escolher a forma mais produtiva de incorporá-las no currículo do curso.
Neste artigo, vamos te explicar o que é a educação digital, qual é a sua importância, como ela pode ser desenvolvida e quais são os seus principais benefícios. Acompanhe!
O que é a educação digital?
Quando falamos sobre educação digital, não estamos abordando necessariamente aquelas pessoas que conhecem todos os aparelhos e apetrechos tecnológicos por aí.
Na verdade, estamos nos referindo à habilidade de usar os recursos disponíveis em cada aparelho, fazendo com que ele atenda às nossas necessidades e proporcione o maior aprendizado possível.
Na prática, vai além de estar em dia com as novidades do setor e dialogar com outros profissionais. A ideia é refletir sobre a incorporação dessas tecnologias e como elas podem ser transformadoras no ensino.
Isso significa que a educação digital é a capacidade de aliar os recursos que a tecnologia nos oferece aos meios de aprendizado, em geral a partir de metodologias ativas. Assim, podemos usufruir das ferramentas que temos à nossa disposição, extraindo delas tudo o que precisamos saber e integrando-as de verdade ao nosso dia a dia.
A ligação com as metodologias ativas, inclusive, mostra o amplo espectro de discussão sobre educação digital. Aqui, os alunos devem ter autonomia e ser protagonistas de sua jornada de aprendizado.
Se a tecnologia auxiliar os docentes a fazer com que esse processo aconteça, ela terá não somente a função de aproximar o aluno do conteúdo, mas também de deixá-lo mais preparado para entendê-lo.
Essa ideia tem base em nossa própria interação com a tecnologia em outros aspectos do cotidiano. Por exemplo, mais do que saber usar um smartphone, é importante que saibamos integrá-lo à nossa rotina para podermos nos beneficiar de seus recursos.
Assim, compreender quais aplicativos otimizam a nossa vida diária e de que maneira, como facilitam a nossa busca por informações ou, mesmo, quando não bastam para atender ao que precisamos são formas de perceber como a tecnologia pode nos ajudar.
A educação digital, na prática, trata do mesmo ponto. Partindo dos recursos disponíveis, como podemos usá-los para encontrar o que precisamos? Existem formas de tornar conteúdos acessíveis e palpáveis para mais pessoas? Quais são as lacunas?
Como a educação digital surgiu?
É difícil definir o surgimento da educação digital. De certo modo, ela acompanha as inovações tecnológicas e passa a existir ao lado das ferramentas criadas para otimizar diversos trabalhos. No entanto, ganha maior atenção a partir dos anos 2000.
Com o “boom” da banda larga, torna-se essencial saber não apenas usar novas tecnologias (como o computador, por exemplo), mas também torná-las parte do dia a dia. Já que a internet está mais acessível para todos, é hora de começar a integrá-la ao cotidiano das pessoas e das instituições de ensino.
Já contamos, inclusive, aqui no Blog da Saraiva Educação, que é também por volta dessa época que as bibliotecas digitais se popularizam.
Isso porque na internet banda larga, o sinal da conexão é mais rápido e mais estável. Na prática, com o avanço dos dispositivos, tornou-se possível realizar atividades como transmissão de vídeos e jogos online, além de comunicação instantânea.
Se hoje é possível realizar aulas remotamente por meio de ferramentas de ensino digitais, como quizzes, prototipagem, avaliações e até jogos, é porque a evolução da tecnologia tornou essas opções mais acessíveis às instituições de ensino.
Com a usabilidade melhorada nos últimos anos, apps e plataformas de aprendizagem se tornaram cada vez mais populares.
Essa ideia, inclusive, tem amparo na legislação brasileira. Em 2014, foi estabelecida a Lei Nº 12.965, que estabelece os princípios, garantias, direitos e deveres para o uso da internet no país. Nela, o Artigo 26 define como um dever institucional “a capacitação, integrada a outras práticas educacionais, para o uso seguro, consciente e responsável da internet” — ou seja, a educação digital.
Por que desenvolver a educação digital é importante?
Já mencionamos que a educação digital é o uso otimizado da tecnologia e de suas ferramentas. Quando pensamos na educação do futuro, não podemos deixar de ter em mente o papel central que a tecnologia ocupará.
Com cada vez mais setores de atuação progredindo com base na tecnologia, abrem-se oportunidades de crescimento que levam em consideração os profissionais com conhecimento técnico aliado ao perfil de inovação.
Ou seja, para além de ter um bom repertório e experiência profissional, vale a pena investir tempo e recursos em domínios tecnológicos, sejam ferramentas ou dispositivos que otimizem o cotidiano.
No entanto, é preciso explicar as razões pelas quais o desenvolvimento dessa habilidade é tão importante. Para isso, fizemos uma lista com os principais motivos. Confira:
- Proporciona a democratização do acesso à informação;
- Confere maior autonomia aos alunos;
- Aumenta a inclusão social;
- Expande o cânone acadêmico;
- Aumenta a proficiência digital.
1. Proporciona a democratização do acesso à informação
Uma vez que o indivíduo sabe usar as tecnologias a seu favor, ele pode alcançar maiores informações, não importando quem ele é ou onde ele está. Isso permite que qualquer pessoa, de praticamente qualquer lugar, possa desenvolver habilidades, saber mais sobre seus interesses, ter acesso a notícias etc. E a informação é uma das formas mais eficazes de promover também a liberdade individual.
Na prática, também permite que o conhecimento técnico seja difundido por meios diversos. Ou seja, cursos abertos feitos em plataformas de aprendizagem, livros digitais, podcasts, documentários, jogos educacionais e muitos outros recursos trazem à tona temas essenciais para o desenvolvimento pessoal e profissional.
Com o crescimento dos dispositivos móveis – hoje, 98% das pessoas conectadas utilizam celulares como uma das formas de acessar recursos digitais – cada vez mais essas ferramentas se tornaram acessíveis.
Apps, fóruns, serviços de streaming, bibliotecas online e muitos outros pontos de partida podem ser utilizados a apenas alguns cliques de distância. Conferindo, assim, ao usuário mais facilidade para encontrar o que busca.
2. Confere maior autonomia aos alunos
Seja na instituição de ensino, seja fora dela, o uso inteligente da tecnologia e de ferramentas digitais permite ao aluno ser o sujeito central do seu processo de ensino-aprendizagem.
Essa é a ideia por trás das metodologias ativas. As metodologias ativas são um formato de aprendizagem em que o docente propõe atividades que invertem os papéis da sala de aula, como aprendizagem baseada em projetos, estudos de caso e atividades gamificadas. Então, elas podem ser potencializadas por tecnologias e pela conectividade.
Com uma boa educação digital, ele pode, além de fazer pesquisas, contribuir para a otimização do seu próprio ensino, encontrando conhecimento relevante sem ficar perdido no excesso de informações disponíveis.
3. Aumenta a inclusão social
Uma boa educação digital é sinônimo de cada vez mais pessoas ocupando espaços que, antes, eram inacessíveis para elas. Afinal, ela representa a possibilidade de um processo de aprendizagem mais eficaz e de um melhor desenvolvimento de habilidades e competências que são indispensáveis para o mercado de trabalho e a vida em sociedade.
Existem dois pontos principais que futuros e atuais profissionais devem desenvolver para se destacar no mercado: conhecimento técnico, de acordo com sua área de atuação, e competências socioemocionais, as chamadas soft skills.
A educação digital pode auxiliar no desenvolvimento de ambas as facetas. Com cada vez mais matrículas em cursos remotos, a profissionalização atinge, inclusive, pessoas fora de grandes centros urbanos com campi acadêmicos.
Já no caráter socioemocional, o ensino com apoio tecnológico desperta a curiosidade e o senso de responsabilidade do aluno, habilidades que serão essenciais para seu futuro.
4. Expande o cânone acadêmico
Uma das dificuldades que os educadores enfrentam é a limitação de recursos para ampliar as vozes na bibliografia. Desde a concepção das disciplinas, uma diversidade maior de autoridades traz benefícios para toda a comunidade acadêmica: abre o olhar para outras realidades e levanta a voz que ainda é pouco ouvida
Mas, ao estarem limitados a livros físicos e salas de aula presenciais, muitas vezes é inviável investir nesses recursos. Já com a educação digital, o professor pode explorar o ensino multimídia, incluindo obras, produções audiovisuais, textos de referência e atividades que ampliem o repertório do aluno.
Por exemplo, ao abordar direitos humanos em uma disciplina, o docente não estará restrito à experiência da região em que leciona. Por meio de livros digitais, portais de notícias, blogs, podcasts, vídeos e outros meios, é possível entender melhor experiências de outras pessoas, o que enriquece o diálogo.
5. Aumenta a proficiência digital
Ainda que, hoje, a maior parte dos brasileiros seja usuário regular da internet, existem limitações de acessibilidade. Se o aluno não teve a oportunidade de aprender ferramentas digitais, o espaço acadêmico pode ser uma forma de criar esse repertório.
Cada dia mais, o mercado de trabalho exige conhecimentos em tecnologia: em softwares de processamento de texto e imagem, ciência de dados e estatística, programação e UX, entre outros.
O espaço acadêmico, com foco em experimentação e aprendizagem baseada em projetos, é uma ótima forma de trazer aos alunos, independente do curso em que estejam matriculados, um contato com a tecnologia.
Que habilidades podem ser desenvolvidas com a educação digital?
Saber usar a tecnologia e as suas ferramentas em prol de uma educação mais assertiva influencia a maneira como os estudantes se preparam para o mundo real.
Hoje em dia, os jovens já crescem imersos em um mundo que possui acesso à internet, então é primordial que eles aprendam a extrair dela tudo o que pode lhes ser útil ao longo da vida.
A geração alpha (nascidos entre 2010 e 2025) é uma geração nativa digital. E aqui, não estamos nos referindo apenas à conexão à banda larga: a maior parte dessas crianças, com famílias já conectadas, tem acesso a smartphones e mídias sociais.
Ou seja, a perspectiva de seus futuros alunos e profissionais será diferente das gerações atuais. E o sistema educacional deve estar preparado para usar isso em favor do desenvolvimento.
Ainda assim, é importante frisar que as gerações mais jovens também lidam de forma desproporcional com os impactos negativos da internet. De desinformação a vazamento de dados pessoais, usuários devem ficar atentos aos riscos.
A educação digital promove uma série de oportunidades para que esses jovens construam e reforcem algumas habilidades que serão exigidas a longo prazo. Elaboramos uma lista com as que consideramos mais importantes:
- O estímulo para aprender cada vez mais;
- Desenvolvimento crítico;
- Raciocínio lógico;
- Capacidade de resolver problemas.
1. O estímulo para aprender cada vez mais
Quando sabemos onde e como procurar, a internet se transforma em um enorme repositório de informações e conhecimento. À primeira vista, pode parecer complexo filtrar e organizar as ideias, utilizando os recursos disponíveis.
No entanto, com a educação digital, torna-se mais fácil fazer as ligações e entender os mecanismos e plataformas disponíveis. Com isso, o usuário tem em mãos as ferramentas para aprender mais sobre seus interesses e fazer novas perguntas.
2. Desenvolvimento crítico
Muita informação à nossa disposição também significa saber filtrar tudo a que passamos a ter acesso. Esse processo se torna mais fácil à medida que temos educação digital.
Além de oferecer conteúdos de forma multimídia, é importante que a IES estimule o pensamento crítico com o uso de plataformas digitais. Apesar de a tecnologia trazer cada vez mais opções, é preciso sempre refletir, acompanhar a ciência e entender os processos que levaram a uma ideia.
Ao lidar diretamente com essa coleção de informações, os alunos podem desenvolver pensamento crítico e explorar suas ideias, obtendo também cada vez mais repertório.
3. Raciocínio lógico
Assim como acontece com o desenvolvimento crítico, a educação digital estimula os estudantes e indivíduos a pensarem antes de agir.
Afinal, para compreender de que maneiras uma ferramenta digital pode ser útil, é fundamental que tenhamos entendimento sobre ela e reflitamos sobre as múltiplas possibilidades que ela oferece.
Isso incentiva o raciocínio lógico e otimizado, evitando perda de tempo, confusão diante de muitas informações e usos indevidos das ferramentas.
Além disso, a interface entre o raciocínio humano e a linguagem dos sistemas digitais está pautada na lógica. Enquanto nossa linguagem é feita por nuances, os recursos digitais precisam interpretá-las de forma binária.
Na prática, isso significa que, para fazer com que os recursos digitais nos auxiliem, precisamos entender como eles funcionam. E isso, por si só, já é uma etapa de aprendizado.
4. Capacidade de resolver problemas
Para buscar a resposta ideal, é preciso, antes, saber fazer a pergunta certa. A educação digital cria no indivíduo o tipo de pensamento que o direciona para os lugares adequados, nos momentos adequados e com a abertura necessária para refletir..
Assim, ele se torna capaz de observar a sua situação de modo atento e de investigar o que precisa ser feito para que ela seja resolvida. Essa é uma habilidade cada vez mais necessária no mundo atual.
A educação digital no Brasil
Ainda que, hoje, o acesso às redes seja mais comum no Brasil, a inclusão digital no país está abaixo do esperado. A pesquisa “Abismo Digital no Brasil”, da PwC, afirma que, até 2025, cerca de 13% da base de profissionais estará ligada diretamente à tecnologia.
Em contrapartida, atualmente, apenas 20% dos brasileiros têm acesso de qualidade e estável à internet. Esse gap impacta o acesso a diferentes setores, como trabalho, finanças, serviços públicos e educação.
Com alunos, do segmento básico até a graduação e pós-graduação, fora da conectividade, os avanços tecnológicos ainda são limitados. A propagação de recursos digitais e o aprendizado multifatorial exigem um acesso que ainda não é difundido.
Outro ponto que deve ser levado em consideração é a consequência dessa desigualdade de acesso. As ferramentas digitais de aprendizado, como cursos EAD e AVAs (ambiente virtual de aprendizagem), são responsáveis por uma mudança no setor.
Antes, o perfil do aluno de graduação estava limitado a pessoas próximas das instituições educacionais. Hoje, futuros profissionais de qualquer lugar podem, em teoria, acessar esses espaços.
Além disso, a tecnologia é uma aliada no combate à desigualdade no acesso ao ensino superior: as ferramentas digitais difundem conhecimento e podem não apenas criar espaços educacionais que contemplem pessoas de diferentes vivências, mas também criar discussões sobre como tornar a educação mais acessível.
Como a educação digital impacta diretamente o curso de Direito?
Em 2020, houve uma mudança nas Diretrizes Nacionais Curriculares (DNCs) de Direito. O parecer CNE/CESS Nº 757/2020 incluiu na Proposta Pedagógica Curricular de conteúdos e atividades:
- a formação técnico-jurídica em Direito Digital; e
- a formação prático-profissional incluindo o letramento digital e práticas remotas mediadas por tecnologias de informação e comunicação.
Isso significa que o “letramento digital” passou a fazer parte do currículo do curso de Direito, sendo reconhecido como uma formação relevante para os estudantes.
Por definição, esse letramento equivale à educação digital, uma vez que diz respeito ao uso inteligente de ferramentas tecnológicas e de escrita no meio digital. Ele tem como objetivo a participação crítica desses estudantes na cultura digital. Além disso, visa tornar os alunos de Direito capazes de atuar em processos eletrônicos e de utilizar os computadores durante suas atividades.
Nesse sentido, embora a educação digital seja importante para todas as pessoas, de todas as áreas de conhecimento, ela se tornou central sobretudo para o curso de Direito. Afinal, é a partir dela que esses futuros profissionais poderão utilizar a tecnologia a seu favor, o que ajudará suas práticas e a proteção de seus futuros clientes.
Quais são os benefícios de desenvolver a educação digital na IES?
Estimular o uso inteligente da internet e de ferramentas tecnológicas pode ter uma série de resultados positivos. Além de uma sala de aula mais interessante, a educação digital favorece práticas interativas e que se relacionam com as realidades individuais e educacionais dos alunos.
Alguns dos principais benefícios que podemos citar são:
- Permite a utilização de diversos métodos de ensino;
- aumenta o engajamento dos alunos;
- otimiza o tempo de aula;
- possibilita aulas mais inovadoras e motivadoras;
- constrói alunos mais capacitados, dentro ou fora da IES;
- promove a socialização;
- amplia a formação multidisciplinar.
1. Permite a utilização de diversos métodos de ensino
No ensino tradicional, o docente está limitado à capacidade física das bibliotecas. Já na educação digital, ele conta com bibliotecas digitais em que todos os alunos têm acesso aos livros de referência. Esse exemplo mostra o impacto da inserção da tecnologia em cada aspecto do planejamento de disciplinas, com o emprego de metodologias de ensino inovadoras.
O plano de aula pode ir além do tradicional e explorar novos meios e ideias, com o embasamento de obras consagradas e a oportunidades de relacionar temáticas do curso.
2. Aumenta o engajamento dos alunos
Com isso, os alunos se sentem mais motivados a participar. Se existem conteúdos com diferentes abordagens e aulas com uma variedade de recursos, o aluno tem um leque de ferramentas mais diversificado para entrar em contato com o conteúdo, aumentando a oportunidade de aprender.
3. Otimiza o tempo de aula
Um dos desafios do ensino híbrido e a distância é equilibrar a necessidade de oferecer aulas ricas em conteúdo e recursos, diante da limitação de tempo de alunos e docentes. Por isso, quando as plataformas de aprendizagem permitem a utilização de atividades complementares e discussões durante o semestre, as aulas ficam mais fluidas.
4. Possibilita aulas mais inovadoras e motivadoras
Outra mudança positiva do ensino digital é que ele incorpora metodologias ativas de ensino. Com elas, os alunos são colocados no centro do processo, recebendo informações variadas e sendo desafiados constantemente por uma ampla gama de atividades.
Dessa forma, são estimulados com mais frequência e se sentem mais motivados a participar e oferecer insights durante o curso, o que, por sua vez, aumenta a oportunidade de aprendizado.
Saiba mais sobre motivação para alunos!
5. Constrói alunos mais capacitados, dentro ou fora da IES
Com o letramento digital, o aluno desenvolve habilidades como atenção aos detalhes, pensamento crítico e técnicas de pesquisa. Essas competências auxiliam durante o curso, já que são parte do processo de aprendizado, mas também serão úteis no futuro pessoal e profissional.
6. Promove a diversidade
A internet possibilita o acesso de outras vozes aos debates contemporâneos. Se os ambientes acadêmicos tradicionais ainda contam com pouca presença de pessoas racializadas, pessoas com deficiência e outras minorias sociais, as plataformas digitais podem ser ótimos espaços para entrar em contato com o ponto de vista de outras vivências.
Com isso, os alunos constroem um repertório mais rico e levam essas informações e essas vozes para o mundo acadêmico, tornando esses espaços mais diversos.
7. Amplia a formação multidisciplinar
Com tanto impacto positivo, a educação digital traz para o aluno a oportunidade de criar uma formação multidisciplinar e multifacetada. Hoje, os recursos permitem que o aluno siga trilhas de aprendizagem baseadas não apenas em grades curriculares, mas também em seus interesses pessoais e planos futuros.
Com isso, cada jornada de aprendizado se torna personalizada e única, o que torna a comunidade acadêmica mais rica.
Além desses benefícios, a educação digital também prepara os alunos para lidar com os riscos da internet, informando-os sobre exposição excessiva, valores éticos e segurança de dados sensíveis.
Além disso, ela estimula o aprendizado, ao facilitar o acesso a informações. Por fim, forma cidadãos mais conscientes de seu papel na sociedade.
Quais são os desafios de desenvolver a educação digital na IES?
Como todas as novidades e inovações, a educação digital também apresenta alguns desafios. Afinal, ela promove mudanças na forma de pensar e agir de professores e alunos, e demanda alterações na estrutura das salas de aula e da própria instituição de educação superior (IES). Alguns desses desafios são:
- A formação dos professores;
- A infraestrutura adequada;
- Recursos financeiros para equipamentos.
1. A formação dos professores
É possível que o corpo docente da IES não esteja familiarizado com as novas tecnologias e ferramentas digitais e que não saiba como aproveitá-las ao máximo.
Por isso, antes de investir no desenvolvimento dos alunos, é necessário priorizar a formação e a educação digital dos próprios professores (e coordenadores e diretores também!).
Assim, eles não só começarão a aplicar novas metodologias em sala de aula, mas também poderão acompanhar e auxiliar os estudantes durante esse processo.
2. A infraestrutura adequada
Para que haja a promoção de uma maior educação digital, é necessário que a IES apresente uma estrutura pronta para recebê-la. Isso significa que o espaço deve possibilitar novos formatos de sala de aula, por exemplo, e contar com internet e ferramentas necessárias para que alunos e professores inovem a forma de aprender e ensinar.
Assim, é possível elaborar mais contextos em que há uma interação com as tecnologias e, portanto, maior familiaridade.
3. Recursos financeiros para equipamentos
Mais do que fornecer o espaço adequado para as novas práticas educacionais, no entanto, também é importante que a IES invista nos equipamentos.
Contudo, eles podem ser mais caros, ou demandarem reformas — como é o caso do quadro interativo. Por isso, os recursos financeiros devem existir e ser bem direcionados.
Como desenvolver a educação digital na prática?
Se você chegou até aqui, é possível que já esteja convencido sobre a importância de desenvolver a educação digital na sua IES. No entanto, como fazer isso? Com aulas de informática? Com aulas de programação? A partir apenas das metodologias ativas? Nesta seção, nós vamos explicar.
Em primeiro lugar, tenha em mente que a educação digital é um processo e, por isso, acontecerá aos poucos na sua IES. É muito importante que haja um planejamento sobre como ela será integrada às diferentes aulas e turmas, mas também é preciso manter em mente que nenhuma transformação ocorre da noite para o dia. Por isso, vá com calma e observe as respostas — positivas ou negativas — de cada ação.
Existem maneiras mais iniciais de familiarizar o aluno com novas ferramentas e tecnologias. Exemplos simples são os podcasts e videoconferências, que estimulam o uso de outras mídias no processo de ensino-aprendizagem. A IES pode incentivar que os professores os integrem às suas bibliografias e métodos de ensino, aumentando o contato dos estudantes com elas.
O quadro interativo também é uma opção interessante. Com ele, as informações dadas pelo professor são disponibilizadas de maneira mais dinâmica. Além disso, é possível ampliar imagens, fazer pesquisas e estimular a aprendizagem visual da turma.
Outras maneiras passam pelas metodologias ativas, como a gamificação, que promove o uso de jogos e aplicativos durante o processo de ensino-aprendizagem. Utilizar bibliotecas digitais também pode ser interessante para incentivar a leitura na sua IES. Por fim, laboratórios de robótica e programação são boas experiências, especialmente em cursos que lidam com a tecnologia de maneira mais direta.
Com base nessas ferramentas, o aluno da sua IES se tornará cada vez mais familiarizado com a tecnologia e suas possibilidades. Além disso, ele receberá diferentes estímulos e provas de que aquele universo pode ser explorado de maneira muito benéfica. Ao mesmo tempo, o corpo docente e administrativo terá mais maneiras de otimizar o seu trabalho.
Agora que você já sabe mais sobre a educação digital, aproveite para conferir quais são os principais passos para desenvolver o ensino híbrido no ensino superior e comece a pensar em modos de desenvolvê-la na sua IES!