A aprendizagem significativa é caracterizada pela interação entre o conhecimento prévio e os novos conhecimentos adquiridos pelo aluno na sala de aula.
Trata-se de uma teoria desenvolvida há mais de 50 anos, e que também pode ser utilizada no ensino superior para garantir o interesse dos alunos nas disciplinas, e, consequentemente, promover a aprendizagem de forma eficiente.
Neste artigo, iremos abordar um exemplo de aprendizagem significativa e a sua aplicação no ensino superior. Boa leitura!
O que é aprendizagem significativa?
Primeiramente, é necessária uma breve contextualização acerca do conceito de aprendizagem significativa.
Em 1963, o pesquisador norte-americano David Paul Ausubel apresentou a aprendizagem significativa em seu livro “The psychology of meaningful verbal learning”. Segundo o autor, o processo de aprendizagem de novos conteúdos deve considerar os conhecimentos prévios dos alunos.
A aprendizagem significativa leva em consideração alguns fatores de cada aluno:
- Disposição para aprender;
- Conhecimento prévio de cada indivíduo;
- Como os conteúdos se ajustam aos conhecimentos já existentes no sistema cognitivo de cada estudante.
Dessa maneira, as informações ensinadas são ancoradas às estruturas mentais cognitivas já existentes, desenvolvendo um conteúdo mais concreto para os estudantes. Caso contrário, o processo de aprendizagem se torna mais repetitivo e difícil de assimilar.
Por meio da aprendizagem significativa, o aluno adquire, então, um novo conhecimento com base em seus conhecimentos prévios. Portanto, trata-se de uma construção contínua do aprendizado, gerando mais interesse dos alunos pelas disciplinas.
Condições de aprendizagem significativa
O processo de aprendizagem significativa envolve diferentes condições. Veja, a seguir, quais são elas:
- Aprendizagem conceitual: refere-se aos conceitos estabelecidos com base em símbolos individuais;
- Aprendizagem subordinada: trata-se da organização dos conteúdos a partir de materiais prévios;
- Aprendizagem subordinada derivativa: esta ocorre quando um novo conceito é derivado de outro já existente na estrutura cognitiva do aluno;
- Aprendizagem subordinada correlativa: quando um novo conceito se assemelha a outro já existente. Trata-se de uma extensão ou quantificação;
- Aprendizagem representacional: ocorre por meio da representação e dos significados de símbolos individuais;
- Aprendizagem superordenada: quando um novo conceito é mais abrangente do que outro existente.
Exemplo de aprendizagem significativa para o ensino superior
Um exemplo de aprendizagem significativa para o ensino superior é a ferramenta dos mapas mentais. Trata-se de uma representação visual dos conceitos em forma de proposições, com a junção de termos conceituais para que se estabeleçam significados aos ouvintes.
Para que um docente desenvolva conteúdos que abrangem a aprendizagem significativa, é necessário que ele identifique os conteúdos pré-existentes que já são dominados pelos alunos. Dessa forma, o novo assunto pode ser ligado ao conteúdo que os estudantes já possuem domínio. Isso facilita a compreensão do novo conhecimento e, também, pode gerar o interesse dos alunos pela disciplina.
Nesse sentido, como apontamos, um exemplo de aprendizagem significativa é a criação dos mapas mentais, também conhecidos como mapas conceituais. A ferramenta foi desenvolvida pelo pesquisador Novak em 1972, nos Estados Unidos.
Os mapas mentais aplicam-se como uma linguagem que torna mais simples a transferência dos conhecimentos. Eles foram construídos como um conceito vinculado a outros conhecimentos através de proposições e da criação de frases explicativas. Os conceitos são a representação de situações ou acontecimentos, organizados de forma hierárquica e que possibilita a sua relação com o conhecimento geral. Já as proposições englobam dois ou mais conhecimentos ao mesmo tempo.
Agora que você já conhece um exemplo de aprendizagem significativa para o ensino superior, aproveite para ler também o nosso artigo sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Superior!