As constantes mudanças na sociedade provocam a necessidade de adequar o ensino às transformações tecnológicas e comunicacionais.
Além disso, para garantir o cumprimento efetivo das Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Superior (DCNs), propostas pelo Ministério da Educação (MEC), é importante considerar pontos como o protagonismo do aluno, a facilidade de acesso aos conteúdos e o enriquecimento do ensino.
Assim, a inovação curricular no ensino superior é de grande importância para que o projeto pedagógico das instituições de ensino se adeque às diretrizes e promova a aproximação entre o ensino, as experiências reais dos alunos e o cumprimento das demandas do mercado de trabalho.
De fato, o que é a inovação curricular no ensino superior?
Promover, de fato, a inovação curricular no ensino superior é renovar todo o método pedagógico, estimulando transformações significativas no modo de pensar e de ensinar nos cursos de graduação do ensino superior.
As Instituições de Ensino Superior (IES) devem superar a distância entre a academia e a sociedade e o aprendizado deve ir além do técnico, estimulando a produção de conhecimentos úteis para toda a vida do estudante.
O uso de ferramentas tecnológicas para aproximar discentes e docentes, por exemplo, gera inovações e altera a comunicação. A busca por um saber interdisciplinar faz com que a fragmentação dos campos do conhecimento seja superada. A implementação de programas ministrados à distância gera inclusão.
Então, a organização de um currículo que considera pontos como esses apresenta indícios de inovação e altera de forma significativa o processo de aprendizagem.
Quais são os desafios e as oportunidades?
Durante o processo de inovação curricular do ensino superior, as IES encontram alguns desafios como:
Inclusão: é preciso encontrar formas de garantir o acesso a ferramentas tecnológicas por todo o corpo discente;
Rompimento de conceitos tradicionais: como introduzir métodos aos quais os alunos e professores não estão habituados? A construção de um plano pedagógico inovador requer capacitação de discentes e docentes.
Superados os desafios, as oportunidades são diversas. A inovação curricular transforma a educação, aumenta o engajamento do aluno, solidifica o aprendizado e prepara o estudante para o mercado de trabalho, haja vista que desenvolve nele competências que vão além das técnicas e teóricas.
Como as IES podem inovar sem deixar de atender os requisitos do MEC?
As Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Superior são orientações do Governo Federal para a elaboração do currículo acadêmico nas IES. O objetivo é fazer com que a educação se dê de forma igualitária em todas as instituições.
Assim, é importante que as IES promovam a inovação curricular no ensino superior sem deixar de se atentar às recomendações trazidas pelas DCNs. Para isso, confira a seguir nossas dicas.
1. Promover a interdisciplinaridade
A interdisciplinaridade é responsável pela superação da fragmentação entre as áreas do conhecimento. Integrar o ensino entre várias disciplinas produz um aprendizado crítico e completo.
A interação entre as áreas do saber provoca uma melhor compreensão acerca dos acontecimentos do dia a dia e faz com que o estudante aprenda a integrar o conhecimento adquirido em uma disciplina à outra ministrada separadamente.
Assim, o aprendizado se complementa e a IES forma um indivíduo com maior capacidade de resolver problemas, inclusive no mercado de trabalho. Por isso, é importante que a instituição de ensino trabalhe a interdisciplinaridade para garantir a inovação curricular no ensino superior.
2. Utilizar metodologias ativas
O uso de metodologias ativas gera maior autonomia para o estudante e apresenta situações práticas essenciais à sua formação. Transformar o aluno em protagonista na sua própria educação gera engajamento e uma postura mais ativa em relação ao aprendizado.
As metodologias ativas promovem o incentivo de características como proatividade, colaboração, pensamento interdisciplinar e resolução de problemas, valores elementares à ocupação profissional. Conheça alguns exemplos de estratégias de metodologias ativas:
2.1 Sala de aula invertida
É uma metodologia que mescla o ensino presencial e o online. Consiste em utilizar material complementar disponibilizado em plataformas para consumar o aprendizado das aulas expositivas. Assim, é um modelo que se aproveita da tecnologia para transformar as práticas de ensino.
2.2 Aprendizado entre pares
Essa metodologia consiste em promover o compartilhamento do conhecimento entre os colegas, tornando o aprendizado mais fácil e estimulando a integração.
2.3 Gamificação
A gamificação passa pelo uso de conceitos e ferramentas típicas de jogos para motivar o aprendizado e a solução de problemas. O uso de apps educativos e divisão de tarefas por fases torna o processo de aprendizado mais dinâmico e instiga o aluno a buscar um melhor desempenho.
3. Desenvolver o ensino por competências
Para a educação, competência se refere à “faculdade de mobilizar um conjunto de recursos cognitivos (saberes, capacidades, informações, etc.) para solucionar com pertinência e eficácia uma série de situações”.
O ensino por competências ganhou destaque a partir das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) e consiste em uma tentativa do Governo Federal de adequar as políticas educacionais brasileiras às demandas trazidas pelo desenvolvimento econômico.
Nesse cenário, é importante destacar que o objetivo do ensino por competências é aproximar o ambiente educacional do ambiente profissional, preparando o aluno para desenvolver habilidades úteis ao mundo do trabalho.
4. Trabalhar o ensino híbrido
O Ensino Híbrido é uma metodologia que reúne aulas a distância e aulas presenciais. O objetivo é fazer com que a construção do conhecimento promova autonomia de discentes e docentes, tornando o processo de aprendizagem mais dinâmico e pedagógico.
A modalidade de ensino híbrida no Brasil começou a ser debatida com a publicação da portaria nº 1.428 pelo Ministério da Educação (MEC). A portaria dispõe sobre a oferta, por instituições de ensino superior (IES), de disciplinas na modalidade a distância em cursos de graduação presenciais.
A convergência dos 2 modelos de aprendizagem visa garantir que o aluno dê continuidade ao conteúdo aprendido em sala de aula também no ambiente virtual. Para tanto, o uso de ferramentas tecnológicas é de grande importância, pois promove a aproximação entre o conteúdo estudado e o aluno.
Após entender a importância da inovação curricular no ensino superior, esperamos que esse artigo ajude a sua IES a definir estratégias para promover a transformação pedagógica. Aproveite para ler o nosso artigo sobre plataformas digitais de aprendizagem e entender como esse tipo de ferramenta pode ajudar nesse processo!