Os métodos tradicionais de ensino já não são suficientes para educar os estudantes para a realidade atual.
Assim, novos modelos de ensino e aprendizagem vem sendo cada vez mais utilizados para adequar a educação às demandas contemporâneas.
Neste contexto, as metodologias ativas estão em destaque. Elas transformam os processos de ensino e colocam os alunos como protagonistas de sua própria aprendizagem.
E entre as metodologias ativas, está a aplicação de Cultura Maker na educação! Continue a leitura e saiba mais sobre esse método, o que é, sua importância, aplicações e mais!
O que é Cultura Maker?
Você já ouviu falar do “Do it yourself”, ou, traduzindo para o português, “Faça você mesmo”? A Cultura Maker vem desse tipo de movimento e atividade!
A ideia principal dessa metodologia é de que qualquer pessoa pode criar suas próprias soluções para os problemas apresentados, ou montar objetos e projetos com as próprias mãos. Isso desde que tenha as ferramentas e o conhecimento necessário, claro.
Assim, com a Cultura Maker na educação, os estudantes conseguem aprender fazendo. Neste contexto, os alunos ficam mais engajados e a instituição de educação superior (IES) consegue estimular a criatividade, criação de projetos, o desenvolvimento de habilidades e da aprendizagem significativa entre eles.
Qual a importância da Cultura Maker na Educação?
A aplicação do movimento Cultura Maker na educação torna o ambiente de aprendizado mais motivador e interativo.
Os estudantes assumem o protagonismo de seu próprio processo de aprendizagem. E, por isso, engajam nas classes e em seus projetos.
Ademais, a Cultura Maker providencia a união entre teoria e prática de maneira completa e interessante para os alunos.
E, além de gerar mais autonomia e entusiasmo entre os alunos, essa metodologia ativa também trabalha no desenvolvimento de habilidades necessárias no mercado de trabalho.
Dessa forma, a Cultura Maker na educação é de extrema importância para garantir um ambiente atual e inovador para preparar os estudantes da melhor forma para os desafios da contemporaneidade.
Como a Cultura Maker chegou na educação?
Apesar de “Inventar é Aprender” ser um preceito cunhado por Jean Piaget e vários outros pensadores da educação defenderem a prática como precursora da aprendizagem, o movimento Cultura Maker não nasceu nas salas de aula.
O movimento “Faça Você Mesmo”, ou “Do It Yourself” (DIY), serve como base e origem da Cultura Maker. Ele surgiu por volta da década de 1950, no período pós Segunda Guerra Mundial.
Nesse contexto, criações e adaptações criativas eram necessárias, visto que materiais e recursos ainda eram escassos. Por isso, as pessoas precisavam improvisar e inovar para criar objetos e produtos que precisavam.
Na década de 1970, com os primeiros computadores, a Cultura Maker foi levada para o mundo digital. E nos anos 2000 esse movimento foi se consolidando, especialmente com a criação de revistas como a Make e a Maker Faire nos Estados Unidos.
Ainda no início dos anos 2000, a criação das primeiras impressoras 3D também inspirou o desenvolvimento da Cultura Maker. Visto que essa ferramenta é tida como uma grande tendência tecnológica que promete que, no futuro, as pessoas poderão criar seus objetos a partir dessa impressora.
Nesse meio tempo, universidades e escolas de todo o mundo, e principalmente nos Estados Unidos, passaram a adotar práticas de laboratório e oficina para que seus alunos aprendessem na prática as teorias que vinham aprendendo em sala de aula.
Além disso, a cultura Maker também ganhou espaço em empresas e entre empreendedores, que valorizam cada vez mais os “Makers”.
Os “fazedores” são profissionais capazes de colocar a mão na massa e criar soluções práticas, seja objetos ou produtos, para os problemas da instituição.
Quais são os 4 pilares da Cultura Maker?
Tanto em sala de aula quanto em outros ambientes, a Cultura Maker segue alguns pilares básicos. São eles:
- Criatividade: é possível inventar, criar, transformar e modificar tudo.
- Colaboração: a capacidade de troca deve ser estimulada. Os projetos devem ser realizados em grupo, de forma online e/ou presencial.
- Sustentabilidade: todas as soluções da Cultura Maker devem considerar as questões e os impactos ambientais.
- Escalabilidade: tudo que é produzido deve ser passível de escalabilidade. Ou seja, de ser reproduzido em larga escala.
Quais são os tipos de atividades na Cultura Maker?
Qualquer projeto de aprendizagem que envolva a criação de algo pode ser adequado a este movimento.
Abaixo, você confere alguns tipos de atividades que podem ser desenvolvidos por meio da Cultura Maker na educação:
- Produção de roupas
- Criação de cosméticos
- Decoração e design de interiores
- Criação de autômatos
- Produção de móveis e marcenaria
- Desenvolvimento de jogos
- Criação de ferramentas
- Produção de instrumentos musicais
- Prototipagens em geral
- Criação de soluções de medicina caseira.
Por que aplicar Cultura Maker na educação superior?
Já citamos algumas das principais vantagens da Cultura Maker por aqui. Mas é importante ressaltarmos as principais.
Aplicar a Cultura Maker na educação superior prepara os estudantes para os desafios da atualidade. Assim, os alunos saem da sua IES como profissionais capacitados e atualizados.
Além disso, abordar essa metodologia na sua IES garante um maior engajamento entre os alunos. Isso colabora para um melhor processo de aprendizagem entre eles, reforçando a qualidade de ensino da sua instituição.
Ao garantir o engajamento e a atualização dos alunos, a Cultura Maker também aparece como um fator a ser considerado pelos vestibulandos. Assim, ela pode ser usada como exemplo na captação de alunos.
Como aplicar a Educação Maker no ensino superior?
A aplicação da Cultura Maker na educação superior pode ser feita em diferentes disciplinas e cursos. Basta apenas um toque de criatividade e dinamismo.
A princípio, é interessante que a IES tenha um espaço de laboratório e/ou oficina que permita que os alunos criem com liberdade e com os materiais necessários.
E para iniciar os projetos em sala de aula, os professores devem propor os problemas que desejam que os alunos solucionem com suas criações. Eles também devem atuar como orientadores durante todo o projeto, mas sempre dando espaço para que os alunos desenvolvam sua criatividade livremente.
Gostou da Cultura Maker na educação e quer conhecer outras metodologias para aplicar na sua IES? Então confira mais tipos de metodologias ativas e como aplicá-las na IES!