A tecnologia vem se desenvolvendo de maneira cada vez mais acelerada. Esses avanços também transformam as relações e o mercado de trabalho e, consequentemente, também influenciam na demanda por novos cursos de graduação.
Com a pandemia de coronavírus tais mudanças ficaram ainda mais perceptíveis. Por exemplo: a flexibilização de jornadas de trabalho e o home office aumentaram a procura por profissionais de TI especializados em gerenciamento de dados e computação em nuvem.
Esse fenômeno acontece em várias áreas do mercado, o que faz com que a procura por cursos voltados a atender essas demandas também aumente. As ocupações profissionais sobre as quais existe uma tendência de valorização nos próximos anos são chamadas profissões do futuro.
Existem diversos motivos que levam a essas tendência, mas independente deles, quando ela se confirma a procura por cursos que capacitem para essas ocupações aumenta.
Estar antenado no desenvolvimento do mercado de trabalho e de novos cursos de graduação é essencial para manter a instituição de educação superior (IES) competitiva, atraindo cada vez mais estudantes em potencial.
Então, preparamos este artigo para que você possa saber um pouco mais sobre as profissões do futuro e como ofertar cursos que capacitem para elas. Tenha uma ótima leitura!
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Quais são as profissões do futuro?
O futuro é sempre imprevisível. Porém, a partir da análise do desenvolvimento da tecnologia e dos mercados é possível identificar profissões com grandes probabilidades de se tornarem muito valorizadas no curto, médio e longo prazo.
Atualmente diversas empresas já fazem anúncios de vagas não convencionais ligadas ao avanço da tecnologia com descrição de tarefas e habilidades necessárias. Preparamos esta lista com 8 profissões que especialistas apontam como tendência de mercado!
1. Analista de Cybercidade
2. Gestor de desenvolvimento de negócios de inteligência artificial
3. Analista de ética
4. Facilitador de TI
5. Detetive de Dados
6. Alfaiate digital
7. Diretor de portfólio genômico
8. ChiefTrust Officer
1. Analista de Cybercidade
Esse profissional assegura um fluxo adequado dos mais variados dados de maneira a garantir a segurança e a funcionalidade das cidades. Para exercer essa profissão é necessário qualificação em engenharia digital, eletrônica e análise de dados.
2. Gestor de desenvolvimento de negócios de inteligência artificial
Esse gestor é responsável por desenvolver, definir e implementar soluções em inteligência artificial (IA) para os ramos de vendas e negócios. Para exercer essa profissão é necessário qualificação em publicidade, marketing, machine learning e experiência corporativa com plataformas de IA.
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3. Analista de ética
O analista de ética é responsável por acompanhar negócios, acordos, gastos e serviços das empresas para verificar se estão de acordo com os padrões éticos de seus acionistas. Para ser analista de ética é preciso qualificação em gestão pública, relações públicas, filosofia ou direito.
4. Facilitador de TI
A função desta profissão do futuro é explorar e criar plataformas digitais que permitam que usuários construam ambientes corporativos e assistentes virtuais personalizados.
Para ser facilitador de Tecnologia da Informação (TI) é necessário qualificação em administração de empresas, engenharia, ciências da computação ou TI.
5. Detetive de Dados
São profissionais responsáveis por analisar Big Data e traçar perfis através dela. Para exercer essa profissão é necessário qualificação em finanças, matemática, direito ou psicologia. A área é abrangente podendo segmentar de acordo com os dados a serem analisados, não sendo necessário ser cientista de dados.
6. Alfaiate digital
Os alfaiates digitais trabalham com cabines especiais e programas para obter medidas precisas e assim desenvolver peças de roupas super individualizadas. Para ser um alfaiate digital é necessário qualificação em moda, artes e design e ter experiência na utilização de programas especializados.
7. Diretor de portfólio genômico
Esse profissional é responsável por criar portfólios de produtos de tecnologia biológica. Para exercer essa profissão é necessário graduação em bioquímica, biomedicina, química ou biologia. Além de habilidades de comunicação, negócios e liderança.
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8. ChiefTrust Officer
Um chieftrust officer é responsável por trabalhar com equipes de relações públicas e finanças para desenvolver relações de confiança no setor financeiro, além de orientar boas práticas no mercado de criptomoedas.
Para exercer essa profissão é preciso ter qualificação em economia, administração, ciências atuariais, engenharia de produção ou ciências contábeis. Além de conhecimentos regulatórios.
Como implementar novos cursos em uma IES?
Estar de acordo com as demandas do mercado exige das IES atualizarem as listas de cursos de graduação ofertados. Ademais, é muito comum ser exigido mais de uma qualificação ou especialização quando tratamos sobre profissões do futuro.
Sendo a garantia de empregabilidade de tais profissões intimamente ligadas ao conceito de lifelong learning. Ou seja, um processo de aprendizagem contínua que não se encerra na graduação.
Para ofertar novos cursos, universidades e centros universitários precisam apenas informar à secretaria competente para fins de avaliação, supervisão e reconhecimento. As demais IES precisam de autorização do MEC para expandir seu portfólio de cursos.
Os cursos de Direito, Odontologia, Medicina, Enfermagem e Psicologia são exceções. Todas as IES precisam de autorização do MEC para ofertas dessas graduações.
Dessa maneira, preparamos este passo-a-passo para conseguir a autorização do MEC e implementar novos cursos na sua IES. Confira:
1. Estar em dia com o credenciamento;
2. Preencher o formulário do e-MEC;
3. Pagar a taxa;
4. Anexar os documentos solicitados; e
1. Estar em dia com o credenciamento
O primeiro passo para solicitar a autorização de novo curso é estar em dia com o credenciamento da IES junto ao MEC. O Procurador Institucional da IES é o único autorizado a fazer a solicitação.
2. Preencher o formulário do e-MEC
O segundo passo é preencher o formulário de solicitação de oferta de novos cursos, por meio do portal e-MEC. Ao acessar o sitema entre no menu “Regulação” e selecione a opção “Autorização de curso”.
A solicitação deve ser realizada durante o período regulatório do MEC, que desde 2022 passou a ser único.
- O período regulatório de 2023 é de 02/01 até 31/12
3. Pagar a taxa
Após preencher o formulário é necessário pagar uma taxa para a visita do MEC no valor de R$6.900,00.
4. Anexar os documentos solicitados
Após preencher o formulário você deverá anexar a documentação exigida:
- Projeto Pedagógico do novo curso;
- Comprovante de disponibilidade do imóvel da IES;
- Relação dos docentes e seus termos de compromisso;
- Comprovante de pagamento da taxa da avaliação in loco.
5. Preparar-se para visita in loco do MEC
De 4 a 5 meses após a submissão da solicitação na plataforma o MEC solicita novas informações para a visita técnica do INEP.
Desde 2021, devido a pandemia, a visita in loco está ocorrendo de maneira virtual. Nesta etapa também serão analisados os documentos digitais e realizadas entrevistas com a direção, corpo docente e administrativo da instituição.
Gostou de conhecer mais sobre a implementação de novos cursos de graduação? Agora, continue em nosso blog e saiba quais são os cursos com maior empregabilidade no Brasil!