A presença das bibliotecas digitais no ensino das IES é uma realidade que facilmente foi assimilada à rotina dos estudantes.
Sem limitações de horário ou espaço, esses acervos se tornaram um complemento importante ao ensino superior, facilitando o acesso às obras e otimizando o tempo de estudo do aluno. Sua importância é tão fundamental que a instalação desse tipo de acervo já faz parte das requisições do Ministério da Educação.
As plataformas online são facilitadores da rotina dos estudantes, da administração da IES e dos bibliotecários, mas não é por isso que a organização e gestão de bibliotecas digitais devem ser ignoradas ou consideradas menos importantes.
Afinal, as bibliotecas são pilares fundamentais para o ensino superior. Por isso, seja em sua versão física ou digital, a gestão desse acervo reflete diretamente na qualidade do ensino ofertado pela instituição.
Um primeiro ponto que é muito necessário que se diga e reconheça é: os sistemas de gestão das bibliotecas digitais não suprem o trabalho do bibliotecário. Sem os conhecimentos específicos da Biblioteconomia e da Tecnologia da Informação. o trabalho de gestão de um acervo fica imensamente prejudicado em qualquer formato que seja.
Mas, afinal, o que é preciso para consolidar uma boa gestão de bibliotecas digitais? Por que essa gestão é importante? Como otimizá-la? Abaixo elaboramos um pouco mais sobre esses tópicos.
Qual a importância da gestão de bibliotecas digitais?
Uma biblioteca só cumpre bem o seu papel na formação acadêmica a partir de uma gestão atenta e competente.
Aqui, sem dúvida, é o lugar em que o bibliotecário e seus conhecimentos específicos se fazem necessários. Desde a identificação, verificação e catalogação das obras até o acompanhamento de uso, atendimento e relatórios.
Guarde bem essa informação: não é por que um acervo é digital que ele não precisa de organização.
É fato também, que alguns trabalhos são sim poupados, como a manutenção e restauração de obras, uma vez que nessa formatação danos ou furtos não acontecem.
No entanto, encare esse tempo “extra” como uma possibilidade de investir em tarefas que vão otimizar a experiência dos estudantes na sua biblioteca, como criar seleções e construir jornadas de experiência para cada perfil de aluno.
Leia também: por que contar com uma biblioteca universitária online na IES?
Como fazer a gestão de bibliotecas digitais?
Um acervo digital, assim como o físico, deve seguir em constante mutação, atualização e melhorias. Uma boa gestão de bibliotecas digitais vai elaborar desde o controle de inventário, novas aquisições e assinaturas de periódicos à conferência de confiabilidade das fontes e atendimento aos alunos.
A seguir listamos alguns passos fundamentais para a gestão de uma biblioteca digital:
1. Identificação das obras
Seja qual for a formatação da obra, é necessário identificar suas fonte, autoria e tema. O bibliotecário é fundamental aqui para garantir a confiabilidade dessas obras.
O estudante acostumado a navegar na internet pode não ter dificuldades em encontrar informações sobre determinado tema, mas identificar a procedência e validade da fonte consultada é algo um pouco mais complexo.
2. Organização das obras
Depois de catalogadas, é chegado o momento da organização e subdivisão em grupos de busca afins dessa obra.
Esse filtro deve ser elaborado não só a partir dos autores, mas também de temas e identificações ideológicas. Essa catalogação adequada será base fundamental para construir a jornada de experiência do leitor posteriormente.
3. Pesquisa e aquisição de novas obras
Também será atribuição do bibliotecário responsável ter conhecimento sobre a atualização desse acervo digital com arquivos e obras dos mais diversos temas, que deve ser feita pela própria plataforma.
Sobretudo no universo da graduação, sabemos que diversas obras e informações são constantemente atualizadas e uma boa biblioteca digital está atenta a essas demandas.
4. Atendimento ao aluno
Em qualquer formato, é preciso construir um canal de atendimento aos alunos bem como estar preparado para conduzi-lo em uma jornada de conhecimento.
Todo leitor tem seu livro e todo livro tem seu leitor. Aqui, uma das máximas da biblioteconomia também pode, e deve, ser aplicada.
Quando um aluno procura por uma obra quais outras aparecem relacionadas? Quando ele encerra uma leitura, quais são as indicações afins? Quem atenderá esse estudante diante de dúvidas e questões ao longo das buscas dessa jornada?
Além de um sistema que apresente as dúvidas mais frequentes e suas respostas de modo assertivo e com responsividade, é preciso também pensar na disponibilidade de um atendimento a demandas específicas do estudante.
5. Organização e geração de relatórios
Por fim, a nossa última dica para a gestão de bibliotecas digitais está relacionada à organização e geração de relatórios.
Tanto para uma boa avaliação da sua biblioteca como para atender aos requisitos obrigatórios do MEC, os relatórios são prática necessária.
Com os dados gerados por eles em mãos, você poderá analisar acessos, identificar pontos fortes e fraquezas e assim elaborar mudanças para disponibilizar um serviço ainda melhor a cada nova autoavaliação.
Como otimizar a gestão de bibliotecas digitais?
São muitas as tarefas de um bibliotecário na gestão de um acervo digital. No entanto, esse trabalho pode ser otimizado se você contar com a biblioteca digital certa para a sua instituição.
Portanto, na hora de optar pelo acervo digital que irá adquirir em sua IES, não deixe de analisar o suporte tecnológico e de apoio que a plataforma oferece para que você possa se dedicar melhor a funções específicas que precisa desenvolver.
Assim, você pode nas atividades que tornam a experiência do estudante cada vez melhor!
Agora que você já sabe como fazer a gestão de bibliotecas digitais, aproveite para conferir o nosso artigo sobre o que é e como funciona a Saraiva Digital!