Ao entrar em contato com o empreendedorismo, os estudantes da sua instituição de educação superior (IES) não só se tornam mais preparados para os desafios do mercado de trabalho, como também podem explorar a possibilidade de abrir o próprio negócio. Está aí a importância da educação empreendedora!
A partir dela, os alunos aprendem conceitos, conhecimentos e técnicas que lhes dão a bagagem necessária para lidar com uma série de problemáticas ligadas à gestão de um negócio.
Além disso, a educação empreendedora os ajuda a refletirem sobre os seus desejos pessoais e profissionais e estabelecerem metas. Isso contribui para o desenvolvimento de habilidades como persistência, proatividade e autoconfiança.
Quer saber mais sobre a educação empreendedora e como fomentá-la na sua IES? Continue a leitura!
O que é educação empreendedora?
A educação empreendedora consiste na busca do desenvolvimento de habilidades que são atribuídas ao empreendedor. Como, por exemplo, a capacidade de se adaptar e trabalhar em contextos de rápidas transformações.
Este tipo de educação, focada no empreendedorismo, passou a ganhar destaque no cenário socioeconômico brasileiro. Uma vez que o mercado — e a própria sociedade contemporânea — exige que as pessoas sejam cada vez mais autônomas e reúnam diferentes competências.
Diante disso, o empreendedorismo envolve uma postura que deve ser desenvolvida durante o processo formativo do indivíduo, nos diferentes níveis de ensino, incluindo o superior.
Quais os principais benefícios da educação empreendedora?
Como você pôde perceber até aqui, a educação empreendedora ajuda os indivíduos a exercitarem uma série de habilidades, de forma que consigam atuar de maneira alinhada às novas demandas da sociedade.
Vale destacar que, no ano de 2021, o Brasil registrou 3,9 milhões de novos empreendimentos, formalizados como micro e pequenas empresas. Este montante representa um crescimento de 19,8% na comparação com 2020.
Indo além, um estudo divulgado pelo Global Entrepreneurship Monitor (GEM), em parceria com o Sebrae, mostrou que, em 2021, este tipo de empresa representava 56,7% dos negócios operantes no país, com cerca de 43 milhões de empreendedores.
Tal cenário — de grandes oportunidades, mas também de alta competitividade — evidencia ainda mais a importância da educação empreendedora, cujos benefícios incluem:
- Estímulo à criatividade;
- Aumento da autonomia, senso de organização e responsabilidade;
- Desenvolvimento da capacidade de tomada de decisão;
- Fomento de uma perspectiva de atuação colaborativa e social;
- Desenvolvimento profissional.
8 dicas para aplicar a educação empreendedora no ensino superior
As instituições de educação superior (IES) têm o desafio de inserir o empreendedorismo no conteúdo curricular e, até mesmo, em atividades e projetos transversais nos cursos de graduação e pós-graduação.
Ainda não sabe como abordar este tema na sua instituição? Então, confira as dicas que preparamos para você a seguir!
- Oferecer disciplinas e projetos de extensão focados em empreendedorismo;
- Convidar empreendedores de sucesso para palestrar na IES;
- Inscrever-se em editais;
- Desenvolver atividades que tragam exemplos reais de empreendedorismo;
- Propor que os estudantes trabalhem no desenvolvimento de ideias de negócios;
- Estimular a inovação;
- Incentivar o trabalho em equipe;
- Fomentar a autonomia do aluno.
1. Oferecer disciplinas e projetos de extensão focados em empreendedorismo
O próprio Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) oferece às instituições de educação superior as disciplinas de Empreendedorismo e de Empreendedorismo e Inovação, assim como um projeto de extensão focado em empreendedorismo social e negócios de impacto social.
Neste caso, as metodologias propostas pela entidade privada podem ser ofertadas nas IES a partir da capacitação de docentes.
Leia também: Entenda a importância da formação continuada de professores
2. Convidar empreendedores de sucesso para palestrar na IES
Esta é mais uma forma de colocar a educação empreendedora em prática na sua instituição de educação e despertar o interesse dos alunos para o empreendedorismo.
Ao ouvir as perspectivas de empreendedores que tiraram uma ideia do papel e construíram o próprio negócio, os estudantes têm a chance de entrar em contato com os aspectos empresariais do empreendedorismo, além das competências necessárias para quem deseja empreender.
3. Inscrever-se em editais
Você sabia que o Sebrae publica editais de chamada pública para apoiar a oferta de educação empreendedora em instituições de educação superior?
A partir dos editais, é possível ofertar cursos do próprio Sebrae aos estudantes da sua IES, com o uso de metodologias ativas no ensino superior e o desenvolvimento de atividades da própria instituição na área.
Há, inclusive, IES apoiadas anteriormente pelo Sebrae na área da educação que apresentaram evolução na educação empreendedora, com a criação de centros especializados e atividades de extensão.
4. Desenvolver atividades que tragam exemplos reais de empreendedorismo
Além das palestras já mencionadas em uma de nossas dicas anteriores, a sua IES pode também promover outros tipos de atividades que tragam exemplos de empreendedorismo do mundo real para a sala de aula.
Estudos de casos e workshops com empreendedores podem ser uma ótima fonte de inspiração e conhecimento prático, por exemplo. Tais atividades apresentam ainda a vantagem de tornar as aulas mais dinâmicas e estimular a participação ativa dos estudantes.
5. Propor que os estudantes trabalhem no desenvolvimento de ideias de negócios
Alguns cursos de graduação e pós-graduação são campos férteis para o nascimento de novas ideias de negócios. Há, inclusive, alunos que realmente começam projetos do tipo na faculdade e o desenvolvem posteriormente, transformando-o em uma startup ou microempresa.
O fato é que a sua IES pode ser um território de incentivo a novas ideias e projetos, com potencial de promoverem alto impacto social.
Com o apoio e a orientação adequados, os estudantes da sua instituição podem fazer com que um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), por exemplo, torne-se um negócio inovador.
6. Estimular a inovação
Falando em inovação, a sua IES pode fomentá-la de inúmeras maneiras, incluindo:
7. Incentivar o trabalho em equipe
A educação empreendedora engloba também o incentivo ao trabalho em equipe. Este é fundamental porque melhora o desempenho dos indivíduos e favorece a construção de ambientes colaborativos.
Lembre-se de que, no mundo dos negócios, para que uma empresa seja competitiva, o empreendedor deve ter a capacidade de despertar o potencial de cada colaborador. Para isso, precisa saber trabalhar com outras pessoas, trocar conhecimentos e unir forças em prol de objetivos compartilhados.
8. Fomentar a autonomia do aluno
Por fim, a educação empreendedora deve ajudar o aluno a desenvolver a capacidade de tomar decisões conscientes, a partir de uma avaliação cuidadosa do cenário à sua frente. Ou seja, agir com autonomia.
Independentemente de escolherem ou não por ter um negócio próprio, os estudantes da sua IES devem aprender a estar no comando das próprias experiências, decisões e atitudes. Isto é, ser protagonistas do próprio crescimento profissional.
E, então, gostou de entender melhor sobre a educação empreendedora? Continue acompanhando o nosso blog para ter acesso a outros conteúdos como este. Aproveite para conferir 12 dicas de melhoria da experiência do aluno.