As atividades complementares para o curso de Direito visam a aprofundar os conhecimentos dos estudantes em diferentes áreas, de acordo com os seus interesses pessoais. Por isso, além de cumprirem a carga horário regular do curso, os alunos que escolhem essa formação precisam também dedicar um mínimo de horas a tais atividades.
Elas são uma maneira interessante de conhecer pessoas novas, desenvolver habilidades e competências e se destacar no mercado. Este é bastante competitivo, dado que o curso de Direito é um dos mais procurados no Brasil.
Hoje, ele tem uma duração média de cinco anos, período em que os alunos poderão explorar diferentes atividades complementares, enriquecendo ainda mais o seu repertório profissional. E as instituições de educação superior (IES) podem colaborar neste processo!
Se você deseja promover boas atividades complementares para o curso de Direito e entender como elas afetam esta graduação, continue conosco! Você conhecerá também as ferramentas que promovem maior acesso a essas atividades.
Boa leitura!
O que são atividades complementares na faculdade de Direito?
As atividades complementares fazem parte das exigências dispostas nas Diretrizes Curriculares do curso de Direito. Portanto, devem ser cumpridas por todos os alunos. Elas dizem respeito a atividades que enriquecem e complementam esta formação.
Neste sentido, as atividades complementares incluem a prática de estudo e participação, que pode se dar de forma independente, interdisciplinar ou transversal. Isto é, podem ser exclusivas do aluno, acontecer a partir do contato entre duas ou mais matérias ou dizer respeito a uma ação coletiva da graduação em Direito.
5 atividades complementares para o curso de Direito
Alguns exemplos bastante comuns de atividades complementares em Direito são:
- Monitoria;
- Iniciação científica;
- Grupos de estudo;
- Eventos acadêmicos;
- Cursos livres.
1. Monitoria
A monitoria acadêmica é caracterizada pela oportunidade de o aluno monitor auxiliar o aprendizado de seus colegas em uma disciplina específica. Desta maneira, além de reforçar os seus conhecimentos, ele desenvolve habilidades de comunicação e relacionamento interpessoal.
A monitoria é uma atividade que ocorre dentro da instituição de educação superior e, portanto, leva em consideração os horários de aula dos alunos e sua rotina. Por isso, ela é uma boa opção para quem quer expandir as atividades complementares.
Para se tornar monitor, é comum que o aluno tenha que passar por um processo seletivo, que inclui a realização de uma prova da disciplina escolhida e uma entrevista. Assim, a monitoria também se torna uma experiência acadêmica de destaque para os estudantes.
2. Iniciação científica
A iniciação científica é indicada para alunos que têm interesse em desenvolver pesquisas acadêmicas dentro da sua área de atuação. Nela, os estudantes de Direito passam a ter mais contato com professores e com a área acadêmica, sendo responsáveis pelo encaminhamento de uma pesquisa.
De modo geral, a iniciação científica promove um maior engajamento do estudante com a comunidade científica. Não é incomum que pesquisadores, mesmo na graduação, participem de congressos e publiquem artigos com outros pesquisadores.
Por isso, a iniciação científica também é uma atividade complementar do curso de Direito que pode chamar a atenção de futuros recrutadores, além de abrir portas para os estudantes. Afinal, ela demonstra interesse e comprometimento, além de desenvolver habilidades como o raciocínio lógico.
Para participar de um grupo de pesquisa, os alunos podem abordar seus professores diretamente. Em alguns casos, porém, pode ser necessário passar por um processo seletivo.
3. Grupos de estudo
Os grupos de estudo são ações que ficam entre a monitoria estudantil e a iniciação científica. Em geral organizados por um professor, eles têm como principal objetivo o desenvolvimento acadêmico dos alunos em uma disciplina ou tema.
Assim, esses grupos podem ser interessantes para os alunos que desejam se aprofundar em um tema específico do Direito, ou que já sabem qual área querem seguir no exercício da profissão. No entanto, eles também podem ser uma alternativa para estudantes que querem conhecer mais sobre um tema e então decidir se vão mesmo segui-lo.
Para participar de um grupo de estudo, o bacharel em Direito pode entrar em contato com os professores que os organizam na instituição de educação superior. Caso o aluno tenha interesse em um tema que não possui um grupo de estudo, ele também pode organizá-lo, com o auxílio de um docente.
4. Eventos acadêmicos
Os eventos acadêmicos são parte importante da formação de um estudante. A partir deles, é possível entrar em contato com diferentes pessoas da área do Direito, conhecer pesquisadores e aprofundar conhecimentos.
De modo geral, esses eventos acontecem dentro das instituições de educação superior, o que facilita o seu acesso pelos alunos de graduação. Eles também costumam ser organizados por professores, em horários condizentes com as aulas.
Para participar de eventos acadêmicos como ouvinte, o estudante pode se inscrever online ou nas mesas de participação que costumam ficar do lado de fora dos auditórios. Para participar como palestrante ou comunicador, é necessário fazer parte de um grupo de pesquisa ou de uma iniciação científica e passar por um processo de seleção.
5. Cursos livres
Os cursos livres são uma ótima alternativa para estudantes de Direito que desejam se aprofundar em um tema específico. Disponíveis tanto online quanto presencialmente, esses cursos são bons diferenciais no currículo e também são uma maneira de direcionar a educação para os interesses daquele aluno.
Para fazer cursos livres dentro da instituição, é preciso estar atento ao período de inscrição — normalmente condizente com o período de matrícula em novas disciplinas. Já os cursos livres fora da instituição costumam ter editais específicos, além de processos com datas pré-definidas.
Quais cursos livres servem para atividade complementar?
Para os alunos que desejam fazer cursos livres para ganhar horas complementares em Direito, pode ser difícil escolher boas opções de temas. Para ajudá-los neste processo, separamos 5 cursos que oferecem horas complementares e ajudam os estudantes a melhorar os seus currículos e aprofundar conhecimentos.
Confira!
- Curso de licitação;
- Direito constitucional;
- Técnicas de redação jurídica;
- Psicologia jurídica.
1. Curso de licitação
Os cursos de licitação jurídica são muito importantes mesmo para os alunos de Direito que não desejam seguir a carreira administrativa. Isso porque este é um tema comum nos concursos públicos, como o Exame OAB.
Além disso, no setor privado, não é raro o trabalho conjunto ao setor público. Para executá-lo bem, os conhecimentos de licitação costumam vir a calhar.
2. Direito constitucional
Compreender com profundidade a Constituição é essencial para os estudantes de Direito que desejam atuar na área. Os profissionais com domínio nesta área costumam se destacar em processos seletivos, além de terem maior facilidade no dia a dia da profissão.
3. Técnicas de redação jurídica
A redação jurídica é parte inseparável do trabalho do profissional de Direito. Por isso, é importante saber como se expressar corretamente. Os alunos que se dedicam a este tipo de curso podem se destacar em processos seletivos e também na atuação da profissão.
Mais do que aprender a escrever, cursos que focam em técnicas de redação jurídica também ensinam a redigir petições, mencionar pedidos, usar as expressões corretas em latim e muito mais.
4. Psicologia jurídica
A psicologia, na área do Direito, ajuda o profissional a compreender melhor o comportamento das partes envolvidas em um processo.
Focados em apresentar um conhecimento interdisciplinar, esses cursos também podem ajudar na atuação profissional do estudante, além de servirem como uma boa porta de entrada para temas de pesquisa interessantes.
5. Direito digital
O direito digital se destaca como uma das áreas mais novas do Direito, e vem apresentando um crescimento acelerado. Como é uma nova tendência, os alunos que buscam horas complementares podem se beneficiar com cursos sobre o tema, conseguindo se destacar no mercado de trabalho com mais facilidade.
Além disso, para os estudantes de Direito interessados em tecnologia, esta é uma maneira de reunir temas afins, aprofundando conhecimentos sobre ambas as áreas.
Quantas horas de atividades complementares são necessárias no curso de Direito?
De acordo com as Diretrizes Curriculares de Direito, a carga horária do curso de Direito é de no mínimo 3.700 horas. Deste total, apenas 5% pode ser usado como carga extra para as atividades curriculares. Ou seja: é preciso cumprir, no mínimo, 185 horas de atividades complementares.
No entanto, é importante ficar atento ao total de horas da sua IES. Alguns cursos trabalham com uma carga horária maior, o que faz com que as atividades complementares também sejam maiores.
O mais comum é que os alunos tenham que cumprir de 200 a 250 horas de atividades complementares, mesmo em cursos de modalidade híbrida ou a distância.
Qual a importância das atividades complementares para a graduação em Direito?
As atividades complementares são, de modo geral, uma maneira de aprofundar os conhecimentos dos alunos em uma ou mais disciplinas. Por poderem ser escolhidas de maneira individual, elas promovem a autonomia do aluno e fazem com que a graduação em Direito se volte para os seus objetivos pessoais.
Neste sentido, é possível usar as atividades complementares para garantir que o estudante adquira os conhecimentos necessários para alcançar as suas metas. A instituição de educação superior funciona, então, como um trampolim de oportunidades.
Para além disso, contudo, as atividades complementares também são importantes porque:
- Enriquecem a aprendizagem e complementam a formação dos alunos, oferecendo informações mais detalhadas sobre os seus temas de interesse.
- Fazem com que o estudante de Direito conheça a sua profissão a partir de uma nova perspectiva, aprendendo na prática e tendo vivências que não seriam possíveis apenas no ambiente acadêmico.
- Proporcionam o desenvolvimento de competências socioemocionais importantes para o mercado de trabalho, como a proatividade, a autonomia, a curiosidade, o trabalho em equipe e o pensamento inovador.
Assim, as atividades complementares em Direito são uma forma de efetivamente enriquecer o processo de ensino-aprendizagem e contribuir para que o estudante se torne o protagonista da sua educação.
Ferramentas que promovem o acesso às atividades complementares
Mais do que oferecer atividades complementares para o curso de Direito, é papel da instituição de educação superior possibilitar o acesso a elas. Assim, o uso de algumas ferramentas é fundamental para garantir que estudantes de diferentes realidades possam cumprir as suas cargas horárias e aprofundar conhecimentos.
Abaixo, separamos 4 dessas ferramentas. Confira!
- Metodologias ativas;
- TICs na educação;
- Bibliotecas digitais;
- Conteúdos multimídia.
1. Metodologias ativas
As metodologias ativas são ferramentas essenciais para a IES que deseja promover um processo de ensino-aprendizagem menos tradicional. Com elas, os alunos passam a ser atores centrais no desenvolvimento da sua educação. Por isso, costumam interagir muito mais com os conteúdos aprendidos.
O uso de metodologias ativas facilita o acesso às atividades complementares porque se baseia na tecnologia e no acesso remoto. Assim, elas possibilitam que eventos acadêmicos, grupos de pesquisa e mesmo monitorias aconteçam em um ambiente virtual, preparado para receber os estudantes a qualquer momento.
Além disso, o uso de metodologias ativas promove uma melhor adaptação dos estudantes ao ambiente de aprendizagem e possibilita a coleta de dados relevantes para a IES.
2. TICs na educação
As Tecnologias de Informação e da Comunicação, também chamadas de TICs na educação, fazem referência a máquinas e programas que geram maior acesso a um conhecimento.
Elas englobam outras soluções que apostam no uso da tecnologia na educação, engajando os alunos e expandindo os seus conhecimentos de maneira didática.
São uma forma de promover o acesso às metodologias ativas porque repensam, de maneira mais estratégica, o uso de ferramentas de comunicação e de trabalho. Assim, organizam processos e os tornam mais transparentes para os alunos.
3. Bibliotecas digitais
As bibliotecas digitais são uma solução interessante para quem deseja promover mais acesso a atividades complementares dentro da IES. Isso porque elas funcionam como um repositório de conteúdos relevantes para diferentes cursos, reunindo materiais que podem ser usados em pesquisas e no estudo.
Neste sentido, para incentivar grupos de pesquisa e de iniciação científica, além de auxiliar o trabalho de monitores, vale a pena investir em uma biblioteca digital para o curso de Direito.
4. Conteúdos multimídia
Usar conteúdos multimídia é uma maneira de aumentar o interesse e o engajamento de estudantes em diferentes aulas ou eventos acadêmicos. Isso porque este tipo de conteúdo é responsável por atingir um número maior de alunos, levando em consideração as diferentes formas de aprender.
Assim, quando as atividades complementares em Direito são oferecidas em diferentes formatos — palestras, videoaulas, rodas de debate, mapas mentais etc. —, elas também atingem uma quantidade mais significativa de estudantes e promovem uma maior personalização do ensino.
Esperamos que este conteúdo tenha te ajudado a entender por que as atividades complementares para o curso de Direito são importantes e como aplicá-las na sua IES. Para continuar se aprofundando no assunto, confira o que é uma plataforma para estudantes de Direito!