O Índice Geral de Cursos (IGC) é um indicador de qualidade do Ministério da Educação (MEC) que avalia as IES públicas e particulares na totalidade, abrangendo os cursos de graduação e pós-graduação ofertados pelas IES.
Ele utiliza como critério a média do Conceito Preliminar de Curso (CPC) da instituição no último triênio e a média dos conceitos que avaliam cursos de pós-graduação.
Todo ano o IGC é divulgado após os resultados do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade). Sua pretensão é parear o desempenho das Instituições de Ensino Superior (IES) de forma que os estudantes possam correlacionar qual delas apresenta maior qualidade, além de acompanhar a evolução da instituição ao longo do tempo.
Portanto, fora os aspectos curriculares, as metodologias, o corpo docente etc, esse índice também precisa ser acompanhado de perto pelos gestores da IES.
Para você compreender definitivamente o que é o Índice Geral de Cursos, elaboramos este guia explicando como ele é calculado, onde consultar, o que ele reflete e algumas dicas de como conseguir um bom resultado para a sua IES. Continue a leitura até o final!
O que é o Índice Geral de Cursos na avaliação do MEC?
O IGC sintetiza em um único indicador a qualidade de todos os cursos de graduação e pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado) de cada universidade, centro universitário ou faculdade do país.
Quanto à graduação, é utilizado o CPC dos cursos, e no que se refere à pós-graduação, é utilizada a nota Capes, que expressa os resultados da avaliação dos programas de pós-graduação, realizada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior.
Como o IGC é calculado?
A composição para o cálculo do Índice Geral de Cursos agrega informações referentes à:
- média do CPC dos últimos três anos (o ano presente e dois anos anteriores);
- média das avaliações dos programas de pós-graduação stricto sensu (quando houver), que é realizada pela Capes;
- distribuição dos estudantes nos diversos níveis de ensino (graduação ou pós-graduação, se o último for oferecido na instituição).
As notas do IGC vão de 0 a 5, o que representa a escala da pior para a melhor qualidade. Devido a isso, o índice é bastante conhecido como a “Nota do MEC” de uma instituição.
Para entender melhor como funciona cada pontuação, o MEC estabeleceu alguns padrões.
Notas 1 e 2: Insatisfatório
Instituições que apresentam essas notas estão abaixo do índice esperado. Elas podem receber sanções e estão sujeitas a acompanhamento próximo do MEC até conseguirem elevar sua pontuação.
Nota 3: Adequado
Nota igual ou maior que 3 é um bom resultado. Considera-se que as instituições com essa avaliação oferecem uma formação adequada aos seus estudantes de graduação ou pós-graduação.
Notas 4 e 5: Excelente
São as instituições que fazem parte do grupo de excelência. Oferecem cursos com qualidade verificada, ou seja, possuem corpo docente de alto nível, conteúdo bem escrito, ótima infraestrutura (física, no caso dos cursos semipresenciais e presenciais; ou digital, por meio das plataformas de aprendizagem dos cursos de Educação a Distância (EaD)), além de apresentar um suporte total aos alunos.
Após o resultado das avaliações e a efetiva confirmação do resultado do Índice Geral de Cursos inferior a 3, as instituições podem recorrer. Porém, caso a nota seja mantida, será firmado um termo de saneamento de deficiências com a Secretaria de Educação Superior (SeSu).
Tais medidas implicam desde a restrição de abertura de novos campi, cursos ou ampliação de vagas, suspensão de processos seletivos e outros tipos de ingresso, arquivamento de processos de autorização e em último caso, o descredenciamento da instituição junto ao MEC.
Leia também: Como é a avaliação do MEC nas instituições de Ensino Superior?
Como consultar o IGC?
A pesquisa sobre o Índice Geral de Cursos é disponibilizada pelo portal e-MEC. Ele fornece diversas opções de pesquisa: pelo nome da instituição, nota mínima, cursos e outros dados relevantes para as instituições e estudantes.
O portal ainda permite acessar as notas do Enade, CPC, Indicador de Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado (IDD) e o conceito do curso, além do Conceito Institucional (CI), que também são muito importantes para o acompanhamento da gestão das IES.
Como obter um bom resultado no IGC?
A divulgação dos indicadores de qualidade, principalmente do Índice Geral de Cursos, implicou no aumento da regulamentação do setor pelo MEC. Isso aumentou os desafios para as IES, que vivenciam grande competitividade no ensino superior, exigindo a implementação de diversas práticas para conquistar boas notas.
Não atribuir o resultado do IGC somente ao conhecimento dos alunos que fazem a prova do Enade é outro ponto importante, pois mesmo que ela influencie a formação de nota para o índice, existem outros parâmetros a serem utilizados, como o nível de formação do corpo docente (pós-graduação, mestrado, doutorado, pós-doc), qualidade da infraestrutura (relativo a laboratórios e biblioteca), além de outros aspectos relativos ao curso e sua organização.
Para ajudar a sua instituição a obter um bom resultado no IGC, elencamos 4 dicas a seguir.
1. Disponha de excelente corpo docente
Ter um corpo docente com ótima formação acadêmica é um dos pilares para a educação superior de qualidade.
Por outro lado, também é importante que a IES considere realizar frequentes pesquisas de satisfação com os alunos sobre os professores, além de estimular a busca pela qualificação periódica em cursos, especializações e práticas de capacitação didática na área.
2. Avalie os alunos continuamente
Um processo contínuo de avaliações que apresente o modelo de questões Enade também é uma excelente estratégia para preparar os alunos para essa prova.
Isso possibilita que eles desenvolvam o hábito de recapitular os conteúdos das aulas, aumentando o grau de memorização.
Além disso, as avaliações também podem funcionar como uma ferramenta de gestão, para que a IES verifique se a grade do curso está sendo seguida corretamente.
Leia também: saiba como escolher a solução para a aplicação de simulado Enade em sua IES
3. Invista no uso de metodologias ativas
Ao longo dos anos, o surgimento de tendências educacionais que priorizam o protagonismo do estudante em seu processo de aprendizagem aumentou a utilização das metodologias ativas. Elas compreendem um amplo processo que objetiva colocar o aluno como o agente principal na construção do conhecimento.
Assim, as metodologias ativas visam dar suporte aos educadores e ajudá-los a promover o aprendizado de forma autônoma e proativa.
4. Use a tecnologia para auxiliar o aprendizado
Seja em cursos presenciais ou a distância, oferecer suporte e estrutura aos alunos é fundamental para a satisfação e para obter boas notas na avaliação do MEC.
Dessa maneira, ter uma biblioteca rica e completa agrega muito valor ao estudo do aluno durante o curso. Logo, sua IES pode investir em uma biblioteca digital, que irá possibilitar o aumento do acervo do curso e oferecer facilidades quanto à bibliografia usada pelo professor.
Agora você já tem todas as informações importantes sobre o Índice Geral de Cursos para gerir sua IES e obter uma excelente nota! Aproveite para ler nosso guia completo da avaliação do MEC para IES.