Para continuarem competitivos no mercado da educação, tanto as instituições de educação superior (IES) quanto os profissionais que elas empregam precisam estar sempre atualizados.
Manter as salas de aula cheias, despertando o interesse dos estudantes, é um desafio que envolve necessariamente o ensino interativo. Por isso, hoje você vai descobrir como fazer aulas interativas na sua IES.
Você verá que esse tipo de iniciativa vai além do investimento em tecnologia.
Isso porque os estudantes do ensino superior costumam ter rotinas dinâmicas e atarefadas. Muitos precisam conciliar os estudos com um estágio ou trabalho.
O desgaste do dia a dia dificulta a concentração. Ainda mais com os estímulos externos das redes sociais e de outras distrações que fazem parte da nossa sociedade ultraconectada.
Diante disso, as aulas interativas são uma maneira de procurar despertar o interesse dos alunos, contribuindo para que tenham um desempenho melhor.
E, desta vez, estamos aqui justamente para mostrar para você como criar aulas que mantenham os estudantes envolvidos.
Então, continue a leitura!
Estudante do século 21: qual é o perfil?
O Mapa do Ensino Superior 2021, divulgado pelo Instituto Semesp, indicou que, enquanto o ensino presencial registrou queda de 8,9% no volume de matrículas no primeiro semestre deste ano nas IES, os cursos a distância cresceram 9,8%.
Mas, é preciso lembrar que, apesar desses dados, as matrículas presenciais continuam majoritárias, representando 71,5% do total.
Um dos fatores apontados para o aumento das matrículas na modalidade EaD é o fato de, no Brasil, parte da população acima de 30 anos ter estudado apenas o ensino médio. Deste modo, quando decidem ingressar em um curso de graduação, estas pessoas escolhem o ensino online por conta da sua flexibilidade.
Bem, falando em idade, o estudo do Semesp mostra que houve um crescimento da presença de jovens entre 19 e 24 anos nos cursos presenciais da rede privada entre 2013 e 2019, o que representa um aumento de 5,8 pontos percentuais no período.
Neste mesmo período, os cursos EaD da rede privada tiveram crescimento de 4,7 pontos percentuais de matrículas de jovens na faixa etária indicada.
Essas informações são importantes para compreender o perfil do aluno do ensino superior atualmente e as suas necessidades.
Como você bem sabe, a transformação digital mudou a forma tanto de se aprender como de ensinar nos últimos anos. E tal mudança certamente impactou a configuração da sala de aula.
Já falamos antes que o professor precisa hoje dividir a atenção dos alunos com redes sociais e aparatos tecnológicos.
Isso significa também que o docente deixou de ser uma fonte exclusiva de conhecimento para o estudante, que aprende também a partir da internet, das já referidas redes sociais, de aplicativos e até mesmo de influenciadores digitais.
Para saber como fazer aulas interativas no ensino superior, é imprescindível compreender esse cenário.
Junto aos educadores, a sua IES deve se perguntar o que o aluno espera aprender quando se matricula em um curso na instituição de ensino.
Agora, continue conosco para entender o que é ensino interativo!
Ensino interativo: o que é e como funciona?
Antes de trazermos dicas sobre como fazer aulas interativas, precisamos que você saiba o que é e como funciona o ensino interativo.
Bom, essa modalidade de ensino proporciona aos alunos mais autonomia e participação no processo de construção do conhecimento.
Para tanto, utiliza recursos tecnológicos, além de conteúdos que sejam atrativos e relevantes para os estudantes.
O ensino interativo procura proporcionar um processo educativo muito mais individualizado e que corresponda às expectativas e necessidades dos alunos.
Os docentes deixam, assim, de ser detentores do conhecimento, de forma a transmiti-lo de modo unilateral, para se tornarem mediadores.
É seu papel promover a resolução de problemas reais pelos estudantes com o apoio de aparatos tecnológicos e interações com o meio ao redor.
Como dissemos, o ensino interativo não se limita ao uso da tecnologia. Uma aula em um ambiente diverso, como um laboratório ou um museu, pode se enquadrar nesse modelo, desde que foque no estudante como centro do processo de aprendizagem.
É possível que você já tenha ouvido falar na pirâmide de William Glasser, desenvolvida por este psiquiatra americano para indicar de que forma os alunos aprendem. Ela indica que o aprendizado se dá da seguinte forma:
- 10% lendo;
- 20% escrevendo;
- 50% observando a escutando;
- 70% discutindo com outras pessoas;
- 80% praticando;
- 95% ensinando.
Ou seja, os métodos de aprendizagem mais eficientes se inserem na abordagem do ensino interativo.
E, para levar essa modalidade para a sala de aula, é preciso promover a participação e o engajamento dos alunos.
Não basta usar lousa digital, realidade virtual ou outros recursos análogos se não houver esta promoção do envolvimento do corpo discente.
Para colocar em prática o ensino interativo, deve-se despertar a curiosidade e gerar debate em sala de aula. Mas, calma, vamos apresentar dicas para isso.
Continue acompanhando!
Como fazer aulas interativas: confira 12 dicas
A criação de aulas interativas implica, antes de tudo, em planejamento.
Apesar de não existir uma fórmula para estruturar esse tipo de aula, há alguns passos e técnicas que podem ser incluídos neste processo.
Entenda a seguir!
1. Definir o perfil do estudante
Se você busca como fazer aulas interativas, saiba que conhecer o perfil dos alunos é muito importante nessa jornada.
Uma maneira de fazer isso é a partir da aplicação de um questionário que busque conhecer um pouco melhor cada estudante e seu respectivo estilo de aprendizagem.
Desse modo, fica muito mais prático identificar limitações a serem trabalhadas e pontos fortes do corpo discente.
Isso ajudará os professores no preparo das aulas e na delegação de tarefas, pensando em trabalhos em grupo.
Tal questionário deve explorar como se dá o processo de aprendizado dos estudantes, considerando aspectos como idade, vivências prévias e temas a serem aprendidos.
Ao avaliá-lo, os educadores, com o apoio da própria IES, conseguirão analisar os recursos e métodos didáticos mais apropriados levando em consideração o perfil médio dos alunos.
2. Buscar formatos diferentes para a aplicação dos conteúdos
Para a estruturação de aulas interativas, um ponto-chave é procurar por formas diferentes das habituais (que costumam ser slides com longos textos) para aplicar um conteúdo.
O uso de vídeos, fotos, gráficos, gifs e outros recursos imagéticos pode ser um aliado nesse sentido e tornar a aula mais descontraída.
Apresentar novidades como blogs e ferramentas que podem ajudar no aprendizado fora da sala de aula também é uma boa ideia.
Indo além, organizar visitas e aulas externas é uma excelente forma de conectar o aprendizado à experiência prática.
Isso inclui aulas em laboratórios ou outros espaços da IES, visitas a museus e exposições de artes, caminhadas ecológicas (dependendo do curso ministrado)… As opções são diversas.
3. Criar atividades em grupo
Uma possibilidade bastante explorada e eficiente para as aulas interativas no ensino superior é a proposta de trabalhos em grupo.
Trata-se de uma forma de estimular a interação, a cooperação e a criatividade entre os alunos.
A ampliação das mídias digitais e das plataformas colaborativas favorece os trabalhos em grupo. Estes colocam a colaboração como foco, em detrimento da competição.
Cabe ao professor incentivar os grupos a conectarem as ideias levantadas por todos. Aliás, as propostas de temas devem desafiar intelectualmente os estudantes.
A partir deste tipo de trabalho, é possível construir e passar adiante conhecimento cognitivo, mesmo com configurações e formatos de apresentação mais lúdicos.
Vale estimular os estudantes a usarem ao máximo os recursos que têm à disposição, de forma a criarem apresentações interessantes e que prendam a atenção dos ouvintes.
4. Usar modelos como mapas mentais
Os mapas mentais, do inglês mind mapping, consistem em uma técnica de registro criada por Tony Buzan, especialista em atividade mental e aprendizagem.
Segundo o autor, um mapa mental é uma ferramenta que mostra externamente o que acontece dentro da sua cabeça.
A partir desse modelo, a ideia do autor era proporcionar uma maneira prática e concisa de estudar um assunto, de forma a conectar as informações e facilitar a sua memorização.
Ao reunir estudos de campos como psicologia, neurolinguística, semântica, memória e pensamento criativos, entre outros, ele chegou em um modelo que ajuda as pessoas a estruturarem as informações de forma visual.
Bem, a criação de um mapa mental passa pelo exercício de produzir um resumo visual de um conteúdo específico, destacando as informações mais importantes a partir do uso de palavras-chave.
As informações são conectadas entre si por meio de traços e setas, elementos que ajudam a direcionar o olhar de forma a se construir um raciocínio lógico.
A premissa desta técnica é a de que os estímulos visuais ajudam a pessoa que está criando o mapa mental a interligar as informações sobre um assunto e a se lembrar dos detalhes.
Criar um mapa mental tem a ver com sintetizar as informações, compará-las e hierarquizá-las. Isso pode ser bem útil para o processo de construção do conhecimento em todos os níveis de aprendizado.
Essa técnica incentiva os estudantes a adotarem um olhar crítico sobre as informações repassadas sobre um tema, já que precisam construir um ponto de vista próprio para criar uma relação entre os dados a serem dispostos no mapa.
Desse modo, os mapas mentais facilitam o aprendizado de conteúdos mais densos, além de trabalhar a capacidade de concisão dos estudantes.
Há ainda um ganho que não pode ser ignorado na habilidade de estruturação das informações, de modo a simplificar a memorização e até mesmo a participação em classe, para esclarecer dúvidas.
Revisão de temas complexos
O professor poderá estimular o uso de mapas mentais para ajudar os alunos a revisarem temas mais complexos, inclusive, trocando ideias com os colegas da turma.
Há ferramentas online que possibilitam a criação de mapas mentais de maneira muito fácil. Contudo, ao realizar esse processo de próprio punho, o aluno pode ter a oportunidade de trabalhar melhor a fixação do conteúdo.
No centro de um papel o estudante deve colocar o tema que será mapeado. A partir daí (usando canetas e/ou lápis coloridos), pode começar a realizar ramificações atreladas não só ao tema central, mas também saindo das diferentes informações dispostas no mapa.
Lembrando que, neste modelo, eles devem usar apenas ilustrações e palavras-chave. Nada de frases extensas ou com maior complexidade.
O interessante desta técnica é que, ao ensiná-la para os estudantes, eles poderão utilizá-la tanto para estudar os conteúdos mais densos e desafiadores em sala de aula quanto em situações diversas de sua vida profissional e até pessoal.
5. Quizzes também são uma ótima opção
Seja em aulas presenciais ou remotas, os quizzes são uma ferramenta muito útil para avaliar conhecimentos que foram aprendidos antes pelos estudantes.
Afinal, o primeiro contato com novos conteúdos (especialmente aqueles mais densos) pode gerar uma série de dúvidas para os alunos, e o professor precisa ter certeza sobre a efetividade da aula para seguir adiante.
Diante disso, a aplicação de quizzes é uma estratégia que pode contribuir para que professores, além dos próprios alunos, tenham mais clareza sobre o aprendizado de determinado assunto.
Trata-se da elaboração de testes cujas questões se baseiem no que foi ensinado pelo professor durante uma aula ou um conjunto de aulas.
Cabe ao professor a tarefa de pensar em um roteiro e um modelo de perguntas que sejam certeiros.
Portanto, antes de montar o quiz, uma dica é que o educador anote em um papel todos os conteúdos que deseja abordar, além de potenciais cruzamentos entre as informações.
Na hora de elaborar o teste, outra sugestão é de que ele siga a forma como as aulas foram desenroladas. Ou seja, é preciso atentar-se à ordem com que as perguntas são apresentadas.
Também é preciso fugir de questões muito óbvias. É claro que pode aparecer uma ou outra pergunta assim no teste. Contudo, a ideia é focar em questões mais complexas sobre o tema estudado, envolvendo até mesmo outros assuntos que se relacionem aos tópicos centrais.
Vale lembrar que os quizzes não precisam ser necessariamente respondidos individualmente pelos estudantes. Estimular que eles se reúnam em duplas ou grupos incentiva a colaboração e até a proposta de questões mais complexas.
Os quizzes são ferramentas que podem ser utilizadas em diferentes momentos do processo de aprendizagem.
Já falamos sobre como são úteis para repassar conteúdos aprendidos.
Mas, vale apostar nestes testes também antes de iniciar um conteúdo, a fim de avaliar o quanto os estudantes já sabem sobre o tema, ou mesmo durante o aprendizado. No segundo caso, eles ajudam o educador a ter uma percepção mais clara sobre os conceitos que ainda não foram totalmente compreendidos e que, portanto, devem ser reforçados.
Os quizzes se enquadram no uso da gamificação, que diz respeito ao emprego de recursos de jogos no processo de aprendizagem, tornando-o mais divertido e dinâmico.
Para facilitar o processo, você encontra plataformas de disciplinas online que apoiam o professor não apenas com a disponibilização de conteúdos digitais, como mapas mentais interativos, aulas online, etc, mas também com o fornecimento de quizzes relacionados ao que foi estudado.
6. Apostar na sala de aula invertida
Se você está aqui para descobrir dicas sobre como fazer aulas interativas, precisa entender um conceito cada vez mais em voga: o da sala de aula invertida, ou flipped classroom, em inglês.
Estamos falando de uma metodologia ativa de aprendizado que une o online e o offline para potencializar os esforços dos professores e o aprendizado dos estudantes.
É difícil imaginar um cenário em que um docente comece a aula, mas os alunos já tenham estudado o tema em casa antes, certo?
Bem, é exatamente isso que propõe essa metodologia.
Mas, o que fazer na aula se os alunos já estudaram em casa?
O momento é de o educador propor atividades, esclarecer dúvidas, criar grupos de debate… Há uma série de projetos que podem ser colocados em prática para reforçar os conteúdos com os quais os estudantes já entraram em contato.
O conceito de sala de aula invertida propõe justamente a inversão da lógica tradicional empregada nas aulas.
O que seria feito em classe, como assistir a uma aula expositiva, é realizado em casa. Na sala de aula, é feito o trabalho que ficaria como dever: atividades e projetos acadêmicos diversos.
Deste modo, os alunos conseguirão desenvolver com antecedência as suas próprias reflexões e chegar preparados para o debate e para trabalhos colaborativos na aula.
Sendo assim, eles abrem mão de uma postura passiva, de ouvinte, para assumirem o protagonismo em seu processo de aprendizado.
Os educadores, por sua vez, assumem a função de mediadores, direcionando os alunos na construção do próprio conhecimento.
7. Aplicativos também são aliados
Os aplicativos são uma tecnologia amplamente utilizada na educação, muito úteis para oferecer conteúdos complementares.
Se a sua instituição de ensino está buscando como fazer aulas interativas, aqui vão alguns exemplos de aplicativos que podem ser bem úteis por aí:
G-Suite for Education
O Google oferece gratuitamente uma linha de aplicativos focada na educação. São ferramentas disponibilizadas para os sistemas Android e iOS que podem ajudar a transformar a dinâmica em sala de aula.
Há diversos recursos disponíveis, como o Google Classroom, uma plataforma de gerenciamento de conteúdo que simplifica a criação, distribuição e avaliação de trabalhos.
Outra ferramenta interessante é o Google Forms, que possibilita a criação de formulários para respostas e sugestões anônimas.
Kahoot!
Como você já viu antes, quizzes e outras estratégias de gamificação são eficientes para tornar mais lúdico e interessante o processo de aprendizado.
É aqui que entra o aplicativo Kahoot, em que os professores lançam perguntas e os estudantes, que podem se organizar em grupos, têm 30 segundos para respondê-las.
Pontos são atribuídos de acordo com a velocidade do clique. Gratuito, o app permite que o desempenho dos grupos seja visualizado em um ranking ao final do jogo.
Padlet
O Padlet é uma ferramenta que possibilita a criação de murais virtuais para a distribuição de diversos formatos de conteúdos para os estudantes.
Simples e de fácil manuseio, os quadros do app podem ser elaborados e compartilhados pelos docentes com o Google Classroom, usado comumente para armazenar e distribuir atividades aos estudantes.
Com versões gratuita e premium, o Padlet pode ser usado também de forma colaborativa, o que viabiliza aos alunos a realização de postagens para o compartilhamento de produções digitais.
Pode ser utilizado em computadores, no Kindle e em smartphones com os sistemas Android e iOS.
8. Usar técnicas como o microlearning
O microlearning está relacionado a atividades educacionais de curto prazo.
A ideia é, a partir de linguagem simples e recursos multimídia, destrinchar conteúdos complexos em pequenas doses de aprendizado, de modo a facilitar a assimilação pelos alunos.
Desse modo, uma aula que duraria horas pode ser dividida em pílulas menores.
As aulas costumam ser oferecidas em vídeo, com o auxílio de plataformas de aprendizagem.
Esse método costuma ser usado com frequência na educação corporativa, dado que os profissionais possuem uma rotina diária bastante corrida.
Sendo assim, eles podem focar em tópicos que são mais relevantes para o seu escopo e desenvolvimento. Essa personalização do ensino é, inclusive, um dos principais benefícios do microlearning.
9. Método World Café
Esta é uma metodologia de conversa em grupo bastante difundida ao redor do mundo (e que funciona muito bem em sala de aula!).
É um processo participativo que até aparenta ser simples, mas que tem um grande potencial de explorar a complexidade do grupo, a partir do estímulo ao diálogo e à colaboração, trazendo à tona a inteligência coletiva.
Funciona basicamente assim: os participantes se dividem em mesas e conversam em torno de uma pergunta central.
Contudo, o processo é estruturado de modo que as pessoas circulem entre os diferentes grupos e conversas, conectando as ideias e fazendo emergir a sabedoria coletiva.
Ao final do processo, é realizado um apanhado das percepções e aprendizados coletivos.
Para os professores e IES que buscam formas de como fazer aulas interativas e estão dispostos a explorar as possibilidades desse método, deixamos algumas dicas:
- Estabeleça um propósito para a realização do World Café;
- Construa um espaço de trocas convidativo;
- Proponha perguntas relevantes para os participantes;
- Incentive a contribuição de todos os alunos;
- Ajude os estudantes a conectarem as diferentes perspectivas que surgirem;
- Promova, ao final, o compartilhamento do conhecimento gerado ao longo do processo.
10. Aula problematizadora
Você concorda que o conhecimento é construído em grande parte a partir da problematização e reflexão crítica de professores e estudantes?
Bem, é aí que entra a aula problematizadora, uma estratégia que visa estimular o debate e a pesquisa, de modo a facilitar o processo de aprendizagem.
O docente, por exemplo, tem a possibilidade de desenvolver a aula a partir de notícias da semana e/ou outros temas relevantes em pauta, questões sociais, estudo de leis etc.
A prática problematizadora é focada no diálogo e busca gerar um envolvimento mais vívido dos alunos, de modo que explorem seu espírito crítico e questionador, sem simplesmente aceitar passivamente o conhecimento transferido.
11. Preparar-se com antecedência
Os professores que estão buscando como fazer aulas interativas devem se atentar a um ponto bastante importante: preparar-se com antecedência para cada aula ministrada.
É preciso pesquisar conteúdos, formatos, modos de apresentar cada tema e de avaliar a efetividade do aprendizado pelos alunos.
Lembrando que, mais do que conduzir a classe, em aulas interativas o docente assume o papel de mediar e incentivar a participação dos alunos.
12. Busque o feedback dos alunos
Por fim, uma dica-chave é a busca por feedback dos estudantes, essencial para saber se as aulas planejadas estão correspondendo às expectativas do corpo discente.
A instituição de ensino ou o próprio educador deve planejar avaliações para saber o que os alunos estão achando das aulas interativas. Assim, pode-se avaliar o que funciona e o que não está dando certo para a turma.
Apesar de aplicar aulas interativas para o ensino superior ser uma tarefa desafiadora, com as dicas que apresentamos aqui é possível percorrer este percurso e alcançar bons resultados mais facilmente.
Vantagens do ensino interativo: quais são?
Agora que você já conferiu uma série de dicas que mostram como fazer aulas interativas na sua IES, vamos apresentar algumas vantagens deste método que irão estimular você a colocá-lo em prática na sua instituição de ensino imediatamente.
Vamos a elas?
Maior participação e autonomia dos alunos
As aulas interativas promovem maior interação e engajamento dos estudantes, na medida em que os estimula a buscar ativamente soluções para as situações ou problemas propostos pelo professor.
Deste modo, eles desenvolvem também muito mais autonomia na sala de aula, entendendo a importância do seu ponto de vista para a tomada de decisões.
Desenvolvimento de novas habilidades
Outro benefício que merece destaque é a possibilidade de o aluno aprimorar e/ou desenvolver habilidades novas durante as aulas interativas.
Isso porque essa metodologia envolve novas técnicas (como as que você viu por aqui) e competências, capazes de permitir aos estudantes que tenham mais facilidade de trabalhar em grupo, expressar suas opiniões e aprimorar o seu olhar crítico.
Aulas mais atrativas
É inegável que os conteúdos e métodos interativos, em seus mais diversos formatos, podem deixar as aulas muito mais dinâmicas e prazerosas.
Mesmo no ensino superior, aprender de forma divertida é mais estimulante e eficiente.
Além disso, ao se depararem com problemas e situações relacionados à vida real, os estudantes conseguirão identificar valor no conhecimento adquirido, que poderá ser usado na prática profissional ou em outros campos de sua vida.
Maior facilidade para acessar o mercado de trabalho
Ao buscar como fazer aulas interativas, as instituições de ensino e os docentes certamente irão se deparar com práticas que proporcionam aos alunos uma experiência que transpõe a sala de aula.
As atividades propostas em classe muitas vezes são vinculadas a práticas e posturas buscadas no mercado de trabalho.
O ensino interativo estimula não só o uso de ferramentas tecnológicas (indispensáveis para o mercado que está cada vez mais competitivo) como também o desenvolvimento de habilidades socioemocionais.
Para 77% dos empregadores, esse tipo de competência, conhecida também como soft skill, é tão importante quanto o conhecimento técnico.
Ao longo deste artigo, te mostramos como fazer aulas interativas na sua instituição de ensino a partir de dicas imperdíveis.
Antes de tudo, abordamos o perfil do estudante do século 21, que é ultraconectado e usa bastante a internet como fonte de conhecimento.
Explicamos ainda o que é e como funciona o ensino interativo, conhecido por colocar o aluno no centro do processo de aprendizado.
Em seguida, passamos para as nossas dicas, pensadas para ajudar você a colocar em prática, junto ao corpo docente, o planejamento de aulas interativas atrativas e bem-sucedidas na sua IES.
Trouxemos técnicas como o uso de mapas mentais e de recursos tecnológicos como os quizzes, passamos por metodologias como a da sala de aula invertida, apresentamos dicas de aplicativos que são aliados durante os estudos e a comunicação entre professores e alunos, além de mostrarmos métodos como o World Café.
Focamos depois nas vantagens do ensino interativo para a sua instituição de ensino, que vão da maior participação e autonomia dos alunos ao desenvolvimento de novas habilidades e à maior facilidade de ingresso no mercado de trabalho.
Esperamos que este conteúdo tenha sido útil para você. Continue acompanhando o nosso blog para mais artigos como este!
Aliás, já que você está interessado em como fazer aulas interativas, aproveite para conferir um conteúdo que criamos trazendo 8 atividades gamificadas para aplicar no ensino superior!