Ficou muito difícil, atualmente, pensarmos na realização de algumas atividades dentro e fora da sala de aula sem o auxílio de um computador ou tablet, não é mesmo? Gerenciar calendários e notas, realizar o controle de dados dos estudantes ou propor uma tarefa interativa em uma aula ministrada a distância são exemplos de ações que seriam penosas – ou até inviáveis – sem o uso da tecnologia na educação.
Por isso, é necessário ficar por dentro das inovações tecnológicas capazes de aproximar teoria e prática, auxiliando, inclusive, no preparo dos estudantes para o mercado de trabalho.
O universo digital se tornou um imperativo no cotidiano de jovens e adultos. Diante disso, a sua ausência em uma IES pode desestimular o ingresso de novos alunos na instituição, gerando a impressão de que esta se encontra defasada.
Neste artigo, entenda como a tecnologia pode ajudar a melhorar o processo de ensino e aprendizagem, além de conhecer estratégias para implementá-la em sala de aula.
Boa leitura!
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Como a tecnologia pode ajudar a melhorar o ensino e a aprendizagem?
Os recursos tecnológicos se tornaram fatores de inovação para as IES. Com eles, é possível tornar mais eficaz a gestão da aprendizagem e aumentar os pontos de contato na jornada do aluno. Ou seja, a tecnologia na educação contribui não só para o processo de ensino, mas também para aumentar os índices de captação e retenção de estudantes.
As metodologias e tecnologias educacionais proporcionam experiências melhores para instituições de educação, docentes e discentes, sobretudo no ensino superior a distância.
Neste caso, os Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA) podem ser associadas a recursos diversos das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIDCs), como lives, redes sociais, fóruns, blogs, portfólios, apresentação de enquetes, produções audiovisuais, entre outras.
Tecnologia na educação: como propiciar a aprendizagem?
No livro Desenvolvimento de Aulas Práticas no Ensino Remoto e Híbrido, os autores Camila Baleiro Okado Tamashiro e Geraldo José Sant´Anna explicam que há cinco aspectos fundamentais que devemos propiciar para assegurar a aprendizagem. Eles envolvem levar o aluno a:
- Perguntar;
- Pesquisar;
- Escrever;
- Interpretar;
- Socializar.
Para os autores, a arte de argumentar é chave para a construção do conhecimento, gerenciando as informações e mobilizando-as de forma a trazer subsídios ao aluno para a construção de sua autonomia intelectual e de seu relacionamento social. Ela ativaria ainda a consciência do trabalho em equipe, fomentando novas descobertas.
“Indubitavelmente, o trabalho pedagógico adquire um novo design. Os recursos tecnológicos devem migrar de uma mídia pessoal para uma mídia interpessoal, promovendo comunicação e cooperação, mesmo que on-line”, argumentam.
Uso da tecnologia na educação para avaliar os alunos
Tanto no ensino remoto quanto na modalidade híbrida, os recursos tecnológicos oferecem inúmeras oportunidades para os alunos expressarem sua aprendizagem.
A escolha do procedimento ou instrumento de avaliação, nestes casos, precisa ser orientada em conjunto com a equipe pedagógica da IES, buscando por uma resposta mais rápida sobre o desempenho do aluno.
Deste modo, o ideal é optar por ferramentas que não sobrecarreguem o discente na elaboração da atividade, ou o docente no momento da correção. Ao mesmo tempo, é preciso nortear-se sempre pelo propósito de excelência na qualidade do ensino.
“A produção audiovisual (individual ou em grupo) pelo padcaster ou do jahshaka, por exemplo, participação em fórum, criação de podcast, portfólios virtuais, avaliações de múltipla escolha (pelo Google forms, por exemplo) survey monkey, etc.), videocast, webcast, teletexto, charge, HQ (usando pixton), enfim tudo dependerá das características do componente curricular, proposta do curso, ousadia do professor e incentivo aos alunos”, explicam os autores da obra indicada acima.
Como implementar a tecnologia em sala de aula?
O Massachusetts Institute of Technology (MIT) adota uma metodologia ativa denominada Technology-Enabled Active Learning (Teal), cuja tradução literal é “aprendizagem ativa possibilitada por tecnologia”.
Trata-se de um método que combina aulas expositivas, simulações e experimentos práticos para que os alunos aprendam, especialmente conteúdos introdutórios de Física, de forma rica e colaborativa.
No livro Metodologias Inov-ativas, as autoras Andrea Filatro e Carolina Costa Cavalcanti explicam que uma aula conduzida da perspectiva desta metodologia, conhecida também como Teal, é dinâmica e:
- Colaborativa: os estudantes são divididos em pequenos grupos e compartilham recursos digitais;
- Experiencial: os alunos utilizam computadores, objetos de aprendizagem multimídia e materiais que permitem explorar fenômenos físicos, como os da área do eletromagnetismo;
- Interativa: os discentes são estimulados a formular perguntas e fornecer respostas, o que propicia a interação constante com seus pares e professores.
Personalização do ensino
Quando o assunto é tecnologia na educação, devemos encarar as ferramentas tecnológicas também como meios para desenvolver a autonomia dos alunos e possibilitar a agilidade e a personalização das experiências de aprendizagem. Também para a experimentação e comunicação rápida de pessoas separadas por tempo e espaço.
É o que defendem as autoras do livro Metodologias Inov-ativas. Elas abordam a personalização do ensino como uma integração dos conteúdos curriculares com conhecimentos prévios e estilos de aprendizagem dos estudantes.
Deste modo, os alunos adquirem a percepção de que estão vivenciando uma experiência de aprendizagem personalizada.
As autoras tratam ainda sobre a personalização do ensino aliada à recomendação, de modo a ajudar os alunos a decidir sobre a sua própria aprendizagem com base em suas preferências e em sistemas de recomendação que promovam a aprendizagem autodirigida.
“No escopo das metodologias inov-ativas, a personalização hoje é muito mais orientada a dados do que à sensibilidade humana, como ocorre nas abordagens tradicionais. Baseia-se no reconhecimento de que as pessoas têm estilos e preferências de aprendizagem distintas, com toques da visão mercadológica pós-industrial de que todos têm direito a individualizar os produtos e serviços que vão consumir.
Além das plataformas de aprendizagem on-line estabelecidas há mais tempo, como é o caso do Learning Management System (LMS), o recente desenvolvimento das plataformas para curso on-line aberto e massivo (Massive Open Online Course – Mooc) evidenciou a possibilidade de coletar diferentes tipos de dados sobre os alunos”, pontuam.
Outro aspecto levantado pelas autoras é que a maior parte da aprendizagem em sala de aula convencional pode ser considerada adaptável.
Neste sentido, o que as tecnologias fazem é possibilitar que essa capacidade docente seja aplicada em grande escala e potencialmente melhore sua eficácia.
Esperamos que você tenha gostado deste conteúdo sobre tecnologia na educação. Continue acompanhando o nosso blog! Aproveite para conferir também o artigo que preparamos sobre metodologias ativas na prática.