A educação brasileira vem passando por muitas transformações, recebendo novas tecnologias e metodologias todos os anos. Atualmente, é esperado uma educação democrática e participativa, características bem desenvolvidas no ensino colaborativo.
Uma instituição de educação superior (IES) precisa estar atenta às tendências, afinal, os alunos procuram o que há de melhor no mercado. Se você quer conhecer mais do ensino colaborativo, este é o texto certo! Aqui você verá seu conceito, benefícios e como aplicá-lo. Boa leitura!
O que é ensino colaborativo?
O ensino colaborativo é uma metodologia que busca por aulas mais participativas, substituindo a postura passiva dos estudantes por uma aprendizagem ativa e integrada. A ideia é que os alunos protagonizem a educação, estando no centro do processo.
Sendo assim, o professor ganha um novo papel, no qual a velha estrutura de transmitir conteúdo perde lugar para a mediação e relação de troca entre todos. Nessa ideia de colaboração, ensinar e aprender é um exercício compartilhado.
Quais são as bases do ensino colaborativo?
Para chegar nos resultados, o ensino colaborativo passa por alguns princípios. Conheça a seguir quais são:
1. Ensino personalizado
2. Contextualização do conteúdo
3. Mediação feita pelo professor
4. Ambiente adequado
5. Emprego da tecnologia
1. Ensino personalizado
Como você já sabe, cada um aprende de um jeito. Para que o aluno alcance o máximo de seu potencial, é importante que a educação entenda sua individualidade e necessidades, para que seja possível aplicar a personalização do ensino.
No ensino colaborativo, há a compreensão de que todos são diferentes, com conhecimento e vivências diversas. Dessa forma, é possibilitado que cada um possa ajudar com aquilo que sabe, trazendo mais pluralidade para a sala de aula.
2. Contextualização do conteúdo
Se a ideia é que todos possam participar da construção do conhecimento, é interessante que o assunto seja apresentado de forma contextualizada. Deste modo, é preciso buscar por exemplos palpáveis ao estudante, que contemplem as suas vivências, pois a assim, a contribuição é facilitada.
Confira: 12 dicas sobre como fazer aulas interativas no ensino superior
3. Mediação feita pelo professor
Como já foi dito, a tarefa do professor deixa de ser transmitir todo o conhecimento e passa a se voltar mais para a mediação. Obviamente, com seu conhecimento e formação, ele ainda dá o start para as aulas, só que agora ele tem a função de conduzir o debate entre os estudantes, garantindo seu sucesso.
4. Ambiente adequado
Para o ensino colaborativo dar certo, é preciso um ambiente propício, e não é só físico. Quanto à disposição do espaço na sala de aula, os semicírculos envolvem bem mais os estudantes do que as fileiras.
Tirando o lado físico, o ambiente precisa ser acolhedor. A metodologia colaborativa só funciona se o estudante se sentir parte da turma e do processo.
5. Emprego da tecnologia
Sendo usada de forma estratégica, a tecnologia pode potencializar qualquer atividade. Na educação, a cada dia que passa novas ferramentas são incorporadas, aumentando as possibilidades.
Pensando em uma aula bem comunicativa, a tecnologia tem muito para oferecer. Com a internet, recursos digitais e conteúdos multimídia, o ensino colaborativo se aperfeiçoa!
Quais os benefícios do ensino colaborativo?
Só com as bases do ensino colaborativo já dá para perceber que a metodologia enriquece as aulas, mas não para por aí. Existem diversos benefícios específicos da prática e os principais você confere a seguir:
1. Molda estudantes mais engajados
2. Maximiza os resultados
3. Constrói um pensamento crítico
4. Aperfeiçoa a comunicação dos alunos
1. Molda estudantes mais engajados
Quanto mais espaço temos nas aulas, fornecemos motivação para alunos e aumentamos a sua participação. Desta forma, como o modelo de ensino colaborativo, é natural que o estudante se engaje no estudo.
À medida em que o estudante faz parte da aprendizagem, ele vai percebendo o valor do conhecimento, e assim, mais ele quer participar. Deste modo, aprender e colaborar se torna um ciclo!
2. Maximiza os resultados
Até nas aulas tradicionais isso não é um segredo: alunos que participam da aula tendem a tirar notas melhores. Se o ensino é mais envolvente e contextualizado, o estudante certamente irá absorver mais do que é proposto nas aulas.
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3. Constrói um pensamento crítico
Se no ensino colaborativo os estudantes precisam se envolver mais com a aula, eles também irão refletir mais sobre ela. Dessa maneira, o pensamento crítico vai se formando.
O aluno irá participar de mais debates, desenvolver sua argumentação e até pesquisar mais sobre determinado assunto. Essa possibilidade de construção do conhecimento fortalece um pensamento mais crítico.
4. Aperfeiçoa a comunicação dos alunos
Com uma turma participando ativamente da aula, obviamente haverá muita comunicação entre os estudantes. Para o ensino colaborativo dar certo, os alunos precisam estabelecer um diálogo com respeito e empatia, escutando e ajudando uns aos outros.
Como trabalhar o ensino colaborativo na educação superior?
Conforme visto, o ensino colaborativo é bem vantajoso, mas ele precisa de cuidados na hora de ser aplicado. Assim como toda metodologia, é preciso que toda a IES – instituição, professores e alunos – se empenhe para dar certo. Veja agora algumas dicas:
1. Explique a metodologia para todos
2. Capacite os professores
3. Coloque a colaboração na cultura da IES
4. Aproveite as metodologias ativas
5. Transforme a tecnologia em uma aliada
1. Explique a metodologia para todos
Como todo novo processo, as pessoas envolvidas precisam conhecê-lo para entender seus benefícios e como será aplicado. É comum ter resistência à novidades, por isso, é importante que todos compreendam como o ensino colaborativo pode enriquecer a graduação.
Saiba mais: Descubra como desenvolver a autonomia do aluno em sua IES
2. Capacite os professores
Quando estamos acostumados com uma tarefa, é difícil realizar uma nova do dia para a noite. No caso dos professores, essa mudança de didática precisa ser feita com uma capacitação, uma vez que a aula deverá se transformar. Por isso, é sempre bom lembrar de investir na formação continuada de professores.
3. Coloque a colaboração na cultura da IES
Além da colaboração ser aplicada dentro de sala, é interessante que a metodologia seja vista como algo amplo. Se a rotina na IES for de comunicação e ajuda mútua, será mais fácil para os princípios do ensino colaborativo funcionarem nas aulas.
4. Aproveite as metodologias ativas
Se a ideia é contar com alunos engajados, no centro da aprendizagem, nada melhor do que apostar nas metodologias ativas. Elas são práticas pedagógicas que, assim como o ensino colaborativo, colocam o estudante no centro da educação. Você pode apostar em:
5. Transforme a tecnologia em uma aliada
Como já falamos no início, a tecnologia é imprescindível no ensino colaborativo. Quanto mais recursos inserimos na educação, mais as possibilidades se apresentam. Além de facilitar inúmeros processos, a internet também é uma boa aposta para melhorar a comunicação, desde que bem utilizada.
Esperamos que você tenha gostado e aprendido com nosso texto sobre ensino colaborativo. Se você quiser saber mais sobre as suas possibilidades de aplicação descubra como desenvolver as metodologias ativas com uso de tecnologias digitais!