As demandas educacionais de hoje vão muito além do aprendizado de um conteúdo ou de uma função. Para manter um aluno engajado com seu curso, e satisfeito com a instituição de educação superior (IES) , é preciso compreender e acolher o estudante, através da educação humanizada.
A humanização dos serviços é uma pauta constante em vários setores. Na educação, o que tem chamado atenção é a busca pela valorização da individualidade, e do desenvolvimento profissional atrelado ao desenvolvimento de competências socioemocionais.
Além de todos os benefícios para o bem-estar da instituição, o tratamento humanizado nas IES é fator decisivo para captação de alunos e para executar uma boa gestão de permanência.
A educação humanizada torna-se, dessa maneira, parte do compromisso de todos os profissionais que fazem parte das IES, para que um bom clima de trabalho seja construído, e propagado através das práticas educacionais.
Se você acredita que a educação humanizada é menos rígida, e não consegue promover qualidade de ensino, este post pode te ajudar a rever esse posicionamento. Alto desempenho não precisa significar altos níveis de estresse e sofrimento. É preciso que haja equilíbrio para encontrar uma educação de excelência.
Pode parecer difícil, mas pequenas ações nesse sentido podem ocasionar grandes mudanças. Isso porque a educação humanizada lida com algo que todos nós conhecemos: nossos sonhos, medos, dificuldades, e competências.
Para entender melhor tudo que esse método pode oferecer para seus alunos, e para a sua IES, continue a leitura deste post e tire suas principais dúvidas!
Quais são as características da educação humanizada?
O termo educação humanizada pode parecer estranho, afinal de contas, o que seria o método tradicional? Nesses diferentes cenários, não estamos lidando sempre com a educação de humanos?
Na realidade, o termo “humanizada”, neste contexto, diz da atribuição de características humanas para algo que carece desses atributos. O nome guarda em si uma crítica aos métodos tradicionais, cuja dureza e descontextualização podem levar a uma perda dessas capacidades humanas.
Somos seres naturalmente empáticos, que gostam de trabalhar em grupo, e que aprendem de forma colaborativa. Portanto, uma educação humanizada começa pela valorização e redescobrimento dessas boas características, que nos formam como espécie.
As formações extremamente pragmáticas fazem com que alguns aspectos sejam escolhidos como certos, em detrimento de outros. Nas instituições mais tradicionais, vemos facilmente a hipervalorização dos sistemas de pontuação em detrimento do bem-estar geral do aluno.
Além disso, a coletivização do ensino — nas turmas formadas em sala de aula — perde um pouco do brilho de sua característica coletiva. Nas abordagens mais antigas, o que existe é uma educação feita para atingir a todos, mas que, por muitas vezes, desconsidera os diferentes modos de aprender.
Essa formação em massa, e voltada para aspectos práticos das profissões, foi uma demanda de mercado. Assim como nas fábricas, a formação passou a ser parte da cadeia de produção de trabalhadores.
Rápida, generalista, e voltada para quem deseja exercer uma função, a educação superior ficou, por muito tempo, comprometida com esse modelo educacional. Mas, agora, outras questões têm surgido, e elas não podem ser negligenciadas.
Quais são as características da educação humanizada?
- Aproximação entre professor e aluno;
- Acolhimento dos estudantes e suas diferenças;
- Desenvolvimento da inteligência emocional;
- Atividades que valorizam a colaboratividade;
- Ressignificação do erro;
- Fortalecimento das relações;
- Preparo do aluno para a vida;
- Aplicabilidade em todos os cenários.
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E quais são os benefícios da educação humanizada?
Em um contexto altamente permeado pela tecnologia, e consequentemente muito acelerado e voltado para questões práticas, como e por que oferecer uma educação humanizada? Justamente por vivermos um momento como este, torna-se ainda mais necessário reforçar ações que valorizem as relações humanas.
É impossível construir uma base intelectual sólida sem que haja uma boa recepção dos estudantes, e isso passa por uma aprendizagem experiencial, significativa, e crítica. Reforçar esse posicionamento na formação profissional é ainda mais importante, pois as IES vão desenvolver os profissionais do futuro.
O mercado precisa de pessoas que saibam aspectos técnicos e práticos de suas funções, mas também tem uma demanda crescente por profissionais empáticos, com inteligência emocional.
Quer saber mais sobre os benefícios da educação humanizada? Selecionamos as 10 principais vantagens de sua aplicação. Confira:
1. O aluno se sente parte
A aplicação da educação humanizada no ensino superior é essencial para o bem-estar do aluno. Diferente de muitas escolas de educação básica, a educação superior guarda uma diversidade maior de perfis de alunos, tanto em questões educacionais, quanto de renda, raça, origem, etc.
Esse aspecto promove uma educação mais rica, se for bem aproveitado pelos educadores. Mas caso haja algum problema de integração, algumas dessas pessoas podem enfrentar grandes dificuldades de inserção, com eventual desistência do percurso de formação.
A educação humanizada prevê a valorização das características de cada estudante, para promover o acolhimento independente de quais sejam. Esse reconhecimento oferece maior conforto para que todos possam buscar melhorias.
O conhecimento, nesse contexto, é uma ferramenta de transformação social, assim como outros fatores, como a capacidade de lidar com conflitos, a inteligência emocional, as relações sociais, entre outros.
Com isso, o aluno sempre terá como contribuir, e se sentirá parte de algo maior. Essa identificação é crucial para manter o engajamento e uma boa saúde mental dos estudantes.
2. A inteligência emocional é estimulada
Um termo que têm ganhado muito destaque é a inteligência emocional. Há quem diga que as contratações são feitas considerando as habilidades técnicas, mas o que leva ao desligamento das instituições e empresas são questões comportamentais.
Isso diz bastante sobre essas habilidades sutis, que são requeridas no mercado de trabalho. O bem estar tem sido uma demanda cada vez maior nesses ambientes. Podemos aferir isso a partir de iniciativas como a Great Place to Work.
Esse ranking coloca em evidência as empresas que oferecem condições de trabalho melhores, atendendo as demandas dos empregados e promovendo melhores relações no trabalho. Muitas empresas buscam essa validação para que possam atrair os maiores talentos, e promover um ambiente ideal para o desenvolvimento.
As habilidades comportamentais necessárias para alcançar um bom relacionamento com colegas, professores, e até mesmo com as empresas, vão ao encontro da necessidade de resolver problemas e atender a demandas complexas, que exigem uma visão crítica, contextual, e sensível.
E essa não é uma ferramenta que nasce com algumas pessoas, mas é desenvolvida a partir dos exercícios práticos, que podemos incorporar no nosso dia a dia. Isso envolve nossa reação às nossas emoções e às emoções das outras pessoas.
Esse reconhecimento do que sentimos é muito importante para quebrarmos com um ritmo automático, e tomar as rédeas das nossas reações com sentimentos.
3. Melhora das relações em sala de aula
Muitos estudantes do ensino superior vêm de uma educação básica onde o combate ao bullying e à violência física e/ou psicológica já é bem trabalhado.
Mas não podemos desconsiderar que, em alguns contextos educacionais e familiares, a violência ainda permeia as relações. Isso ocorre mesmo que em manifestações “sutis”, que podem passar despercebidas para quem não é afetado diretamente por essas ações.
Além disso, existe a possibilidade de as turmas formadas por pessoas de diferentes gerações, que atribuem pesos distintos para as situações vividas. Há alguns anos, certos tipos de comentários poderiam ser considerados normais, mesmo que sejam considerados altamente ofensivos hoje em dia.
A educação humanizada é uma ferramenta que é capaz de oferecer um guia comportamental aplicável para pessoas de diferentes idades, posicionamentos ideológicos, entre outras diferenças.
A valorização das diferenças (e abertura para o diálogo) permitem que as pessoas possam expressar seu descontentamento diante do comportamento de um professor ou colega. Além disso, as dificuldades são exploradas como possibilidades de melhoria.
O espaço seguro para a resolução de conflitos é um ponto muito benéfico da educação humanizada. Com isso, todos tornam-se colaboradores no processo de crescimento dos colegas, e até dos professores.
Isso fortalece os laços entre as pessoas, criando uma jornada mais leve, e com grandes proveitos para todos os envolvidos — é uma boa forma, portanto, de melhorar a relação entre professor e aluno.
4. Sentimentos empáticos como guia
Um termo que está em alta é a empatia, que podemos definir como a capacidade de se colocar no lugar do outro. Mas para que isso ocorra é preciso compreender os sentimentos, as vivências, e o contexto de quem nos rodeia.
A empatia é, especialmente nos locais de trabalho, um grande incentivo à colaboração, respeito e boa relação entre colegas. Por isso, essa é uma habilidade social muito valorizada.
Isso demanda um alto nível de conexão com as pessoas, além de muita vontade de ouvir e aprender com o diferente. É importante ressaltar que ninguém é capaz de se colocar completamente no lugar do outro, mas há algumas ações no dia a dia que podem nos auxiliar nessa tentativa.
Na educação, a empatia é o sentimento que auxilia também na aprendizagem significativa, ao passo que dá enfoque à subjetividade dos alunos.
É necessário conhecer os alunos, suas demandas e dores, dando tratativas adequadas para tal. A empatia é desenvolvida quando as atividades são pensadas para os estudantes, e visam à integração e participação de todos.
A IES que investe em educação humanizada contribui para a felicidade de alunos e funcionários, colhe melhores resultados acadêmicos, e fica reconhecida por ser uma instituição que forma profissionais preparados para o mercado, com todas as chamadas “soft skills”.
5. O estudante se sente mais motivado
O interesse do estudante pode estar ligado a questões internas, e muito subjetivas, que são mais difíceis de mitigação a partir de ações das instituições de educação superior. Mas as IES podem agir em várias frentes para se tornar pontos de apoio aos estudantes, auxiliando-os em seu processo de formação.
Mesmo que sua universidade, faculdade ou centro universitário não vá conseguir resolver todos os problemas da vida dos estudantes, fazer com que eles se sintam vistos, ouvidos, e valorizados pode ser de grande ajuda nessa trajetória tão particular de cada um.
Instigar a curiosidade, oferecer feedbacks construtivos, e guiar os estudantes numa caminhada de melhoria contínua. Tudo isso faz parte da educação humanizada e ajuda a reduzir a evasão de alunos.
Isso pode ser feito através de tarefas, avaliações, aulas expositivas, e na escolha dos métodos empregados para essas atividades. O engajamento é muito mais forte quando vinculamos o conteúdo a assuntos de interesse dos estudantes.
Por isso é importante ouvir, de verdade, sobre essas preferências e aprender com elas. Precisamos deixá-los livres para se tornarem mais informados, engajados, curiosos e criativos a partir desses temas que já lhes são tão caros.
6. Desenvolvimento da autoconfiança
Enquanto crescemos ouvimos de muitas pessoas, em ambientes distintos (como escola, família, entre amigos), que somos bons em algumas coisas, mas nem tão bons em outras. Infelizmente, algumas pessoas passam toda a infância e adolescência — e em alguns casos isso se estende até a vida adulta — sentindo-se incapazes.
Mesmo que o ensino superior seja diferente da educação básica, o profissional que será formado depende do reforço de suas competências.
Para reforçar as habilidades, sem deixar de lado o senso crítico dos pontos a melhorar, a educação com uma visão empática, e mais humana, auxilia os estudantes a vencer dificuldades que acreditaram, durante muitos anos, que eram parte de sua essência como pessoas.
Para que essas adversidades sejam vencidas, é preciso que as IES sejam um espaço ideal para que todos possam expressar suas ideias e opiniões. É preciso ter respeito aos pontos de vista do outro, e compreensão da importância do dissenso como oportunidade de crescimento.
Com o estímulo ao desenvolvimento pessoal, através da personalização do ensino e com apoio do educador, o estudante terá um ambiente ideal para o fortalecimento de sua autoestima. Pode ser assim, posteriormente, um multiplicador dessas boas práticas.
7. Fortalecimento da Autonomia
Outra habilidade que anda de mãos dadas com a autoestima é a autonomia.
Pessoas mais autoconfiantes são capazes de arriscar e acreditar em sua capacidade. Isso viabiliza uma trajetória estudantil e profissional assumindo o papel de protagonista, com todos os benefícios que isso implica.
Essa é uma habilidade muito ligada ao empreendedorismo. Para promover-se como profissional é preciso assumir as rédeas, e traçar seu próprio caminho, ajustando a rota diante dos erros, e replicando aquilo que pode ser considerado como um acerto.
A educação humanizada valoriza a tentativa e o erro, e os educadores envolvidos com esse conceito são acolhedores com quem erra. Um erro diz muito mais sobre como fazemos, do que sobre a capacidade de quem faz.
Até mesmo para compreender seus próprios deslizes, é preciso que haja uma boa dose de autoconhecimento, que só é possível com um processo de reflexão e observação das próprias ações. Essa capacidade de autocrítica tem relação com a autonomia.
Quem está sempre em processo de avaliação e melhoria não pode, nem deve, ficar esperando que um terceiro venha resolver seus problemas. É preciso se movimentar em busca de soluções.
Mas isso não significa que esse caminho precisa ser solitário. Ter boas trocas de experiências com os colegas e professores é uma forma de enriquecer sua maneira particular de lidar com a formação, e com a vida.
8. O aluno é muito mais que um aluno
As instituições que desejam aplicar a educação humanizada em suas unidades devem ter em mente que sua abordagem extrapola a visão do aluno como parte da IES.
Quando falamos da importância do senso crítico para a qualificação e atuação profissional, devemos nos lembrar que esta é uma habilidade necessária para a vida. As instituições de ensino superior devem buscar uma formação cidadã e engajada socialmente.
Saber intervir de forma positiva no mercado é essencial. Mas compreender como as dinâmicas sociais interagem com todas as áreas, com o dia a dia, e qualidade de vida do estudante e dos seus pares, é a melhor forma de oferecer uma formação contextual, e ferramentas de transformação da vida.
O aluno também é pai, mãe, filho, irmão, amigo, vizinho, cidadão, assim como é, ou será, trabalhador. Todas essas nuances precisam ser consideradas.
9. Alinhamento entre professores e instituições
Uma educação humanizada deve ser feita de dentro para fora. Se não estiver sustentada em uma base forte, sistematizada, e com suporte institucional, em algum momento os professores enfrentarão dificuldades de aplicação do conceito.
Da mesma forma, quando a instituição busca uma base educativa humanizada, dificilmente conseguirá alcançar seus objetivos sem a participação, compreensão e opiniões dos professores. Afinal de contas, eles estão na lida diária com os alunos, e os compreendem melhor.
A educação humanizada viabiliza uma parceria entre professores e instituições de ensino superior. Nela, vários caminhos e métodos são desenvolvidos, com intenção de possibilitar a forma mais respeitosa e contextual de ensinar aos diferentes tipos de alunos.
Com isso, é natural que vários treinamentos, palestras e reuniões de alinhamento ocorram, fortalecendo o diálogo interno, e reforçando a importância da educação humanizada na rotina do ensino superior.
Isso melhora o clima no ambiente de trabalho, e consequentemente, também estende o tratamento humanizado aos profissionais que atuam nas IES.
10. Colaboração entre professores
Como mencionamos anteriormente, a educação humanizada passa pelo compromisso institucional de sustentar um projeto pedagógico que contemple ações baseadas nesse conceito. E isso também requer a parceria entre os professores.
Isso garante que todos estejam na mesma página, na intenção de promover uma educação mais contextual e humana para todos os alunos da IES.
Essa colaboração entre docentes é extremamente benéfica para a instituição. Ela comunica aos estudantes que o projeto pedagógico segue uma mesma linha de valores, e que há consistência nessas escolhas.
Além disso, a interação entre docentes promove a interdisciplinaridade, já que — ao compartilhar modos de ver o mundo, e de aplicar essa visão na prática — é possível propor atividades comuns, projetos que contemplem diferentes disciplinas, fazendo com que haja mais conexão com a realidade.
A verdade é que todo desafio profissional é interdisciplinar. Por isso, as equipes de trabalho são formadas por profissionais de várias áreas, que agregam conhecimentos distintos, em busca do melhor resultado.
Compartilhar os valores da educação humanizada produz equipes profissionais afinadas, grupos de trabalho colaborativos, e um ensino de excelência para a IES.
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Quais são os principais desafios para aplicar educação humanizada? E como superá-los?
Pela dinâmica simples, a educação humanizada pode parecer não apresentar desafios para as instituições e profissionais que desejam aplicá-la. Pensar dessa forma pode conduzir os profissionais ao erro.
A educação humanizada passa menos pelos métodos, e mais pela capacidade de transformar as relações. Não tem receita de bolo, justamente porque precisa ser contextual. Mas existem alguns erros comuns a profissionais que desejam aplicá-la na prática.
Vamos abordar estes erros a seguir, orientando também sua resolução.
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Capacitação para a humanização
A simplicidade do conceito não o torna, necessariamente, de fácil aplicação. Isso porque a rotina das salas de aula perpassa a experiência de formação dos próprios educadores. É muito difícil incorporar um novo modo de relação nas salas, se não há um direcionamento de como fazê-lo.
Para adequar a atuação nas instituições de ensino superior, é preciso oferecer formação aos educadores, para que não haja perda de qualidade ou ritmo de ensino, caso o professor ou tutor se sinta perdido em relação à nova dinâmica estabelecida.
A interdisciplinaridade é uma faca de dois gumes. Isso porque ao mesmo tempo em que fortalece as habilidades de forma mais aproximada da realidade, também pode ser um fator de dificuldade quando não há consenso entre os professores, e com as instituições da qual fazem parte.
Uma abordagem interdisciplinar é um termômetro da integração entre esses elementos das IES, e diz muito sobre a saúde das relações, e da capacidade de seguir um planejamento comum, como atividades, palestras, feiras, eventos, etc.
Um dos pontos centrais da humanização do ensino é a capacidade de considerar a individualidade dos estudantes. E isso diz respeito ao modo que cada um aprende, seja nos diferentes canais, métodos, ou ritmos que podem ser empregados.
Já sabemos que alguns alunos são mais visuais, outros captam melhor o que é dito, alguns tem grande apreço pelo aprendizado através da leitura. Com a tecnologia, os professores ainda precisam compreender como melhor ensinar para pessoas que, por muitas vezes, dominam os dispositivos melhor do que eles.
Para obter melhores resultados, é preciso experimentar, observar, analisar, e experimentar um pouco mais, e nem sempre essa busca por métodos distintos é simples.
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Receptividade dos estudantes
Métodos diferentes podem ser muito atrativos, mas não funcionam se não há engajamento. Imagine uma turma em que todos trabalham durante todo o dia, e precisam organizar uma série de rotinas para conseguir assistir às aulas, sejam elas presenciais ou a distância.
Para que os estudantes se sintam motivados, e abertos a experimentar novas formas de aprender, os educadores devem ficar atentos ao modo de apresentar as atividades propostas, fazendo o máximo para que elas possam ser integradas à realidade dos alunos.
A conexão com o dia a dia, e com a vida de quem aprende, cria conexões com o conteúdo, estimulando o apreço pelo aprendizado, a curiosidade, e o poder do engajamento para a qualidade da própria formação, e posteriormente para a carreira como o profissional que deseja ser.
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Como colocar em prática a educação humanizada?
O primeiro passo para aplicar a educação humanizada em sua IES é compreender que ela é um quebra-cabeças, formado por peças essenciais, insubstituíveis, e diferentes umas das outras.
A incorporação de uma abordagem humanizada é um compromisso que deve ser firmado com toda a comunidade acadêmica, composta por alunos, professores, tutores, coordenadores, funcionários operacionais e administrativos.
Não existe a possibilidade de estabelecer um tratamento “meio” humano. Essa deve ser uma proposta séria e coletiva, construída e aplicada desse modo.
Além das atividades propostas exclusivamente com fins de desenvolvimento da inteligência emocional e das soft skills, é interessante incorporar esses conceitos em todas as tarefas sugeridas, pois a humanização do ensino é uma prática contínua.
Um exemplo de adaptação das atividades é a incorporação de autoavaliação do aluno. Ela pode ser feita em um teste específico para esse fim, ou em perguntas a serem respondidas nas avaliações “tradicionais”.
Alguns eventos também podem promover a educação humanizada no ensino superior, como palestras, simpósios, congressos, debates, seminários, etc. A proposição de projetos que envolvam estudantes de diferentes áreas também é uma forma de valorizar o conhecimento de cada um.
Outro modo simples de aplicar a educação humanizada no ensino superior é no planejamento educacional dos cursos e das aulas, onde é possível definir como o aprendizado dos conceitos poderá ser feito de forma transversal às percepções sociais e à integração ao contexto dos estudantes.
Esperamos que tenha gostado deste conteúdo sobre educação humanizada! Para conhecer mais sobre métodos de engajamento de estudantes, não deixe de conferir o post que preparamos com 6 dicas de melhoria da experiência do aluno.